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sábado, 12 de setembro de 2009

São Paulo e suas áreas verdes como locais de trocas simbólicas*

Por Adailtom Alves – historiador e ator 

São Paulo é um poço de contradições. Na maior cidade da América do Sul e a mais rica do Brasil residem onze milhões de habitantes, mas em suas entranhas abundam a miséria e o descaso com a maioria da população por parte de seus governantes. Quanto ao aspecto cultural, são dezenas de salas de espetáculos, museus, cinemas etc., a quase totalidade concentrada em uma pequena área, como coloca Milton Santos em seu livro O Espaço do Cidadão: apenas 14% do território (centro e centro expandido), onde habitariam 20% da população. Os dados podem estar desatualizados, mas servem para se ter uma ideia dessa concentração.

São Paulo, em sua Lei Orgânica, determina nos artigos 148 e 191 o acesso aos bens culturais, privilegiando, na Lei, a descentralização. Conforme dados da própria Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, o território paulistano tem cinquenta e três parques, além de centenas de praças, que se utilizados e dotados também como equipamentos culturais, poderiam favorecer o acesso aos bens culturais a milhões de pessoas. Em uma cidade onde as indústrias do medo e da publicidade tentam nos mostrar que o melhor lugar para estarmos são os espaços fechados, é necessário um enfrentamento, que só pode ocorrer no espaço aberto: ruas, praças e parques.

O mundo contemporâneo ou supermodernidade, como chamou Marc Augé, sofre do “excesso de tempo, de espaço (encolhimento do planeta) e de ego (individualidade exacerbada)”. Ainda segundo o antropólogo francês, a modernidade fez com que o homem se diluísse na metrópole, levando-nos a este excesso na atualidade, na supermodernidade. Hoje, cada vez mais nos relacionamos apenas nos não-lugares, como os shoppings centers, por exemplo. Augé afirma que “se um lugar pode se definir como identitário, relacional e histórico, um espaço que não pode se definir nem como identitário, nem como relacional, nem como histórico definirá um não-lugar” (2008, p. 73).

Os espaços criados para serem ambientes que propiciem a convivência, como as praças e parques, estão perdendo esse sentido, graças a ilusão de que estamos mais seguros nos espaços fechados, no não-lugar, onde somos meros usuários. O “não-lugar não cria nem identidade singular nem relação, mas sim solidão e similitude” (AUGÉ, 2008, p. 95). É preciso fortalecer e recuperar o lugar, justamente para possibilitarmos a alteridade, o reconhecimento de si na presença do outro.

Um projeto como Teatro nos Parques, possibilita não só o acesso ao teatro, liga, através dos espetáculos, “a realidade à imaginação” (FISCHER, 1973, p. 123) e permite que cidadãos comuns re-encontrem o prazer de conviver com o outro no espaço público aberto, sem medos, posto reconhecer na diferença de quem está a seu lado a igualdade de ser humano. A arte precisa está no seio popular, junto da maioria, pois “uma arte que porventura ignore as necessidades das massas e se sinta glorificada de ser entendida apenas por uns poucos apreciadores selecionados é uma arte que abre caminho para o rebutalho produzido pela indústria do entretenimento” (FISCHER, 1973, p. 118).


Os artistas não estão fora da sociedade e devem pensar e discutir a mesma com sua arte, por isso devem estar em locais públicos, fortalecendo os lugares, antes que tenhamos apenas não-lugares. O teatro de rua cria fendas no espaço público aberto, faz de um local de passagem um espaço de trocas simbólicas e o do passante um espectador. Dessa forma, é uma arte que pode fortalecer os laços identitários do cidadão com sua cidade, pois a partir desse encontro o transeunte lança novos olhares sobre a paisagem. O teatro de rua, portanto, fortalece o lugar, o espaço do encontro, além de propiciar o lazer e a reflexão. Em tempos de medo, de isolamento, da falta de afetividade, é preciso ocupar o espaço público aberto com arte para percebermos que há relações para além do mercado.


Bibliografia 
AUGÉ, Marc. Não-Lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. Trad.: Maria Lúcia Pereira. 7ª ed. Campinas: Papirus, 2008.
FISCHER, Ernst. A Necessidade da Arte. Trad.: Leandro Konder. 4ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.
SANTOS, Milton. O Espaço do Cidadão. 5ª ed. São Paulo: Studio Nobel, 2000.


*Publicado originalmente no Jornal Teatro nos Parques em 05 de setembro de 2009, p. 4.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A rua e os espaços abertos

Há diferença entre rua e espaço aberto, embora evidentemente a rua seja um espaço aberto. O teatro é uma arte pública; não nasceu necessariamente na rua, mas é uma arte de espaços abertos. Levar o Teatro para as ruas significa devolvê-lo a seu lugar de origem recuperando sua natureza de atividade pública que se realiza nos espaços abertos das cidades. Centro e Periferia. Recupera o conceito mesmo de espaços públicos para o encontro da população. Assim a idéia de espaço público fica muito maior do que a idéia de rua, conforme a concebemos hoje nas cidades modernas. Quando vamos às ruas para fazer algum trabalho, por menor que ele seja, sabemos muito bem que estamos retrocedendo na historia para avançarmos em direção a um novo tempo e a uma maneira muito nova, embora evidentemente muito antiga, de ocupação dos espaços públicos urbanos e de diálogo com seus cidadãos, sem nenhuma espécie de discriminação, a começar pelo custo do ingresso, absolutamente inexistente dada a natureza publica do evento. Pensamos uma outra cidade e portanto um outro futuro. Mas encontramos grandes dificuldades para implantação destas pequenas Utopias. As políticas públicas oficiais são extremamente privatizadoras e excludentes, e as praças e ruas cada vez mais perdem suas características de lugares públicos para o convívio urbano indiscriminado e se transformam em espaços fechados onde o cidadão não encontra abrigo. Desde sempre as manifestações de vida têm sido confundidas com desordem. O que mobiliza imediatamente uma reação contraria, a favor da ordem. Nesta “reação” as cidades e suas ruas vão sendo limpas e saneadas e neste “arrastão” da ordem vai de entulhada tudo o que as ruas ou as cidades poderiam estar produzindo de novo ou surpreendente. Sonho com uma cidade luminosa onde a criatividade humana possa se manifestar livremente sem estar submetida aos controles ideológicos, artísticos, morais e administrativos a que hoje estas manifestações estão sujeitas. Santa Catarina tirou os malabaristas dos sinais luminosos, o Ademir Leão, que toca Sax nas ruas do Rio foi proibido de tocar, voltou por exigência popular. Por força de meu oficio foi grande meu contato com o “povo de rua”, de toda espécie. Como diria Galileu Galilei, não foi pouco o que eu aprendi com esta gente. Porém, pelo andar da carruagem não será esta a cidade que iremos desenvolver, e sim outra “perfeitamente” asseada e saneada onde qualquer homem branco dominante possa andar sem perigo de ser ameaçado. Conseguiremos esta “perfeição” étnica, política, racial, como queria Hitler? Se tivéssemos tantos artistas nas ruas como temos desempregados, marginais e policia nossa cidade seria melhor. Ou será que achamos que vivemos no melhor dos mundos e que basta limpá-lo para mantê-lo em “ordem”?
 Amir Haddad 18/08/09

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

CARTA ABERTA AO VENTO SUL - Contribuições da Rede Brasileira de Teatro de Rua ao Festival FLORIPA TEATRO-2009

Foto do Encontro da Rede Sul de Teatro de Rua Estimada equipe da coordenação do Floripa Teatro - 16º Festival Isnard Azevedo e demais integrantes da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes. A Rede Brasileira de Teatro de Rua pretende através desta, além de ressaltar o fomento que o festival promoveu ao teatro de rua de forma mais direta - tanto que proporcionou o 2º Encontro regional da Rede - objetivar contribuições para melhorias e adequações mais específicas na estrutura, na recepção e produção do evento para os artistas e seus espetáculos de teatro de rua.
Desde os tempos dos Gregos o teatro prima por um contato mais direto e necessário com a platéia, para isto sempre esteve, nos mais de dois mil e quinhentos anos da história do teatro ocidental, presente nas ruas e espaços abertos da Polis. Nos dias de hoje no Brasil, há um número inestimável de grupos que se voltam para o espetáculo a céu aberto, cercado por um público movediço e transeunte, ávido por arte, que forma rodas propícias a nossa prática teatral. Esta formação de roda proporciona uma empatia não só do espectador com o espetáculo, mas sobretudo da relação entre os seres humanos - ator e público.
Vivemos num país livre e democrático e não há melhor lugar do que estar nas praças, ruas e parques para exercitar a democracia da arte do teatro. A essência mais pura e verdadeira do nosso trabalho, do contato humano, que assim se efetiva. O Brasil possui uma diversidade gigantesca de estilos, costumes, tradições e também de climas. Nos Estados do Sul há um clima úmido e chuvoso por esta época, o que torna por vezes difícil a prática do teatro de rua.
A organização do Floripa Teatro - 16º Festival Isnard Azevedo em suas últimas edições atenta a este clima, providenciou tendas de lona plástica branca para os locais de apresentações do teatro de rua, descentralizados e na região central na Alfândega. Nas tendas totalmente fechadas havendo apenas uma possibilidade de entrada e saída, havia arquibancadas e um tablado baixo, todos forrados com material semelhante a carpete, uma estrutura/gaiola de iluminação de quatro torres largas interligadas, tenda pequena como camarim, dois banheiros ecológicos e equipamento de som, além de segurança e uma pessoa da produção do evento. No entanto, gostaríamos de dizer que não era necessário nestas tendas tal aparato técnico. Poderiam ter quatro grandes refletores set light, sem filtro colorido, nos quatro cantos da estrutura da tenda, dando assim uma luminosidade mais homogênea na área total da atividade, suficiente para a visualização do que foi pensado para o espetáculo sobre a luminosidade do dia, além de permitir que atores e público se vejam, fundamental para o teatro de rua! Como choveu só alguns dias, poderia não ter o pano de roda (lonas dos quatro lados) que atrapalham a visibilidade dos transeuntes, esquenta muito e impede uma melhor ventilação e entrada de luz natural. As arquibancadas se forem uma condição do Festival que não abre mão, poderiam ser posicionadas de uma forma circular ou uma arena semicircular, pois assim teríamos melhor visualização por parte do público sem a necessidade da permanência de torção do pescoço durante todo espetáculo. Mas repetimos, melhor sem arquibancada, pois permite uma relação mais horizontal. Muitos grupos utilizam o público como camarim, como marcação de entradas e saídas de cenas, produzindo uma grande interação entre ambos e isso se perde com arquibancadas. A lona deveria ser uma opção apenas em caso de chuva, já que os espetáculos foram criados para o espaço aberto, valorizando ainda mais esta modalidade teatral bem como a cidade, espaço e cenário dessas representações.
Sabemos da atenção da organização em propiciar ao público melhores condições de apreciação estética dos espetáculos de rua, mas quando se coloca uma armação de iluminação baixa, pois com tantos refletores (em torno de 40) e próximos demais do elenco em alguns locais, ofuscaram os olhos dos atores, bem como prejudicaram na estética dos espetáculos. O ideal é a organização do evento permitir a autonomia dos grupos e artistas de Teatro de Rua de só utilizarem a infra estrutura necessária para o desenvolvimento dos seus espetáculos. Com base na diversidade de montagens nacionais de teatro de rua, afirmamos que somente o grupo sabe o que é melhor para sua apresentação e não alguém de forma autoritária da comissão organizadora. Os grupos selecionados enviaram seus vídeos e uma lista de necessidades, então não precisariam ficar se justificando durante o Festival e nem se submeter ao desrespeito que alguns passaram.
Gostaríamos de ressaltar também, que muitos grupos não possuem grande estruturas para apresentar e exigem uma organização básica do evento: transporte, água e alguém da produção do festival, preparada para suprir as necessidades e contratempos que por conseqüência venham surgir. O que em certos momentos não se efetivou no Floripa Teatro. Um festival com a dimensão desta edição não pode de forma alguma pecar na profissionalização de sua equipe de técnicos, produtores dos locais e transportes.
O festival proporcionou além das apresentações, também oficinas, debates e trocas efetivas dos grupos de teatro de rua com as comunidades onde estavam inseridos. Mostrando o interesse da organização em promover capacitação, qualificação e reciclagem de artistas e não artistas interessados. Porém faltou uma grade de horários das apresentações que permitisse aos grupos se assistirem. Todos apresentavam às 15h e 20h engessando uma troca maior. Havia grupos de localidades diferentes e sempre que assistimos uns aos outros acontece uma troca efetiva, com sugestões e críticas construtivas vitais para os grupos de teatro.
Frisamos que não se trata de algo pessoal de um ou outro grupo, mas a voz de um coletivo nacional de teatro de rua. Queremos contribuir com a experiência dos grupos da Rede, onde há grupos com 10, 15, 20 e mais de 30 anos de estrada e sabem do que estão falando. Durante a presente década temos relatos de vários anos onde grupos tiveram dificuldades com as estruturas deste festival. Entendemos que sem parte deste material locado e que custa uma boa verba, poderia o Festival direcioná-las para o aumento dos cachês dos grupos de rua e ampliar o número de espetáculos de rua, pois há demandas de mais locais na ilha mágica de Florianópolis.
Para finalizar, como síntese do que explanamos sobre as tendas e a outra carta já encaminhada em repudio a portaria que proíbe os artistas nos faróis, citamos parte de recente artigo de Amir Haddad, um dos pilares do teatro de rua brasileiro integrante do Grupo Tá na rua, publicado no Jornal do Brasil. "As políticas públicas oficiais são extremamente privatizadoras e excludentes, e as praças e ruas cada vez mais perdem suas características de lugares públicos para o convívio urbano indiscriminado e se transformam em espaços fechados onde o cidadão não encontra abrigo. (...) Se tivéssemos tantos artistas nas ruas como temos desempregados, marginais e policia nossa cidade seria melhor. Ou será que achamos que vivemos no melhor dos mundos e que basta limpá-lo para mantê-lo em “ordem”?". Evoé!! Cordiais saudações; Rede Brasileira de Teatro de Rua Assinam também este documento: Rede Estadual de Teatro de Rua – RJ Movimento de Teatro de Rua – BA Movimento de Teatro de Rua de São Paulo - MTR/SP Rede de Teatro de Rua do Ceará Federação de Teatro do Acre - FETAC Alice Viveiros de Castro - diretora e Conselheira do Conselho Nacional de Política Cultural A Cia Elenco de Ouro (Curitiba/PR) Abel Saavedra (Seres de Luz Teatro, SP) ABRACIRCO - CAMILO TORRES - VICE-PRESIDENTE. Academia Mineira de Ilusionismo- AMI - Mágico YAGO Adailton Alves - Ator Ailton Amaral - RJ Alaor de Carvalho Alessandra Carvalho (RS) Alex Machado - RJ Alex Marinho - SP Ana Paula Casares (RJ) Ananda Rasuck (Companhia Circo Teatro Capixaba/Vitória/ES) André Garcia Alvez - RJ André Luis Soares - RJ Andréa Cevidanes – RJ Ane Oliva (GRUPO JOANA GAJURU, Maceio/AL) Anelise Camargo Garcia (RS) Anna Fuão - Usina do Trabalho do Ator (Porto Alegre/RS) Arte da Comédia - PR Barracão Teatro (Campinas/SP) Beatriz e Leandro Calado – Campos do Jordão Benedicto Camillo ( Ouro Preto - MG) Brava Companhia - SP Buraco D’Oráculo - SP Caio Martinez – SP CEFAC – Centro de Formação Profissional em Artes Circenses CENTRO SÓCIO-CULTURAL DE PROMOÇÃO À CIDADANIA – CARCARÁ (PE) CERVANTES do Brasil Chico Pelúcio (Belo Horizonte/MG) Cia Anjos Voadores Cia Brava Cia Circular – RJ Cia de Capadócia - SP Cia Circunstância Circo Teatro Cia de Teatro Nu Escuro - Goiânia/GO Cia de Teatro-Circo Lua Crescente (João Pessoa/PB) Cia dos Inventivos de São Paulo Cia Entropia de Patifaria - MG Cia Mimicalado – Campos do Jordão Cia Teatro Porão - RJ Cia. Crônica de Teatro (Contagem/MG) Cia. de Espetáculos Vérité (Cariacica/ES) Cia. d'os melodramáticos – RJ Cia. Teatro di Stravaganza (Porto Alegre /RS) Cícero Silva - MG Circo Dux -RJ Circo da Silva Circo do Mato de Campo Grande-MS Circo Mínimo –SP Circo Navegador - SP Circo Teatro Girassol (POA/RS) Circo Trapézio da Família Cericola (RJ) CLAC Centro Londrinense de Arte Circense Clayton mariano Cleber Braga (Curitiba/PR) Coletivo Nopok do Rio de Janeiro Como Lá em Casa - MTR/SP Companhia 2 Banquinhos - RJ Companhia Circo Teatro Capixaba (Vitória/ES) Companhia do Miolo/SP Cooperativa de Circenses da Bahia Cooperativa Paulista de Circo – Diretoria Crescer e Viver - RJ Cristiano Pena – MG Cristino Abel Saavedra - SP Dalisa Campos (Vila Velha/ES) Dayana Zdebsky de Cordova (Curitiba) Diego Elias Baffi Diego Esteves (Porto Alegre - RS) Diogo Dias Dilmar Messias (Circo Teatro Girassol,POA/RS) Domingos Montagner SP Duico Vasconcelos Edilson Bispo (Ator,Diretor,Musico e pesquisador do Teatro de Rua, Salvador – Bahia) Edmilson Santini - RJ Edson de Mello (Dimello) Edson Paulo – Ator (Buraco d´Oráculo, SP) Elenco de Ouro (Curitiba) Elsa Wolf EncantaConto - Contadores de Histórias (Vila Velha/ES) Erika e Dodô – RJ Ermínia Silva - SP ERRO Grupo (Florianópolis/SC) Esio Magalhães (Campinas/SP) Estandarte Cia. de Teatro ( Ouro Preto-MG) Evandro Heringer Fabricio Dorneles -RJ FarsaCena Cia Teatral/RJ Fernando Marques – ES Fernando Sampaio - SP Flávio Rodrigues – SP Francisco Gaspar (nucleo pavanelli de teatro de rua e circo/SP) Galpão do Circo (Escola de Circo de São Paulo - SP) Gian Carlos Magno – RS Gilvan Balbino - RJ Grupo Arteatro – Paraty / Mangaratiba Grupo Cutucurim - Angra dos Reis - RJ Grupo de Teatro Rerigtiba (Anchieta/ES) Grupo de Teatro/Circo DE PERNAS PRO AR – Canoas-RS Grupo do Balaio - Circo Intervenção Circo do Balaio Grupo experimental de teatro vivarte Grupo Galpão (Belo Horizonte/MG) Grupo Garajal (Maracanaú Ce) GRUPO JOANA GAJURU (Maceio/AL) Grupo LaMínima de Circo e Teatro de SP Grupo Off-Sina - RJ Grupo Pé no Chão (RJ) Grupo Primeiro de Maio - Salvador-Bahia Grupo Quebracabeça – RO Grupo Raízes do Porto (Porto Velho/RO) Grupo Sítio do Jeca – SP Grupo Tá na Rua (RJ) GRUPO TEATRAL CACHOLA NO CAIXOTE Grupo Teatral de 4 no Ato - RJ Grupo Teatral Manjericão (RS) Grupo Teatro Andante Grupo Teatro caretas – CE Grupo Teatro de Caretas - Fortaleza – CE Grupo Teatro Kabana (Sabará/MG) Grupo Timbre de Galo de Passo Fundo, RS Grupo Z de Teatro – ES GTA-GRUPO DE TEATRO ATUAL Gustavo Pacheco( Ouro Preto - MG) Gustavo Vierini - Mágico - RJ Guto Pasini - RS Gyselle Andrade Freitas Hélio Froes – GO Horácio Storani HUhuhu circo teatro – Maranhão IFÁ-RHADHÁ DE ART' NEGRA - OLINDA – PE IntrépidaTrupe - RJ Iracema Pires -RS Jessé Duarte (Cia. Crônica de Teatro, Contagem/MG) Joana Gajuru, Maceio-AL João Carlos Artigos – RJ João Novaes – RJ João Pinheiro - MG Josy Dantas (Icapuí-CE) Juliana Coutinho Júnio Santos (Icapuí-CE) Junior Perim- RJ Jussara Trindade, do Núcleo de Pesquisadores de Teatro de Rua – RJ Leandro Hoehne - artista Leo Carnevale - RJ Leonardo Silva - Produtor Cultural Licko Turle – RJ Lilian Moraes -RJ Liliana Marcela Curcio – SP Lily Curcio (Seres de Luz Teatro, SP) Lis Nobre – Grécia Los Patos/SP Lu Coelho – Atriz (Buraco d´Oráculo, SP) Luanda Morena -RJ Lucas Moreira - RJ Luciano Antinarelli Luciano Wieser Luiz Carlos Buruca - RJ Mágico Yago (Academia Mineira de Ilusionismo- AMI, MG) Majestade o Circo (Alagoas) Marcelino Ramos (Ouro Preto - MG) Márcio Silveira dos Santos (RS) Marcondes Mesqueu Marcos Pavanelli (SP) Mari Morango Mariozinho Telles (RJ) Marta Haas (Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, Porto Alegre / RS) Mauro Xavier – MG Michelle Cabral - Cia. Chegança - São Luís/MA Michelle França Milene Acosta - Artista circense, atriz - RJ Miguel Safe Movimento Escambo Movimento Livre Leste - união de 11 grupos de circo, teatro, dança, música, performance e outras artes NACE - Núcleo transdiscilinar de Pesquisa em Artes Cênicas e Espetaculares - Maceió – Alagoas Naiala Rasuck Rodrigues (Companhia Circo Teatro Capixaba/Vitória/ES) Nara Salles (AL) Netty Palácios Núcleo Boa Praça - RJ Núcleo Pavanelli de Teatro de Rua e Circo (São Paulo/SP) O Circo e Teatro de Rua Os Mamatchas, de Presidente Prudente-SP O Teatro Terceira Margem - BH/MG Oigalê – RS Orlando Vaz Carneiro (Palhaço BEM-TE-VI, Campinas – SP) Pâmela Vicenta – RJ Paula Preiss Paulo Santana - MG Pedro Bennaton (Florianópolis/SC) Pedro Vinicius (Icapuí-CE) Povo da Rua Raquel Durigon Raquel Franco Tapete Criações Cênicas - MCTR-MA Reinaldo Facchini – SP Renata Lemes Ricardo Fruque -SP Richard Riguetti (RJ) Robson Mol - AL ROBSON SANCHES Rodrigo Matheus - SP Rogerio Sette Camara Rosa dos Ventos - SP Rosa Rasuck (Vitória/ES) Samir Jaime (RS) Samuel Rasuck (Companhia Circo Teatro Capixaba/Vitória/ES) Selma Pavanelli – Atriz Seres de Luz Teatro –SP Silvana Abreu- atriz, diretora e produtora teatral - São Paulo/SP Simone Pavanelli (SP) Spasso Escola Popular de Circo - BH- MG Sua Majestade o Circo – Alagoas Suely Rodrigues - RO tablado de arruar – SP Tapete Criações Cênicas – MA Teatro de Anônimo – RJ Teatro de Cordel - RJ Teatro de Roda - RJ Teatro em Trâmite Teatro Itinerante – RJ Teatro Ruante Telma Amaral (Grupo de Teatro Rerigtiba, Anchieta/ES) Thiago Salles – Campinas – SP Tiche Vianna (Campinas/SP) Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz (Porto Alegre / RS) Troup Trama Circus - MG Trupe Estação do Circo (São Carlos - SP). Trupe Arlequin de Circo Teatro - PB TRUPE ARLEQUIN DE CIRCO TEATRO - PB Trupe Artemanha de investigação urbana (SP) Trupe Estação do Circo (São Carlos/SP) Trupe Olho da Rua – SP TRUPE POPULAR PARRUA Trupeniquim - Cia de Circo Tuca Cericola (RJ) UBCI - UNIÃO BRASILEIRA DE CIRCOS ITINERANTES - Wladimir Spernega – Presidente UTA - Usina do Trabalho do Ator (Porto Alegre/RS) Vanda Jacques – RJ VANDERLEI MIRANDA - PALHAÇO ORELHA Vanessa Galvao – RJ Vanéssia Gomes – CE Verônica Tamaoki -SP Vinicius Longo - RJ Willams Aris (Cia Anjos Voadores) Willian Rodrigues (Companhia Circo Teatro Capixaba/Vitória/ES) Willian Santana - PE Wladimir Spernega – Presidente UBCI Xisto Siman – MG (total = 251)