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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Hoje (dia 30) - Ato em solidariedade ao Pinheirinho- Praça Sete - 15h.




SOMOS TODOS PINHEIRINHO!

BELO HORIZONTE NA CAMPANHA NACIONAL DE SOLIDARIEDADE

No dia 22 de janeiro, domingo, na cidade de São José dos Campos (SP), a Polícia Militar deu início a um massacre contra cerca de 9 mil moradores de uma das maiores ocupações urbanas da América Latina, o Pinheirinho. A mando do governador Geraldo Alckmin, do prefeito Eduardo Cury (ambos do PSDB), do Tribunal de Justiça de São Paulo e do Ministério Público Estadual, invadiram a comunidade numa verdadeira operação de guerra, com mais de 2 mil soldados oriundos de 33 municípios. Atiraram e agrediram os moradores sem poupar ninguém, espancando mulheres grávidas, crianças, idosos e cadeirantes. Fizeram dezenas de feridos com armas letais. Há relatos de vários moradores que denunciaram a ocorrência de mortes, inclusive de crianças, que estariam sendo encobertas pela polícia e os órgãos públicos da cidade, como nos tempos da ditadura militar.

Ao determinar a execução do massacre, o governo de São Paulo ignorou uma decisão do Tribunal Regional Federal que, na Sexta-feira (20 de janeiro), determinou a suspensão da reintegração de posse. Havia negociações para uma solução pacífica para o conflito, que foram boicotadas pela prefeitura de São José dos Campos. Os advogados dos moradores foram detidos e agredidos e a polícia reprimiu comunidades vizinhas, criminalizando qualquer manifestação de apoio às vítimas do despejo.

O Pinheirinho há oito anos luta por sua regularização como bairro por ocupar o terreno de uma empresa falida do mega especulador imobiliário – criminoso internacional - Naji Nahas. Este usurpador do terreno é procurado em mais de 40 países por fraudes financeiras e no Brasil já quebrou a bolsa de valores do Rio de Janeiro. Ele deve mais de 15 milhões em impostos para a prefeitura de S. José dos Campos e o terreno cuja posse está sendo reintegrada é fruto de grilagem. Essa ação truculenta dos governos paulistas beneficiará não só o bandido Naji Nahas, mas também seus credores, banqueiros, especuladores e megaempresários enquanto os trabalhadores, pobres e negros, são jogados nas ruas como animais.

Todas as casas e benfeitorias da ocupação, construídas ao longo dos últimos 8 anos sem nenhum apoio dos governos, estão sendo demolidas pelos tratores da prefeitura, junto com toda mobília, eletrodomésticos, documentos pessoais e demais pertences dos moradores. Estão sendo destruídos também os sonhos destas trabalhadoras e trabalhadores do Pinheirinho. Atualmente, as famílias estão sendo mantidas numa espécie de campo de concentração, onde tendas sem nenhuma estrutura foram montadas. Lá os moradores são marcados por pulseiras.

Este escandaloso massacre realizado no Pinheirinho é uma afronta a todos os movimentos sociais do Brasil e uma mostra do quão desumana é a guerra generalizada contra os pobres no nosso país, cada vez mais consolidada como política de Estado. Em Belo Horizonte e em muitas outras cidades há várias ocupações urbanas que também lutam contra o despejo e pela sua regularização enquanto bairros. Por isso, todo o movimento sindical e popular precisa se manifestar para que a tragédia do Pinheirinho possa ser revertida e não sirva de precedente para massacres semelhantes em outros lugares.

Ao longo dessa semana, dezenas de atos públicos em solidariedade ao Pinheirinho foram realizados em todo o país, sobretudo nas grandes capitais como BH, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Teresina, Recife. Uma campanha nacional está sendo posta em prática por várias entidades, partidos e movimentos da classe trabalhadora contra o massacre e pela desapropriação do terreno. Convocamos todos os trabalhadores e jovens de Belo Horizonte e região para seguirmos fortalecendo essa campanha nas ruas, para que a criminosa ação deste Estado genocida seja combatida, revertida e não se repita.

ABAIXO OS CRIMINOSOS DO PSDB E SEUS COMPARSAS!
PUNIÇÃO A TODOS OS RESPONSÁVEIS PELO MASSACRE!
ABAIXO O ESTADO GENOCIDA! ABAIXO A REPRESSÃO!
PELO FIM DA CRIMINALIZAÇÃO DA POBREZA E DOS MOVIMENTOS SOCIAIS!
PELO RETORNO IMEDIATO DAS FAMÍLIAS! DILMA, DESAPROPRIE O PINHEIRINHO JÁ!

Evento no Facebook http://www.facebook.com/events/321320444579388/

Assinam: CSP-CONLUTAS, Intersindical, MTST, Brigadas Populares, Comunidade Zilah Sposito/Helena Greco, MLPM, Federação Democrática dos Metalúrgicos, Ceramistas de Monte Carmelo; STIM Pirapora; STIM Itajubá e Região; STIM Ouro Preto; STIM de Itaúna; STIM Divinópolis; STIM Três Marias; STIM Governador Valadares; STIM Várzea da Palma; SINDEESS Divinópolis; SINDEESS BH e Região; SINDEESS Itajubá e Região; Sindicato Metabase dos Inconfidentes; SINTEMMD Divinópolis; SINDSERB Monte Carmelo; SINDSERB Betim; SINTAPPI-MG; SINDREDE-BH, FENATIG, SINDSERB; ANEL, DAICB-UFMG, DAFAE-UEMG, Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania (IHG), AGB-SLBH, LER-QI, MLB, Movimento Fora Lacerda, PSTU, PSOL, PCO, UJC, PCB.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Moção de Repúdio dos Trabalhadores da Cultura à Política do Coturno em Pinheirinho

Moção de Repúdio dos Trabalhadores da Cultura à Política do Coturno em Pinheirinho

De um lado, pelo menos 1.600 famílias que lutam pelo direito de morar no bairro do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), ocupação que tem oito anos de existência. Do outro, mais de 2.000 policiais militares e civis cumprindo 
ordens da Justiça Estadual e da Prefeitura de São José dos Campos, em favor da massa falida da empresa Selecta, pertencente ao mega-especulador Naji Nahas.

Ainda que não houvesse outras circunstâncias agravantes no caso, já seria possível constatar que as instâncias dos poderes executivo e judiciário fizeram a opção, em Pinheirinho, pela lei que protege a especulação imobiliária, em 
detrimento do direito das pessoas à moradia. 

Vence mais uma vez a política do coturno em prol do capital. De um lado, 
bombas, armas, gases, helicópteros, tropa de choque. Do outro, dois revólveres apreendidos. Não há notícia de que tenham sido usados. Uma praça de guerra é instalada - numa batalha em que um exército ataca civil.

Não há plano de realocação das famílias. As que não conseguiram ou não quiseram fugir, ou receberam dinheiro para passagens para outras cidades, ou estão sendo mantidas cercadas, com comida racionada, como num campo de 
concentração. A imprensa não pode entrar no local, não pode fazer entrevistas, e os hospitais da região não podem informar sobre mortos e feridos. O que se quer esconder?

O Governo do Estado lavou as mãos diante do caso, assim como o Superior Tribunal de Justiça. O Governo Federal tardou em agir. A chamada "função social da propriedade", prevista na Constituição Brasileira, revelou-se assim 
como peça de ficção, justamente onde a ficção não deveria ser permitida.

Mais uma vez, o Estado assume o papel de "testa de ferro" para as estripulias financeiras da "selecta" casta de milionários e bilionários. A política do coturno em prol do capital vem ganhando espaço. Assim está acontecendo na 
higienização do bairro da Luz, em São Paulo , preparando-o para a especulação imobiliária; assim vem acontecendo na repressão ao movimento estudantil na USP, minando a resistência à privatização do ensino; assim acontece no campo brasileiro há tanto tempo, em defesa do agronegócio. Os exemplos se multiplicam. E não nos parece fato isolado que, hoje, a quase totalidade dos subprefeitos da cidade de São Paulo sejam coronéis da reserva da PM.

Nós, trabalhadores artistas, expressamos nosso repúdio veemente a esse tipo de política. Mais 1.600 famílias estão nas ruas: a lei foi cumprida. Para quem?

ENTIDADES E MOVIMENTOS PARTICIPANTES:
Avoa núcleo artístico
Brava Cia de Teatro
Buraco d`Oráculo
Cia Antropofágica de Teatro
Cia Estável de Teatro
Cia Ocamorana de Teatro
Grupo Teatral Parlendas
Cia São Jorge de Variedades
Cooperativa Paulista de Teatro
Dolores Bocaaberta Mecatrônica
Estudo de Cena
Kiwi Companhia de Teatro
Movimento de Teatro de Rua
Movimento dos Trabalhadores da Cultura
Núcleo Pavanelli de Teatro de Rua e Circo
Roda do Fomento
Trupe Olho da Rua – Santos – SP
Karina Martins
Núcleo do 184
Trupe Sinhá Zózima
A Jaca Est
Grupo Redimunho de Teatro
Coletivo Núcleo 2
Juliana Rojas (Filme: Trabalhar Cansa)
Atuadoras
Rede Brasileira de Teatro de Rua

VÍDEO COM A LEITURA DA MOÇÃO DE REPÚDIO
http://www.youtube.com/watch?v=p2OayXHRfm8&feature=youtu.be
Vídeos sobre a violência no Pinheirinho – São Paulo, jan.2012
http://www.youtube.com/watch?v=nEuGR0SBrjE&context=C3bf10deADOE
gsToPDskLhsKdretX2OXyRkGGnQ_ghttp://www.youtube.com/watch?v=NBjjtc9BXXY (vídeo do Coletivo de 
Comunicadores Populares de Campinas)

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Massacre do Pinheirinho 3 pessoas assassinadas - tentam esconder os corpos


Ola a tod@s,
segue o link de um vídeo feito pelos parceiros do Coletivo de Comunicadores Populares de Campinas.
Esclarece o caso de pinheirinho e nos traz uma nocão histórica:
http://www.youtube.com/watch?v=NBjjtc9BXXY
por favor divulguem!


Por favor ajudem a divulgar...
Para furar o cerco da imprensa!
O Governo Alckmin com a PM de SP e a GCM de SJC assassina 3 pessoas e esconde os corpos!



Pinheirinho.


   De Guilherme Boulos, dirigente do MTST: "Caros companheiros. Neste momento estamos realizando um ato no palácio do governo de SP em denúncia ao massacre do Pinheirinho. Pela manhã travamos a rodovia Anhanguera, na região de Campinas. Além destas ações, o MTST realizará ainda hoje ações em Brasília e Belo Horizonte. Várias outras ações estão ocorrendo pelo país, com o envolvimento de todas as organizações de esquerda. É muito importante que os companheiros se envolvam. É preciso fortalecer a denúncia dos 3 assassinados no dia de ontem, com total bloqueio da imprensa. Os corpos não foram levados para o IML de São José e estão desaparecidos. Um deles é uma criança de 4 anos de idade, que chegou morta ontem as 18 hs ao PS Vila Industrial, após levar 1 tiro de borracha no pescoço. Temos várias testemunhas, mas os hospitais - por ordem expressa da prefeitura e da PM - não confirmam as informações, temendo ampliar a indignação e a resistência.  É fundamental utilizarmos nossos canais para denunciar estes fatos".

   Desocupação do Pinheirinho (SJC): imagens não divulgadas pela grande mídia:
   http://www.youtube.com/watch?v=H8pPOYHmkCc&feature=player_embedded

   Ataque da PM no alojamento:
   Forças de choque da Polícia Militar atacando o interior do alojamento cedido pela própria Prefeitura de São José dos Campos para abrigar moradores desocupados do Pinheirinho. No alojamento provisório estavam famílias inteiras, crianças, idosos e pessoas portadoras de necessidades especiais. Uma criança foi levada carregada para a ambulância que estava montada em uma tenda enquanto os policiais continuavam a jogar bombas em direção aos moradores. Aqui pode-se ver que algué´m é socorrido pela ambulância.
   http://www.youtube.com/watch?v=nH3OBLdJYTE

   Pinheirinho - Testemunha vê criança gravemente ferida:
   http://soundcloud.com/pinheirinhosjc/pinheirinho-testemunha-v-crian

   Grande mídia:
   Ordem dos editores é falar em "ordem de despejo"/Proibido falar a palavra "moradia" ao falar de Pinheirinho/Nunca direcionar matérias com o foco do direito humano à moradia. São "invasores", se quebrarem alguma coisa "vândalos", e obrigatoriamente "sem teto"/Proibido citar Naji Nahas. Ao dar os números, usar as estatísticas da Prefeitura, que "elimina" milhares de moradores e fala em 1.500 pessoas e não 9.500./No máximo, tratar como pessoas, nunca como "seres humanos". De Gustavo Barreto, jornalista

http://www.fazendomedia.com/pinheirinho-e-nessas-horas-que-o-jornalismo-da-grande-midia-mostra-a-cara/

   Para quem ainda tem dúvida sobre a legalidade da ação:
   Por que será que a PM está tomando todas as câmeras e celulares de quem está acompanhando a reintegração em Pinheirinho? Por que será que as autoridades que apoiam a população não podem entrar, como o Deputado Estadual Carlos Giannazi (PSOL), Deputado Federal Ivan Valente (PSOL) e do Senador Eduardo Suplicy (PT)? Não estam fazendo tudo dentro da mais absoluta legalidade?

   Mais informações sobre a (i)legalidade da reintegração:
   Direito, Estado e terror no caso do Pinheirinho:

http://armadacritica.blogspot.com/2012/01/direito-estado-e-terror-no-caso-do.html

   Nos ajude a divulgar esta barbárie. São seres humanos, não podemos nos calar frente a atrocidades. Não podemos deixar impune. A terra tem que cumprir sua função social, como previsto na Constituição Federal de 1988 e o Estatuto das Cidades, de 2001.
   De que lado você está?
   Marcela Moreira
   Instituto Voz Ativa
   http://blogdamarcelamoreira.blogspot.com/2012/01/pinheirinho.html


terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Cordel deixou a Globo e Pedro Bial indignados


 
Antonio Barreto
Cordel que deixou Rede Globo e Pedro Bial indignados
Antonio Barreto nasceu nas caatingas do sertão baiano, Santa Bárbara/Bahia-Brasil.
Professor, poeta e cordelista. Amante da cultura popular, dos livros, da natureza, da poesia e das pessoas que vieram ao Planeta Azul para evoluir espiritualmente.
Graduado em Letras Vernáculas e pós graduado em Psicopedagogia e Literatura Brasileira.
Seu terceiro livro de poemas, Flores de Umburana, foi publicado em dezembro de 2006 pelo Selo Letras da Bahia.
Vários trabalhos em jornais, revistas e antologias, tendo publicado aproximadamente 100 folhetos de cordel abordando temas ligados à Educação, problemas sociais, futebol, humor e pesquisa, além de vários títulos ainda inéditos.
Antonio Barreto também compõe músicas na temática regional: toadas, xotes e baiões.
 
BIG BROTHER BRASIL UM PROGRAMA IMBECIL
Autor: Antonio Barreto, Cordelista natural de Santa Bárbara-BA, residente em Salvador.
Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.
Há muito tempo não vejo
Um programa tão 'fuleiro'
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.
Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, 'zé-ninguém'
Um escravo da ilusão.
Em frente à televisão
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme 'armadilha'.
Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.
O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.
Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.
Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.
Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Da muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.
Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério - não banal.
Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.
A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os "heróis" protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.
Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já se tornou imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.
Talvez haja objetivo
"professor", Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.
Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.
É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos "belos" na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.
Se a intenção da Globo
É de nos "emburrecer"
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.
A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.
E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.
E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.
E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.
A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.
Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.
Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?
Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal.
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal.
FIM


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

MINC COMEMORA 20 ANOS DA PRIVATARIA CULTURAL



MINC COMEMORA 20 ANOS DA PRIVATARIA CULTURAL

Por Carlos Henrique Machado freitas

A matéria do MinC não poderia estar em lugar melhor do que no Cultura e Mercado, o blog serrista de dar inveja a qualquer Tea Party. De acordo com o texto/documento do secretário de Fomento e Incentivo à Cultura do MinC, Henilton Menezes, a Lei Rouanet é uma obra de ganhos irrefutáveis. Segundo seu balanço, a nossa ilustríssima e neoliberal Lei Rouanet causa inveja a qualquer modus operandi que tem a cultura como atividade financeira.

Sem a menor preocupação, é lógico, de tratar do tema com uma investigação além das fronteiras fiscais, Henilton se esbalda nos artifícios de uma fulanização metafísica para contrapor às vozes dissonantes dessa cultura de tesoureiro para a qual o MinC solta foguetes. O problema é que toda a retórica-biombo do secretário tem nas suas filigranas dados que antes eram exclusividade do dono do Instituto Pensarte e do Cultura e Mercado, Leonardo Brant, hoje fazendo parte do "núcleo de inteligência" do MinC de Ana de Hollanda. Isso não é mais segredo para ninguém.

http://www.culturaemercado.com.br/pontos-de-vista/lei-rouanet%E2%80%9320-anos-depois/

Para vender a Lei Rouanet como um grande patrimônio da cultura brasileira custeada em 100% por cofres públicos, Henilton ficou do lado de lá do balcão sem, no entanto, explicar que a lei é negociada "com sucesso" apenas dentro da ilha do Caribe cultural, quando na realidade, para a grande maioria a palavra hostilidade é praticamente sinônimo de Lei Rouanet.

De acordo com a regra do leilão, e sobre isto temos provas testemunhais, o cofre da Lei Rouanet só abre a partir de determinada mensagem para determinada assessoria recrutada pelo próprio sistema, ou seja, os 3% de captadores, famosos na praça, que passam o cerol em mais de 50% dos milionários recursos da cultura, são de um núcleo ligado aos intestinos oficiais do PSDB, do Dem e, agora, do PSD de Kassab. A Lei Rouanet é um golf club aonde os títulos de sócio são para poucos naquela vastidão de grama aparada pela privatização dos recursos extraídos dos impostos da sociedade a parceiros do consórcio.

Duas coisas me chamaram a atenção na fala de Henilton: a primeira, para desviar o foco do embuste que é esta lei de incentivo, ele se esbalda nos exemplos "benéficos", alguns sequer são contemplados pela lei, ou se são, estão surfando com uma contribuição mínima. Por outro lado, ao invés de colocar às claras que a lei criada por Collor, fortalecida por FHC, atende, sobretudo a uma máfia fiscal.

Ainda hoje essas ligações começam a causar repercussão justo numa das fundações com maior visibilidade e com a maior capacidade de se criar catarses morais neste país, a Fundação Roberto Marinho.

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/mpf-investiga-a-fundacao-roberto-marinho

Mesmo que a denúncia esteja vinculada ao Ministério do Turismo, a receita da Fundação Roberto Marinho tem na Lei Rouanet um dos seus principais braços de captação de recursos públicos.

Transcorrido um ano, o MinC cada vez mais se presta a ser o representante do setor privado, do grande poder, das corporações e não o mais importante órgão da cultura no Estado brasileiro. Esta mesma inversão de papéis que o MinC insiste em fazer o Estado se ausentar de questões estratégicas como é o caso do Ecad e a ministra, e que hoje ninguém mais sabe quem é quem, MinC/Ecad tal a relação siamesa de Ana com esta empresa privada, e agora, pra fechar com chave de ouro, a ministra despachou, através do seu secretário, Henilton Menezs, o saco de bondades custeado pelo povo brasileiro para favorecer os atravessadores da Lei Rouanet.

Lembrei-me imediatamente da citação de Augusto Boal que, com sua autoridade, deu uma declaração cirúrgica sobre a Lei Rouanet, classificando-a como um lixo neoliberal que jamais cumpririra a função de financiar uma cultura encarregada de ter a visão crítica de uma sociedade. Mas Henilton que repetiu o palavrório dos "Pensartes", fala em melhorar a lei como os dizeres daquela placa de buteco, "fiado só amanhã".

Enfim, se faltava o Ministério da Cultura afiançar uma política que deixou os pobres da cultura mais pobres, e os ricos, mais ricos e poderosos, agora não falta mais nada, Henilton Menezes nos trouxe o manual que nomeia a Lei Rouanet e todas as firmas "criativas" que administram os recursos públicos para render glórias aos caçadores do tesouro nacional.

http://www.trezentos.blog.br/?p=6623


Cracolândia e projeto imobiliário

Quem tem visto pelo noticiário aos moradores de rua na região chamada de cracolândia, no bairro da luz e não sabe o que está por trás, veja aí:



Adailton Alves

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Associação quer brecar artistas de rua

Associação quer brecar 'muvuca' de artistas nas ruas

São Paulo, domingo, 01 de janeiro de 2012
Articuladores de artistas de rua e comerciantes do centro querem ajustar projeto de lei em discussão
Em uma quadra da rua 15 de novembro, quatro artistas se apresentam e dizem que nunca recebem reclamações
CRISTINA MORENO DE CASTRO
DE SÃO PAULO
É começo da tarde na praça da Sé. A banda de forró Luar do Sertão Pancadão do Piauí se prepara para tocar mais uma vez o clássico "Asa Branca", de Luiz Gonzaga.
Zabumba, pandeiro, sanfona. Microfones, amplificador e caixa de som.
"Eu até gostava da música, mas imagina o que é ouvir Asa Branca 45 vezes no mesmo dia?", diz o advogado Airton Domingues, que é diretor da Ação Local Praça da Sé.
Ele trabalha no sexto andar de um prédio da praça e diz que sofre com o eco das caixas de som usadas por alguns artistas de rua. "Não dá para trabalhar."
O problema, diz, é que já aumentou o número de artistas de rua -ou dos munidos de caixas de som altíssimas- desde que Gilberto Kassab (PSD) aprovou, em julho, o decreto que disciplina as apresentações.
Mas o temor de moradores e comerciantes é que vire bagunça quando um projeto de lei em tramitação for aprovado: da forma como está escrito, permite que mais pessoas sejam consideradas artistas e autoriza até a venda de "peças artesanais".
"Daqui a pouco qualquer um diz que é artista e vai para a rua, e vira um camelódromo disfarçado", diz Artur Monteiro, da Ação Local Ladeira da Memória, ligada à Associação Viva o Centro.
A associação, que tem 5.000 membros, criou um grupo de trabalho em dezembro para discutir o assunto e diz que procura a prefeitura e a Câmara ativamente.
Ao mesmo tempo, articuladores do movimento dos artistas de rua criaram um fórum na internet para melhorar o texto do PL -incluindo regras como limite para ruído, ocupação e para que os artistas não fiquem sempre no mesmo lugar.
"O texto foi feito às pressas, estamos trabalhando para melhorá-lo", diz Celso Reeks, um dos articuladores, que defende a venda dos CDs autorais pelos artistas, hoje proibida, para que consigam levantar mais dinheiro.
QUATRO EM UMA QUADRA
Na semana passada, a Folha convidou Celso e Airton para circular pelo centro, onde a concentração de artistas (e de público) é maior.
Descendo pela rua 15 de Novembro, vê-se a dupla de repentistas Peneira e Sonhador fazendo rimas para uma roda imensa de pessoas. Alguns passos adiante, um mágico transforma um pedaço de jornal em nota de R$ 50.
A dupla de cantores de gospel Os Levitas da Última Hora também canta com caixa de som (desde que o decreto foi aprovado) e vende CDs quando não há fiscais perto.
Também é comum encontrar por ali o pintor de grão-de-arroz, o de azulejos, o que faz arte em arames e o que se apresenta com argolas.
Embora o debate na internet e fora dela esteja quente, a posição de Celso e Airton é a mesma: querem apenas coibir os abusos, sem impedir o trabalho dos artistas.
Luiz Ramalho da Silva, 35, o sanfoneiro da banda de forró, diz que toca há 15 anos na praça e que nunca recebeu reclamações de moradores ou comerciantes por seu som.
"Daqui eu não saio." Nem teria como: segundo ele, todas as praças próximas já estão ocupadas.
Veja fotos dos artistas de rua na Sé:
Veja vídeo com os artistas de rua e os comerciantes: