Este blog tem por objetivo compartilhar informações e textos reflexivos sobre teatro de rua, em seus aspectos técnicos, éticos e estéticos, bem como sua relação com a sociedade contemporânea. Se você escreve sobre esses temas e quiser contribuir, envie seu texto. Os textos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião da coordenação deste blog. Outras redes: https://linktr.ee/adailtom.alves
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quinta-feira, 26 de abril de 2012
PANFLETO
quarta-feira, 25 de abril de 2012
OCUPACIC
*OCUPACIC*: Artistas, professores, produtores e estudantes das diversas linguagens artísticas estão juntos para promover manifestações que envolvem performances, oficinas, mostras de filmes, saraus, aulas ao ar livre, dentre outras, em uma ocupação de cinco dias (23.04.12 a 27.04.2012) no espaço ocioso do Centro Integrado de Cultura, congregando forças e dando visibilidade ao descontentamento com o descaso do governo em relação às políticas culturais. ** O movimento *OCUPACIC* surgiu no dia 23 de abril de 2012, após a entrega de uma carta de reivindicações elaborada pelo Fórum Catarina de Cultura e assinada por 131 entidades que representam profissionais da cultura de SC, em um ato pacífico. Este documento solicita maiores esclarecimentos acerca dos processos que envolvem a política cultural do nosso estado. Decidimos ocupar o CIC, pois além dele sediar a Fundação Catarinense de Cultura (FCC), o Conselho Estadual de Cultura (CEC) e a Secretaria Estadual de Turismo, Cultura e Esporte (SOL), ele simboliza o descaso do governo estadual para com a cultura: um teatro fechado, ausência de salas de ensaio, uma sala de cinema que perdeu sua característica de cineclube e um museu de arte sem uma programação anual. Reflexo concreto da ausência de uma política cultural comprometida com a sociedade civil. O Ocupa CIC é um movimento convocado pela classe artística e aberto a toda a sociedade civil e se coloca como uma primeira ação que serve para articulação de idéias para promover próximas ações que serão permanentes até que as reivindicações dos artistas sejam atendidas pelo governo. *Gostaríamos de deixar claro que este é um movimento estadual. Portanto, convocamos toda a classe artística a se manifestar, no espaço em frente às suas Secretarias Regionais de Cultura, nesta sexta-feira, dia 27 de abril, às 12h, num ato público comum e simultâneo no Estado de Santa Catarina. * *A POLÍTICA PÚBLICA QUE QUEREMOS: * * * O Conselho Estadual de Cultura deve representar as necessidades das classes culturais e da sociedade civil, por meio de um diálogo aberto. É dever do CEC tornar públicas suas atas em diário oficial, bem como fazer reuniões abertas, divulgadas amplamente e com antecedência. Tanto o Governo quanto a FCC devem respeitar o Conselho e suas decisões, entendendo-o como uma representação da sociedade civil responsável por auxiliar na elaboração de políticas públicas para a cultura. * * A FCC e a SOL não devem passar por cima das diretrizes que elas mesmas estabelecem para as suas ações, indo contra suas próprias regras. E nem utilizar-se de uma política de balcão que privilegie interesses eleitoreiros, em prejuízo das reais necessidades da sociedade civil. ** Uma Secretaria de Cultura deve ser criada como uma instância independente (ao contrário do que é hoje, associada ao turismo e ao esporte) e responsável por executar as políticas públicas do governo estadual. O orçamento para cultura no Estado de Santa Catarina deve respeitar o princípio da transparência. É necessária sua publicação em diário oficial e o estabelecimento de instâncias fiscalizadoras acessíveis a qualquer cidadão. Questionamos a atuação do comitê Gestor acima do Conselho Estadual de Cultura. Entendemos o conselho como a instância máxima representativa e deliberativa das políticas culturais. Salientamos que essas reivindicações não são recentes, datam pelo menos uma década. São reivindicações que estão na pauta nacional de políticas públicas culturais e muitas delas já se tornaram leis através do Plano Nacional de Cultura. O que procuramos é o alinhamento da política pública estadual com o Plano Nacional de Cultura através de um processo democrático, transparente e participativo, com toda a sociedade civil. *UM FINAL POÉTICO E MOTIVADOR PARA FECHAR COM GRANDE ESTILO:* Aqui os canhões não soltam fogo e os gritos são canções. A classe artística mobiliza-se e reitera seu compromisso em representar seu papel de agentes culturais, no cenário político da cultura no Estado. Nós somos artistas. Nosso desejo nos move para uma cultura efervescente, mas que está represada pela falta de seriedade e transparência nos processos burocráticos. Por isso, faça frio ou faça sol, continuaremos reunidos no CIC, em Florianópolis, para uma ocupação de cinco dias. Chegou a hora de mostrar a nossa força e resistência! Cultura já!
terça-feira, 24 de abril de 2012
OCUPA CIC - Santa Catarina
Ocupação no CIC - Florianópolis
"ESPERANDO JOCELI"
Relato do 1o dia de Ocupação do CIC - Centro Integrado de Cultura
E começou nessa segunda-feira [dia 23] em Florianópolis o processo de ocupação do CIC - Centro Integrado de Cultura. Nós, artistas e gestores culturais catarinenses, estivemos em manifestação desde às 15h ocupando o Hall do CIC e fizemos a leitura da carta que reúne mais de 100 assinaturas de entidades culturais catarinenses. A carta, entregue ao Governador do Estado de Santa Catarina, ao Conselho Estadual de Cultura, à Secretaria de Estado de Cultura, Turismo e Esporte, à Assembléia Legislativa e à Fundação Catarinense de Cultura, foi lida hoje na manifestação, também como ato simbólico de protocolo da mesma ao presidente da FCC, que "funciona" ali no CIC.
Nesse ato, além da leitura da carta, foi aberto o microfone para os manifestantes e aos representantes do Conselho Estadual de Cultura que estavam em reunião das 14h às 15h30 neste mesmo espaço. Na saída da reunião convidamos os conselheiros a se manifestar, e esclarecer à respeito de aspectos que são apontados na carta. Em sua maioria, os conselheiros que se pronunciaram foram os representantes das cadeiras de teatro, patrimônio, cinema, entre outros, ou seja, conselheiros indicados pelos seus respectivos setores artísticos e não os indicados pelos orgãos governamentais. Também fez o uso da palavra a presidente do Conselho Estadual, a Sra. Mary Garcia.
O presidente da Fundação Catarinense de Cultura, Sr. Joceli de Souza, convidado a vir receber a carta no Hall do CIC e fazer o uso da palavra, não aceitou nosso convite e solicitou que uma comissão fosse à sua sala. Como essa é uma tática antiga e muito utilizada para conter manifestações [e engavetar mais facilmente este tipo de solicitação] a classe cultural ali reunida se negou a eleger tal comissão e foi em grupo até a sala do Sr. Joceli que já havia se ausentado, o que já era previsto.
Foi montado um acampamento na parte externa do CIC que ali permanecerá até a próxima sexta-feira. Este é um ato pacífico, como é comum de nossa parte, trabalhadores da cultura, que não somos vândalos, nem encrenqueiros, mas que estamos ali para exigir transparência nos processos da política cultural, portanto, não estamos solicitando nada além do que é nosso direito como cidadãos.
As manifestações seguem durante a semana e convidamos a todos os artistas, gestores, e à toda a sociedade civil para estar ali com a gente. Quem puder, tire duas horinhas, uma manhã, uma tarde, e nos ajude a dar visibilidade para esta manifestação.
Foi criado o Blog "Ocupa CIC" pelos manifestantes que estão ali acampados para ampliar o diálogo a visibilidade e manter a sociedade civil melhor informada sobre esta ocupação [link abaixo]. Diversas atividades artísticas ocorrerão ali durante a semana, haverão aulas, discussões, performances, e outras atividades.
A carta que reúne nossas solicitações está no link do Blog "Ocupa CIC" abaixo, pra quem quiser se informar melhor sobre este ato!
Venha participar, pois esse movimento já mostrou no primeiro dia a nossa força e organização!
http://ocupa-cic.blogspot.com.br/2012/04/entra-governo-sai-governo-e-nao-ha.html
Daniel Olivetto
VÍDEO DA OCUPAÇÃO
http://www.youtube.com/watch?v=wI90v0Kt7Ug
Carta aberta dos Servidores do MinC
http://www.farofafa.com.br/2012/04/21/exclusivo-carta-aberta-dos-servidores-do-minc-2/4271
Carta Aberta
Reconhecendo a importância que o papel da cultura tem alcançado com as políticas do Governo Federal, implantadas nas últimas gestões, refletidas no aumento de verbas e na integração com outros segmentos do Governo; e atento às manifestações advindas de importantes segmentos da sociedade civil brasileira, representados por artistas e intelectuais, os servidores do Ministério da Cultura consideram graves os caminhos ora trilhados pelo MinC com visível reflexos na qualidade da Gestão interna e na plenitude administrativo-funcional do órgão.
Neste sentido, apresentamos os seguintes fatos:
• Pouco comprometimento com os processos de valorização e aprimoramento dos servidores e sua carreira;
• Ocupação de cargos de direção por indicações eminentemente políticas, em detrimento da qualificação técnica e acúmulo de experiência, com descumprimento do percentual mínimo de ocupação de cargos por servidores ativos;
• Disputas políticas autofágicas que geram atraso no processo de reestruturação do Sistema MinC, e refletem diretamente na execução de ações do setor cultural;
• Não consideração dos mecanismos de gestão participativa existentes e interrupção do diálogo com a sociedade civil;
• Imobilismo no encaminhamento das propostas Políticas de Estado, fundamentais à consolidação da transformação da política cultural no país (PL do PROCULTURA, PL do Vale Cultura, PEC do Sistema Nacional de Cultura, estruturação do SNIIC, Lei de Direitos Autorais, etc);
• Extinção de políticas e programas de importância estratégica para a garantia dos direitos culturais de parcela da população brasileira, como o Mais Cultura e Pontos de Cultura, sem novo direcionamento para os mesmos;
• Redução de Verbas para a pasta da Cultura em consequência do retrocesso político e das deficiências dos atuais processos de gestão administrativa, no âmbito do Ministério da Cultura;
Por fim, pugnamos contra a estagnação e os desmandos político-administrativos, indicando a necessidade de imediata recondução da Pasta à plenitude da sua missão institucional.
PS DE FAROFAFÁ: o texto chegou até nós e decidimos publicá-lo por revelar mais dos bastidores da política cultural brasileira. Os grifos do texto foram feitos por este site, e, como se vê, demonstram insatisfação generalizada dos funcionários do Ministério da Cultura para com a ministra Ana de Hollanda. O que se lê é, claramente, que os servidores vêem aparelhamento político do ministério, tal como insistentemente estamos falando desde que publicamos Ana de Hollanda no País do Ecad. Em vez de contrapor argumentos, vir a público debater seu posicionamento, a irmã de Chico Buarque prefere ancelmizar, noblatizar, migueldorosarizar, guarabyrizar, tiberiogasparizar (os referidos entenderão o recado!) a pasta que comanda.
quinta-feira, 19 de abril de 2012
terça-feira, 17 de abril de 2012
Visita do Sr. Fernando Haddad,ex-ministro da Educação ao Instituto Pombas Urbanas no dia 13 de abril/2012 (sexta-feira)
Fernando Haddad, ex-ministro da Educação visita o Centro Cultural Arte em Construção-Instituto Pombas Urbanas, onde se foi discutido assuntos relacionados à cultura e política pública.
Sexta-feira (13/04/12) recebemos a visita do ex-ministro da Educação Fernando Haddad, onde juntamente com os atores e gestores do Instituto Pombas Urbanas, Adriano Mauriz e Marcelo Palmares, pudemos discutir a respeito de Políticas Públicas voltadas a área da Cultura, Desenvolvimento do Bairro de Cidade Tiradentes, entre outros assuntos pertinentes.
Quando o Pombas Urbanas chegou a Cidade Tiradentes (2004) estava sendo realizado o Plano Diretor de Desenvolvimento da Cidade de São Paulo e o Projeto Viver Melhor-COHAB no bairro Cidade Tiradentes que tinha como meta promover a cultura no bairro para gerar melhor qualidade de vida.
Nós do Instituto Pombas Urbanas contribuímos direta e indiretamente nesta questão de políticas públicas voltadas a área cultural/social, por sermos gestores e mantenedores de um intenso processo cultural no bairro Cidade Tiradentes, por sermos beneficiários de alguns editais como Lei de Fomento, VAI, Pontos de Cultura, Programa Cultura Viva, entre outros e integrarmos e trabalharmos com redes e movimentos em parceria com um amplo e diversificado movimento social e cultural que vai desde a zona leste de São Paulo ao continente latino-americano. Foram citados ações de diversos grupos de teatro, que assim como nós, desenvolvem ações de acesso a bens culturais com uma programação diversificada e gratuita a população.
Em meio a esta produtiva discussão/reflexão foi entregue a Fernando Haddad algumas cartas e manifestos de movimentos culturais e sociais a respeito dos programas/editais criados pelo Governo, onde elas contestam o atraso da efetuação de contratos e não pagamento de alguns projetos contemplados pelos editais, principalmente a nível nacional, relatam também sobre a diminuição dos editais, corte orçamentário para cultura etc. Além de apresentar essas reivindicações, foram entregues materiais produzidos por estes movimentos como a revista do Movimento de Teatro de Rua de São Paulo - MTR-SP, material e programação da Mostra Lino Rojas, Revista Semear Asas, DVD do Encontro Comunitário de Teatro Jovem, entre outros.
Para fechar a discussão propusemos um Fórum/debate com todos os candidatos à prefeitura/2012, independente das campanhas partidárias, onde Fernando Haddad se comprometeu na realização do mesmo, no Centro Cultural Arte em Construção-Instituto Pombas Urbanas, a fim de aprofundarmos a reflexão sobre Políticas Públicas.
Entre as demandas da sociedade civil por políticas culturais entregues hoje pelo Pombas Urbanas ao Sr. Fernando Haddad, estão as cartas e manifestos do Movimento Nacional dos Pontos de Cultura, Campanha Continental Cultura Viva, Rede Brasileira de Teatro de Rua (produzida em Santos no 10º Encontro da RBTR) e Rede Livre Leste e a carta-denúncia do dia 27 de Março produzida pelo Movimento de Grupos de São Paulo,expressando as reivindicações concretas destes movimentos:
Rede Brasileira de Teatro de Rua – Tendo em vista que os trabalhos de teatro de rua de todo país têm como princípio comum "garantir o direito de acesso aos bens culturais a todos os cidadãos brasileiros, contribuindo para a construção de um país mais justo e igualitário", a Rede solicita a revisão da Lei Complementar número 128 que aumenta a taxa tributária sobre a atividade profissional dos artistas de rua e cria empecilhos para sua atuação, contradizendo as diretrizes apontadas pelo Plano Nacional de Cultura.
Pontos de Cultura – O Movimento Nacional dos Pontos de Cultura do Brasil solicita que o governo cumpra com acordos já firmados como o devido pagamento dos 300 pontos conveniados com a Secretaria de Estado da Cultura, o fim do contínuo cancelamento de editais, a regulamentação da Lei Cultura Viva.
Campanha Continental Cultura Viva. Esta Campanha que integra sólidas experiências culturais da América Latina exige com alegria e esperança que todos os Estados do continente cumpram o compromisso mundial de destinar 1% do orçamento nacional para a cultura e garantam a todas as mulheres e homens o pleno exercício de seus direitos culturais, apoiando, promovendo e difundindo o acesso, a valorização e a produção das manifestações da Cultura Viva Comunitária.
Rede Livre leste
Rede Livre Leste surgiu em 2009, quando coletivos artísticos da periferia da Zona Leste se uniram para trocar e fortalecer suas experiências e reivindicam a participação dos jovens nas comissões de avaliação de projetos, enquanto representatividade; que sejam repensados os meios de acesso aos editais públicos, para que uma maior diversidade de propostas e projetos culturais sejam contemplados; Maior transparência na avaliação de projetos culturais; entre outros.
Juliana Flory
(Equipe de Comunicação do
Instituto Pombas Urbanas
Memorial da zona leste - ata
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Apreensão de objetos de moradores de rua na Praça da Sé - 12 de abril de 2012
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Ato em frete ao TJ-SP
ORGANIZAÇÕES E MOVIMENTOS SOCIAIS: Assembléia Popular, Associação Cultural Corrente Libertadora, Brigadas Populares, Coletivo Faísca, Comissão de moradores do Jardim Paraná, CRESS-Conselho Regional de Serviço Social, Consulta Popular, Fórum das Pastorais Sociais, Fórum Popular de Saúde, Liga Proletária Marxista, Frente em Defesa do Povo Palestino, Marcha Mundial das Mulheres, Movimento Mães sem Creche, Movimento Fé e Política de Osasco, Movimento Mulheres em Luta, Movimento Quilombo Raça e Classe, Movimento Nacional Fé e Política, MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), MLB (Movimentos de Bairros e Favelas), MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), MUST (Movimento Urbano Sem Teto) - Pinheirinho, Núcleo de Consciência Negra da USP, Rede Jubileu Sul, Pastoral da Moradia, Pastoral Operária Metropolitana, PCR, POR, PSOL, PSTU, Tribunal Popular.
SINDICATOS E CENTRAIS SINDICAIS: CSP Conlutas, CTB, Fenajuf, Fenasp, Federação dos Trabalhadores em Rádio e TV (FITERT), Intersindical, Oposição Alternativa Apeoesp, Oposição de Correios de São Paulo, Sindicato dos Eletricitários, Sindicato de Trabalhadores Editoras de Livros (SEEL/SP), Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Sindicato dos Químicos de São José dos Campos, Sindicato dos Radialistas do Estado de São Paulo, Sindicato dos Trabalhadores Metroviários, Sindicato Unificado dos Químicos Campinas, Osasco Vinhedo e Região, Sindicato dos Advogados de São Paulo, Sindsef, Oposição Sinpeem, Sinsprev, Sintaema, Sintrajud, Sintusp, Subsede Apeoesp São Miguel, Subsede Apeoesp Zona Sul, Subsede Apeoesp Lapa, Unidos Pra Lutar.
ENTIDADES ESTUDANTIS: Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre (ANEL), Centro Acadêmico de História da USP, Coletivo Universidade em Movimento (USP), Grupo de História da Unifesp.