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quarta-feira, 21 de maio de 2014

III FEIRA DE ARTE PÚBLICA - Zona Norte SP



:: FEIRA DE ARTE PÚBLICA ::

Data: 24/05/14 - Sábado

Local: CICAS - Centro Independente de Cultura Alternativa e Social
             Avenida do Poeta, 740 - Jardim Julieta (Vl Sabrina) ZNorte

14h - Cortejo com o Núcleo Pavanelli de Teatro de Rua e Circo.

15h - Grupo Zanza, de Embu das Artes/SP com o espetáculo de danças populares
           "Manifestando".

16h - Grupo Mistura da Raça, de São Jose dos Campos/SP com apresentação de Jongo.

PARTICIPAÇÕES ESPECIAIS

- Juliano Espinho do Grupo VIVARTE do Rio Branco/Acre e o indígena Kêa da etnia
Huni Kuin.

- Projeto Jardim Cultural da Julieta, a partir das 14h com exposições e plantio de mudas.

- Exposição de Artesanatos

REALIZAÇÃO

Núcleo Pavanelli de Teatro de Rua e Circo

PARCERIA

CICAS - Centro Independente de Cultura Alternativa e Social

CONTATO:

Cristiane Accica – Produção: 11 9.9408-2349
                                                         nucleopavanelli.producao@gmail.com

Simone Brites Pavanelli – Produção: 11 9.6563-9248
                                                   nucleopavanelli98@gmail.com


quarta-feira, 14 de maio de 2014

A cidade e a arte de rua


Adailtom Alves Teixeira[1]

A maior parte da população mundial já vive em grandes centros urbanos. Em cada época histórica as cidades carregam os símbolos e a organização de seu momento. Para Henri Lefebvre em O direito à cidade (Centauro, 2010), estas são mediação de mediações. Dessa forma, suas mudanças ocorrem quando muda a sociedade em seu conjunto. Assim, para além de suas transformações físicas, as cidades nem sempre foram as mesmas, mas modificam suas funções de acordo com o período histórico.

A cidade, em sendo criada como espaço em que ocorrem as mediações, deveria ser associada a uma espécie de obra de arte. Ao assumirmos esse ponto de vista, na cidade deveria prevalecer o seu valor de uso, invés de um valor de troca. No entanto, em um capitalismo cada vez mais desenvolvido a própria cidade torna-se mercadoria e deve ser vendida e auferir grandes lucros aos capitalistas, que utilizam as esferas do estado para tanto. Já se sabe que a forma não está separada do conteúdo, logo, a cidade em uma economia de mercado, deve servir de mediação ao lucro.

Nesse momento a cidade de São Paulo (e outras espalhadas pelo Brasil) passa por uma disputa desigual no que diz respeito à regulamentação da arte de rua. O ano passado foi aprovada na Câmara dos Vereadores da cidade de São Paulo a Lei 15.776/13, que nada mais é do que a garantia de direitos constitucionais expressos no Artigo Quinto. Existe uma pressão econômica para que a cidade seja sitiada e prevaleça o mercado e não o direito à mesma. Via poder executivo foi criado um decreto de regulamentação da Lei, na qual a lógica era a de expurgar da cidade a ralé. Nesse caso, a arte de rua que, por definição não se enquadra enquanto mercadoria, já que ocupa um espaço público aberto, em tese, para todos, sem qualquer distinção. Os artistas se manifestaram, protestaram e estão negociando, mas daí não sairá nada perfeito, pois a lógica de nosso tempo histórico é determinante.

Qual o problema? Os artistas, por fugirem da lógica de mercado, já que não estão disponíveis como força de trabalho e nem suas produções/criações estão dispostos em um grande supermercado cultural, devem ser expurgados da sociedade. Os artistas de rua são donos de seus meios de produção e de suas obras, e isso incomoda, pois foge da lógica instituída. Essa é a grande disputa na regulamentação da Lei 15.776/13 na cidade de São Paulo. Luta, diga-se de passagem, bastante desigual.

Com Lefebvre também aprendemos que as cidades de hoje, inseridas nessa lógica de mercado, são apenas "um objeto de consumo cultural para os turistas e para o estetismo, ávidos de espetáculos e do pitoresco". Logo, tudo deve ser controlado, onde se vai, o que se vê. Mas os artistas de rua resistiram por milênios e continuarão a existir e resistir. E esperamos que se avance no processo para termos uma cidade com mais arte na rua, para serem fruídas por pessoas de todas as idades.


Escrito para o jornal Brasil de Fato.


[1] Graduado em História e Mestre em Artes.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Celebração 1º de Maio apresenta trabalhos teatrais sobre o mundo do trabalho - Realização Cia. Estável, Companhia Estudo de Cena e Coletivo da Albertina.

HOJE
Se fosse você não perderia por nada.
Deu no Jornal Brasil de Fato - Uma visão popular do Brasil e do Mundo
 
Celebração 1º de Maio apresenta trabalhos teatrais sobre o mundo do trabalho
 
 
A Mostra 1º de Maio levou o Prêmio da Cooperativa Paulista de Teatro 2013.
Os artistas aproveitaram a oportunidade para fazer um protesto pela revogação do Decreto nº 54.948, publicado no Diário Oficial da Cidade de São Paulo no último dia 21 de março. Este decreto, que vem sendo intensamente criticado, restringe a atuação de artistas de rua impedindo, por exemplo, apresentações próximas a monumentos tombados, pontos de ônibus e de metrô, além de exigir autorização prévia.
 
Programação:
 
14h - Abertura com Companhia Estável, Companhia Estudo de Cena e Coletivo da Albertina
14h15 – Companhia Antropofágica - "Notas sobre Mahagony"
14h45 – Nóis na Mala – "Samba para Construção"
15h20 - Cena Livre – "Luta Mulher Poética"
15h30 – Teatro Documentário – "Gracias a la vida que me ha dado tanto"
16h10 – Buraco d'Oráculo – "Canto Cenopoético"
16h35 – Coletivo da Albertina – "Especula-se"
 
INTERVALO
 
18h – Núcleo de Estudos Cynematográficos – Filme "Ana"
18h20 – Núcleo Pavanelli - teatro de rua e circo – "Luta de Classes"
18h30 – Coletivo Cinefusão –" Experimento #3 – O Trabalho nos fará dignos"
19h00 – Grupo Teatral Parlendas – "Intervenção Brazil zil zil"
19h30 – Companhia Estudo de Cena – "Cortejo de Quintino Gatilheiro, o Lampião da Mata"
20h20 – Engenho Teatral – "Teatro de Bolso"
 
"Mostra de Processos - Entre cada apresentação a Companhia Estável realizará números de sua pesquisa sobre Cabaré e Vaudeville"
 
Realização Companhia Estável, Companhia Estudo de Cena e Coletivo da Albertina
 
Local: Arsenal da Esperança
Endereço: Rua Dr. Almeida Lima, 900 (Próximo a estação Bresser/Moóca do metrô).
Informações: (11) 98121-6554 (Claro)
Entrada: Trazer produtos de Higiene Pessoal
 
 
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MOÇÃO DE REPÚDIO AO DECRETO 54948/14
 
Os Articuladores e as Articuladoras da Rede Brasileira de Teatro de Rua – RBTR, reunidos no XIV Encontro Nacional de Articuladores, no período de 21 a 27 de março de 2014, na cidade de Londrina/PR, vem por meio dessa moção expressar repúdio ao decreto 54948/14, que restringe o livre exercício da expressão de artistas de rua ao proibir apresentações a menos de cinco metros de pontos de ônibus e de táxis; orelhões, cabines telefônicas e similares; entradas e saídas de estações de metrô e de trem; rodoviárias e aeroporto; monumentos tombados; a menos de 20 metros de logradouros onde ocorrem as feiras de arte, artesanato e antiguidades devidamente criadas e oficializadas pelo Poder Público; portões de acesso a estabelecimentos de ensino; a menos de 50 metros de hospitais, casas de saúde, prontos-socorros e ambulatórios públicos ou particulares, no caso de artistas cujas atividades provoquem qualquer tipo de ruído; em frente a guias rebaixadas; em frente a portões de acesso a edificações e repartições públicas e quartéis;em zonas estritamente residenciais. Entendemos que o decreto distorce a lei 15.776/13, que dispõe sobre as apresentações artísticas de rua na cidade de São Paulo, e se mostra como um retrocesso no que se refere à conquista de direitos da categoria teatral e, de um modo geral, às condições de trabalho dos artistas de rua.
 
Londrina, Paraná, 27 de março de 2014.
REDE BRASILEIRA DE TEATRO DE RUA - RBTR