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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Mais uma conquista que vem da Amazônia

Fonte: matéria publicada no jornal diário da Amazônia de 22/12/12

FOMENTO - MinC anuncia 15 milhões para a Amazônia  
O secretário de Incentivo e Fomento à Cultura do Ministério da Cultura, Henilton Parente de Menezes, anunciou quinta-feira, 12, cerca de R$ 15 milhões para elaboração de um edital de incentivo à cultura para a região amazônica. O anúncio foi feito durante 1° Encontro de Gestores das Capitais, Secretários de Cultura dos Estados da Região Norte e Financiadores de Cultura, dentro da programação da 3° Conferência Municipal de Cultura. O objetivo é diminuir as disparidades entre o investimento na área de cultura na região norte em relação às demais regiões do país. 

A Vale da Rio Doce será a investidora do edital a partir da Lei Roaunet e só poderão concorrer produções culturais da região amazônica. As regras e especificidades do edital serão elaboradas a partir das discussões do Fórum de Gestores das Capitais da Região Norte, que tem até o final de 2012 para ser publicado.
O índice de investimentos em projetos culturais da região amazônica é o menor do Brasil. Segundo os dados apresentados pelo MinC , enquanto São Paulo consegue captar 40% dos recursos disponíveis pela Lei Rouanet, o Estado do Tocantins só capta 0,004%. Isso é justificado pelo pequeno número de projetos enviados para o Minc da região Norte. A região Sudeste apresentou em 2011 cerca de 6.891 projetos dos quais 5.374 foram aprovados. Já na região Norte, somente 157 propostas foram apresentadas e apenas 71 foram aprovadas.
A assessora de imprensa da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura, Caroline Borralho, explica que a Lei Rouanet atua a partir de um mecanismo chamado renúncia fiscal, quando o governo federal renuncia o valor que a empresa iria pagar em imposto, para este mesmo valor ser aplicado em iniciativas culturais. Mas, para o produtor cultural que é chamado proponente ter o seu projeto contemplado, ele precisa apresentar uma proposta ao Minc, que, se for aprovada, o produtor passa para a próxima etapa que consiste em tentar captar o recurso com os investidores.

Fórum

O Fórum de Gestores das Capitais da Região Norte foi constituído com o objetivo de formar um grupo de trabalho que consiga compreender e solucionar os problemas relacionados a gestão cultural na região norte expressados por exemplo pelo ínfimo número de projetos culturais elaborados na região.
A secretária de Cultura de Palmas, Kátia Maia Flores comentou que agora, com o investimento garantido, é só arregaçar as mangas. "Nós do norte, juntos vamos compreender o que nos une e o que nos separa", disse.

Presidente da Fundação Garibaldi Brasil do Rio Branco do Acre, Eurilinda Figueiredo concordou que os gestores da região norte tem que se unir para trabalhar juntos pela cultura amazônica. "Juntos além de nos conhecermos melhor melhoramos o diálogo com o Ministério da Cultura", comentou.

Já a secretaria de Cultura de Manaus, Lívia Mendes ressaltou a importância deste trabalho. "É um prazer reconhecer as nossas similaridades culturais da região norte", afirma Henilton Parente garantiu que no caso do edital apresentado no evento, se selecionado o produtor da região norte, já teria os recursos garantidos pelo investidor, a Vale do Rio Doce.

Pró-Cultura

A Lei Pró-Cultura que está tramitando no congresso nacional visa melhorar alguns tópicos da Lei Rouanet, na lógica da lei atual o investidor escolhe qual projeto quer apoiar. Logo ele acaba escolhendo projetos onde a marca dele terá maior visibilidade. Esse fato seria um dos problemas que dificultam as iniciativas culturais da região norte.

Se aprovada a lei Pró-Cultura juntamente com o incentivo anunciado nesta quinta-feira abre-se maiores perspectivas para a gestão cultural da região amazônica. 

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

CPC da UNE: arte com função social


Adailtom Alves Teixeira[1]

O Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (CPC-UNE) teve vida breve: de dezembro de 1961 a março de 1964. Na época, transformou-se em uma espécie de “pastelaria de textos dramatúrgicos”, como afirmou Fernando Peixoto. Seus membros assumiram a tarefa de uma arte militante de agitação e propaganda. Ainda que dentro de certas limitações o CPC, por meio da arte, participou ativamente da organização dos trabalhadores e estudantes, visando um projeto revolucionário. Não queriam substituir a luta na rua, mas, por meio do teatro, ajudar na organização política. O que se buscava no CPC era o imbricamento entre os intelectuais e a transformação da sociedade, bem como entre política e estética.
O CPC surgiu de uma dissidência do Teatro de Arena, afinal o exercício teatral não era uma profissão, mas sim, de acordo com Julián Boal em As imagens de um teatro popular, um “ato de coerência política, de engajamento com as forças políticas progressistas”. Estes, os progressistas, era uma camada vasta da sociedade, pois ia dos intelectuais, passando pelos estudantes, a uma parte da burguesia nacionalista, até chegar aos trabalhadores urbanos e rurais.
Oduvaldo Vianna Filho, o grande responsável pela dissidência, não criticava a qualidade das peças, mas o modelo de povo abordado pelo Teatro de Arena, assim como o público a que se destinavam as apresentações, em geral a classe média estudantil. Por isso se questionava: como ser revolucionário em um teatro de 150 lugares e apresentando-se apenas para a classe média?
Na época o contexto político, nacional e internacional, estava grávido de contradições. O Brasil vivia uma efervescência política: ascensão do movimento operário, formação das Ligas Camponesas; no plano intelectual o Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB) era o núcleo irradiador das discussões em torno do desenvolvimentismo e da ideologia nacionalista – é justamente em nome do nacionalismo que trabalhadores e capitalistas fizeram uma aliança que foi tão prejudicial aos primeiros. Ainda no campo intelectual, havia uma forte disputa pela hegemonia do movimento estudantil: de um lado, a Ação Popular (católico-progressista), e do outro, o Partido Comunista Brasileiro (PCB). E era nesse contexto que o CPC se colocava como vanguarda, ainda que depois viesse pesar muitas críticas sobre o mesmo. A tarefa militante de conscientização das camadas populares, como queriam, levava seus membros a fazerem uma arte mais de agitação do que de reflexão: privilegiava-se a mensagem política, invés do estético. A urgência dos tempos levou seus membros a praticarem uma arte, às vezes, de cima para baixo.
O CPC foi fundado em 1961, ligado a UNE (1937), seu estatuto jurídico é de 08 de março de 1962 (criado em uma Assembleia Geral da UNE), que lhe dava autonomia administrativa e financeira. De acordo com Fernando Peixoto em O melhor teatro do CPC da UNE (1989), as finalidades do CPC era a de “promover atividades culturais nos setores teatrais, cinematográficos, musicais, das artes plásticas e outras, e ‘elevar o nível de conscientização das massas populares’”. A herança do Teatro de Arena se faz presente, pois o primeiro espetáculo do CPC foi justamente uma remontagem de Eles não usam black-tie de Gianfrancesco Guarniere. O CPC teve três dirigentes: Carlos Estevam (12/1961 a 12/1962), Carlos Diegues (por três meses apenas) e Ferreira Gullar (até março de 1964, quando veio o golpe civil-militar e a entidade foi dissolvida por metralhadoras). Com o incêndio da sede da UNE, os membros do CPC são presos ou tem que fugir para escaparem à sanha dos golpistas. Por isso muito do material produzido pelos cpcistas perdeu-se.
Pequenos esquetes ou longas peças, que ocupam os espaços abertos, fechados ou alternativos; apresentações em cima de caminhões, praças, portas de fábricas etc.; importação da experiência do teatro de agitação e propaganda russo-soviético; pesquisa e experimentação do teatro produzido por Erwin Piscator e Bertolt Brecht; estudo e utilização das formas populares da cultura brasileira, bem como de outras formas populares. Apesar do curto espaço de tempo de existência do CPC (1961-1964), a produção artística foi imensa. No entanto, essa produção foi violentamente abortada pela ditadura civil-militar. Por outro lado, a violência utilizada torna patente o poder e a força da arte como um veículo de discussão do processo emancipatório dos homens e mulheres. Por isso mesmo, não se pode pensar a arte fora da política, na medida em que toda arte é feita por artistas que vivem em sociedade em determinado tempo histórico. E na medida em que aqueles que fruem (o público) são também cidadãos, a arte deve ser a possibilidade de discussão do tempo histórico, do mundo em que vivemos.
O projeto do CPC não pode ser repetido como nos anos 1960, pois o tempo histórico é outro, mas não podemos esquecer a sua grande contribuição e a sua experiência, podemos criticá-lo, mas não esquecê-lo. Por fim, cabe ressaltar a importância da arte como forma de conhecimento e discussão social, por isso mesmo o artista deve ser consciente de seu papel e de sua função na sociedade, se não estará fadado a repetir valores e dogmas das classes dominantes. Nesse sentido, as experiências do CPC, ainda hoje, têm muito a nos ensinar.



[1] Mestre em Artes e licenciado em História; diretor e ator teatral; articulador da Rede Brasileira de Teatro de Rua.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Pelas Ruas da Cidade II

 


Olá companheiros e companheiras,

Pelas Ruas da Cidade circulou por Duque de Caixas e Nilópolis neste final de semana.

O calor de 40 graus tem mantido a equipe do Off-Sina sempre atenta as questões da arquitetura das praças públicas por onde passamos.

Na Praça do Pacificador, centro de Duque de Caixas, cidade com mais de 400 mil habitantes, encontramos um grande complexo arquitetonico de Oscar Niemayer, composto por um Teatro Municipal e uma Biblioteca Pública que brigam com a arquitetura do local. O entorno da cidade não tem nada a ver com a obra da Praça, os moradores chamam o Teatro de "O elefante Branco", embora tenha o nome de Raul Cortes.

A praça é grande mas quase não tem árvore. Fiquem pensando porque. Ao me distanciar para comprar água, tive uma percepção: se plantarem árvores ali, elas iram tirar a visão da obra do Niemayer. Então temos uma praça deserta. Sem sombra , que não acolhe, que não convida para o convívio, o encontro. A supremacia do cimento, a baixa do ser humano. Agora quem tem peito de falar mal do Niemeyer?

O Grupo convidado da cidade foi a Cia de Arte Popular. Cesário, o diretor é nordestino. Apresentaram a "Incrível peleja de Simão contra a Morte". Marcaram um golaço. O público se juntou e fizemos uma boa roda. Convidamos a Cia de Arte Popular para uma maratona no Largo do Machado, junto com os outros 7 grupos da Baixada.

Nilópolis é a terra da Escola de Samba Beija Flor. A cidade gira em torno dela. A Prefeitura designou 4% do seu orçamento para cultura. Coisa rara entre os municípios do Rio de Janeiro. O Conselho Municipal de Cultura é paritário....enfim...as coisas estão caminhando bem. O Secretario de Cultura se chama Augusto. Ele chegou cedo, subiu na escada e preparou o ponto de luz para nós. Caraca, dá para acreditar? Sentou no chão e riu como uma criança.

O convidado do local foi o palhaço Salsicha. Ele dá aulas de circo na cidade. Conhecemos vários artistas da região: Mestre Valentim, Palhaço Meche Meche, Mozart, entre outros. Montamos nosso Pinico Sem Tampa entre o Centro Cultural Tim Lopes e o terminal rodoviário. No final um motorista parou o ônibus, meteu a cabeça para fora da janela e gritou: o palhaço, para onde vão depois daqui? Pô, só deu para ver um pouquinho. Volta outro dia.

Semana que vem tem: Seropédica, no sábado e São João do Meriti, no domingo.

Abraços,
Richard Riguetti
Grupo Off-Sina RJ

Livro e Documentário Nóis de Teatro 10 anos

Amigos do Teatro de Rua,
O grupo Nóis de Teatro, coletivo de artistas da periferia de Fortaleza, completou, em 2012, 10 anos de atividades. Para comemorar essa data, com o apoio da FUNARTE e do Premio Myriam Muniz 2011, lançamos o Kit Celebrativo- Nóis de Teatro 10 anos, que conta com o livro- A Arte que vem das margens: 10 anos de Nóis de Teatro e o documentário- Um pouco sobre Nóis.

O livro e o documentário contam a história do grupo criado em 2002 com união de adolescentes do bairro da Granja Portugal, periferia de Fortaleza, empenhados em montar um espetáculo para animar a festa da padroeira da sua comunidade e que, dez anos depois, tornou-se referência nacional de arte e cultura de resistência na periferia de Fortaleza, destacando-se pelo mérito artístico, criativo, social e de intervenção no espaço onde atua. Nos 10 anos do Nóis de Teatro foram 12 espetáculos montados, com mais de 500 apresentações em 38 cidades de 12 estados brasileiros. Para além de todas essas apresentações, o Nóis de Teatro desenvolve um forte trabalho na área do grande Bom Jardim, com oficinas de teatro, confecção de instrumentos, elaboração de projetos e percussão, referendando uma ação comunitária a partir das experiências adquiridas ao longo desses anos.

Estamos agora na etapa de distribuição desse material, que é completamente gratuito e temos por objetivo fazer com que ele circule entre grupos de teatro e outras manifestações culturais, além de escolas, centros comunitários e outros espaços públicos.

Sugerimos aos grupos e sujeitos interessados que entrem em contato conosco solicitando o material, através do e mail gruponois@yahoo.com.br ou do fone (85) 87201135 (Altemar) ou (85) 86785661 (Henrique) e veremos qual a melhor forma de enviar. Os interessados terão apenas o custo do correio, haja vista que a distribuição é gratuita. Às entidades e grupos de Fortaleza é só ir na sede do Nóis de Teatro e solicitar pessoalmente.

Saudações culturais a todos!

Altemar di Monteiro
http://noisdeteatro.blogspot.com/
(85) 8720.1135 / 9920.1134



quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Território, identidade e teatro de rua

Acessem o link:

http://www.ia.unesp.br/#!/pos-graduacao/stricto---artes/dissertacoes/stricto-sensu-artes--dissertacoes-2012/

Para baixar a dissertação Identidade e Território Como Norte do Processo de Criação Teatral de Rua: Buraco D'Oráculo e Pombas Urbanas nos Limites da Zona Leste de São Paulo
Dissertação de Mestrado de Adailtom Alves Teixeira

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Ato em defesa do assentamento Milton Santos em SP (MST)

MST faz ato em defesa do assentamento Milton Santos em SP.

Nesta terça-feira (11/12), o MST realiza um ato em defesa do assentamento Milton Santos, localizado no município de Americana (SP), na Avenida Paulista, em São Paulo , a partir das 10h.

A Concentração ocorrerá mais cedo, em outro local.
 
Da Página do MST
O Movimento protesta contra o pedido de reintegração de posse da área pela Justiça Federal e cobra da presidenta Dilma Rousseff que assine decreto de desapropriação da área.
Em 28 de novembro, a 2ª Vara de Piracicaba da Justiça Federal determinou a reintegração de posse da área.
As 100 famílias que vivem - produzem alimentos e abastecem o mercado local(foto) - há sete anos no assentamento têm 15 dias para sair da área a partir da notificação oficial para não serem despejados pela Polícia Militar.
A área do assentamento pertencia à família Abdalla e foi repassada ao INSS como forma de pagamento dos impostos por causa das dívidas com a União.
O assentamento foi reconhecido pelo Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em julho de 2006.
Até a desapropriação, a área era usada irregularmente pela Usina Ester para a monocultura de cana de açúcar.
A família Abdalla, em conjunto com a Usina Ester, entraram com uma ação na Justiça e ganharam em segunda instância, por meio de uma brecha legal.
"Vivemos um momento de apreensão, com a visível paralisação da Reforma Agrária no estado de São Paulo. Estamos vivendo um momento de paralisação da Reforma Agrária e também de ameaças às conquistas", afirma o integrante da Coordenação Nacional do MST, Gilmar Mauro.
O MST cobra da presidenta Dilma Rousseff que assine o decreto de desapropriação por Interesse Social do Sítio Boa Vista, onde fica o assentamento, que foi enviado pelo Incra à Presidência.
A desapropriação por Interesse Social, de acordo com a Lei Nº 4.132, de 10 de setembro de 1962, prevê que "será decretada para promover a justa distribuição da propriedade ou condicionar o seu uso ao bem estar social, na forma do art. 147 da Constituição Federal".
"Não podemos deixar a Reforma Agrária andar para trás. Temos o compromisso de lutar pela manutenção do assentamento e contra o desmonte da Reforma Agrária pelo Poder Judiciário", afirma Gilmar Mauro.
Na quarta-feira, as famílias do MST ameaçadas pela ação de despejo montam um acampamento de resistência, no assentamento Milton Santos.
Nesta segunda-feira, um grupo de famílias do Milton Santos, que não faz parte do MST, fez um protesto em defesa do assentamento em São Paulo.

 

Sem-terra ocupam Secretaria da Presidência em São Paulo



sábado, 1 de dezembro de 2012

Cultura em Crise em Prudente?


Histórias culturais de Presidente Prudente: Capitulo 723

No Jornal Oeste Notícia do dia 29 saiu declarações minhas (Antônio Sobreira) sobre a ausência de clareza na prestação de contas e de informações da parte da Secretaria de Cultura. Isso é fundamental!

Alguns erros devem ser corrigidos! A FPTAI não congrega 200 atores e atrizes, mas 20 artistas e em 4 grupos de arte.

Também não posso dizer que a cultura em Prudente está em crise, se assim fosse, estavam ocorrendo mudanças de comportamento concreto, no entanto, está tudo bem acomodado e nada crítico, infelizmente.

No dia anterior a essa matéria nós participamos da Fórum Municipal de Cultura, que está ocorrendo por um acordo assinado com o Ministério da Cultura e só em razão disso, pois  solicitamos isso desde 2010 e só agora ocorreu.

Era necessário um Fórum por ano desde 2010, mas não houve força nem interesse político do Conselho Municipal de Cultura e nem da Secretaria de Municipal de Cultura para realizá-los.

As plenárias ficam cheias, mas não há debates. Quase como se as pessoas estivessem ali apenas para presenciar as ideias expostas.

No que trata de cada setor de cultura, foram terminados textos sem o conhecimento dos membros das setoriais. E prova disso é que houve setoriais que nem tiveram tempo de fazer suas apresentações.

E o conteúdo dos discursos é como os artistas da cidade vão viver de verbas públicas e não fazer uma poítica pública. Houve artista que confundiu as coisas e pediu envergonhadamente em tom de súplica para o Secretário de Cultura arrumar os palcos existentes que estão com problemas.

Como um artista pode achar que é suplicando que ele será ouvido.

 Mas ainda assim o poder público ouviu algumas críticas antigas que antes lhe provocava crises de ira e xingamentos. Abrir as agendas das salas de espetáculos que estão sendo priorizadas para formaturas, reuniões de profissionais e cultos religiosos.

També se reclamou a priorização dos usos das salas do Centro Cultural Matarazzo, que já causou muitas perseguições.

Tudo está sendo empurrado e apresentado às pressas. O Fórum se reduziu a duas horas e meia de exposição e menos de uma hora de debate.

Todo esse exercicio está sendo feito sem ouvir de fato as pessoas e muitas não sabem nem como reagir e ficam em silêncio.

Minha impressão é que serão feitos textos e conduzidos todos esses processos sem debates e sem aprofundar questões, uma delas é como realmente fazer um Plano Municipal Participativo para uma Política Cultural de caráter público para Presidente Prudente.

E muitos cidadãos acabam achando que é dessa forma mesmo que devem ser conduzidas as coisas. Sem atrapalhar e em silêncio.

Como somente um setor da cidade se apresenta dissonante, parece que é capricho e birra. Mas é estranho que numa cidade complexa e cheia de demandas, todos estejam tão satisfeitos que só possa existir de fato uma única entidade divergente. O que existe é uma única entidade que faz expressa suas opiniões publicamente, já que as outras suplicam favores por debaixo dos panos para corrigir desmando e má vontade do pdoer local, quando não arranjam emprego ou pagam uma apresentação para se calarem.

No entanto há muitos detalhes que se forem e devem ser tratados corretamente, as pessoas perceberão que há muita coisa séria e importante que se está passando como normal no rito, dando a impressão que é democrático.

O Forum de Cultura ocorrido, foi representativo e composto diverso, mas não foi democrático porque os temas não foram debatidos.

Teremos um plano municipal de cultura, mas ele deverá ser discutido amplamente e profundamente no anos de 2013.

O poder local fará tudo para que isso não aconteça, muito menos fazer as reuniões terem caráter público e servir da democracia para efetivá-lo.

--
Antonio Sobreira