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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Carta Aberta de Amir Haddad à Jandira Feghali

Carta Aberta à Secretaria de Cultura do Município do Rio de Janeiro
Senhora Secretária
Gostaria de deixar aqui escrito uma tentativa de descrever os sentimentos que me ocorreram, e pensamentos que tive quando entrei em contato com o texto do Decreto.(?!?)
Talvez tenha de me demorar um pouco sobre este assunto, pois ele é de capital importância para o momento e para o mundo em que estamos vivendo e acredito que ninguém, muito menos eu e a Senhora Secretária, podemos ou devemos fugir dele. Espero não ser interrompido como fui no nosso breve encontro anterior,
Assim vamos lá.
Eu tinha ido para esta reunião com o artigo 5° da Constituição em minha mão, para declamá-lo diante de todos, pois para mim era esta a verdadeira razão daquele encontro. Liberdade de expressão.
Art. 5°, IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
Art. 5°, IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
Art. 5°, XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardo do sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
Art. 220 - A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a. informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
Porem, ao ler o Decreto fui agradavelmente surpreendido e desarmado por ver seu artigo 1°, que citava justamente este artigo da Constituição. Respirei aliviado. Estamos no mesmo barco, pensei eu.
Mas nos artigos, incisos ou alíneas ou parágrafos seguintes, ou não sei bem o que é, o que estava escrito era uma seqüência de requisitos que eu deveria cumprir para que pudesse usufruir desta liberdade constitucional. Condições sem as quais eu não poderia exercer meu direito de cidadão livre.
Então eu estava livre, mas não estava muito. Eu era uma pessoa que estava presa e agora ia ser agraciado com a benesse da liberdade condicional. Estava ali me sendo oferecida a liberdade, sob determinadas condições que eu deveria cumprir e respeitar, sob pena de novamente voltar a prisão. O meu mal-estar cresceu quando compreendi que a discussão teria que ser mais profunda e inquietante do que eu imaginava. Não estava diante de pessoas que estavam pensando o mundo como eu. Embora a Senhora Secretária tivesse afirmado que, por ser comunista sabia já das coisa que eu estava começando a dizer, na prática esta teoria não se confirmava. Íamos ter que discutir mais do que pensávamos, e não havia tempo para isto. Havia mais coisas em jogo ali do que simplesmente nossas boas intenções, em relação ao bem-estar da cidade e de seus cidadãos. E de que maneira a boa gestão de políticas - públicas para a Cultura poderia contribuir para isto. A cidade não estava em jogo, nem o seu cidadão, e sim a necessidade de aprovar urgentemente, não sei porque motivo, aquele documento regulatório e contraditório das atividades em áreas públicas, que estava diante de mim. E eu, senhora Secretaria, sem voz e imobilizado, nada podia fazer, a não ser pedir um tempo para pensar e propor alguma reflexão e discussão, a respeito desta questão tão importante, já que, aparentemente, não estávamos ocupando posições semelhantes diante do problema.
E assim, a discussão com os interessados que deveria ter sido feita, antes até mesmo da elaboração do Decreto, e que iria ajudar nesta elaboração, teria que ser feita ali naquela hora, sob pressão política e de prazo. Companheiros da Rede de Teatro de Rua do Rio de Janeiro tinham várias vezes antes tentado contato, sem êxito, com esta Secretaria.
Nós não achávamos que uma questão tão importante podia ser discutida às pressas; e continuamos achando que não, dadas a sua importância e atualidade. É realmente uma questão de tempo, Senhora Secretária. E não podemos ser levianos e inconseqüentes a este respeito, pois o que for decidido aqui no Rio de Janeiro vai repercutir no Brasil inteiro, e nós estamos no momento de avançar em nossas conquistas de liberdade. Sempre que os governos não conseguem equacionar seus problemas sociais a liberdade é a primeira a ser sacrificada. Podemos estar "distraídos" diante disto tudo? O muro de Berlim resolveu o problema da liberdade? O dia da Consciência Negra resolveu o problema do apartheid social e racial da sociedade brasileira? É possível distrair, descansar?
Senhora Secretária, esta Secretaria acho que ainda tem um departamento de Patrimônio que foi criado na gestão do Antonio Pedro Borges, a frente da primeira Secretaria de Cultura, do Rio de Janeiro. Pois bem, Senhora, todos nós sabemos que Santa Teresa é uma APA- Área de Proteção Ambiental; e que todos nós, gestores públicos e cidadãos, devemos zelar pela sua integridade e identidade. A Senhora já viu o caos em que estão se transformando as ruas e ladeiras de Santa Teresa? A qualidade de vida do bairro é cada vez pior, o morador se ressente, enquanto floresce um comercio, que só remotamente beneficia o bairro e seu morador. Os carros, veículos de todos os tamanhos e pesos, sobem e descem suas ruas e ladeiras indiscriminadamente, em qualquer direção, sem nenhum regulatório. Lá não precisa? Uma vez só estiveram lá, que eu saiba, para obrigar o proprietário de um bar-mercearia a recolher duas mesas da calçada, onde eu e outros moradores há 30 anos costumamos nos sentar para conversar, sermos amigos, cidadão, convivermos. Coisa rara em qualquer lugar do Rio de Janeiro.

O choque de ordem fez recolher cadeiras e mesas onde a vida comunitária se estabelece, e onde pode nascer um remédio para a violência que nos deixa desolados, numa cidade tão linda como a nossa. E deixa a tragédia anunciada se aproximar cada vez mais!
O que está acontecendo ou querendo acontecer com o Teatro de Rua não é parecido com o que aconteceu com as cadeiras e mesas de Santa Teresa?
A senhora não acha, Senhora Secretária, que tudo isto tem a ver com a Cultura? Que a Cultura tem a ver com identidade e qualidade de vida? Que qualquer política "regulatória" teria que ser submetida à apreciação da Secretaria de Cultura e a Secretaria de Saúde? Para evitar atitude e procedimentos que em vez de resolver, transformam a cidade e a vida do cidadão em tristeza, depressão e mais violência? Não é esta a função da Vida Cultural na construção da nossa identidade e cidadania? Não só na teoria, mas também na prática?
Senhora Secretária, pela regra do Decreto, meu grupo de Teatro, o Tá na Rua, não poderá ir nunca à rua, pois não se encaixa em nada do que o decreto pensa. Quem o redigiu tem pouca familiaridade com a questão, embora possa ter tido empenho e boa – vontade.
Assim como eu, outros artista de rua não preparam com antecedência suas saídas, e muitas vezes saímos a rua sem saber onde iremos parar. Nem dia, nem hora, nem local. E nunca obstruímos nenhuma praça, nenhuma rua, nunca prejudicamos nenhum comerciante, nem nunca perturbamos o sono de ninguém ou o trânsito.
O básico de nosso trabalho é o respeito à população e ao seu direito de ser feliz, participando da vida cultural da cidade. Nunca iríamos fazer ou fizemos coisas que ferissem a ordem pública, a verdadeira ordem pública, não a ordem de uma gaveta vazia. Atitude que não parece ser a que subjaz nestas medidas regulatórias abstratas, em nome de uma ordem também abstrata. Sanear, higienizar não é organizar. Nós precisamos de apoio, estimulo, e incentivo, não de organização aleatória e indiscriminada.
Nunca desistimos de nossa cidadania, pois amamos a cidade e seus cidadãos, sem distinção de classe, cor, credo, idade ou religião. O nosso maior prazer é respeitar o cidadão. Nós queremos ser parceiros do poder público na construção de uma sociedade melhor. Não devemos ser tratados como presos em liberdade condicional. Nossa liberdade foi conquistada ao longo de séculos e de lutas e nossa liberdade não pode ser concedida. Ela tem de ser reconhecida. Não posso me imaginar em praça pública somente se estiver autorizado pela autoridade. Eu abandonei tudo por amor à cidade. Sou cidadão carioca emérito. Não me tirem agora a cidade. Senhora secretária, não deixe isto acontecer. O momento é histórico e importante. O que fizermos agora vai, como já disse, repercutir em todo País. Se decidirmos bem, ficaremos todos, nacionalmente um pouco mais alegres. Se perdermos a oportunidade estaremos fazendo como aqueles que querem a todo custo tirar a esperança do Brasil. Agora que estamos crescendo, produzindo auto-estima que poderá iluminar o aparecimento da nação brasileira.
Podemos fazer historia Senhora Secretária, ou sermos atropelados por ela.
Creia-me um seu admirador e antigo eleitor.
Obrigado pela atenção.
Rio de Janeiro, 18 de Novembro de 2009
Amir Haddad
P.S - A título de pós –escrito uma sugestão de procedimento para o manejo e crescimento do Teatro de Rua na cidade do Rio de Janeiro.
Sugerimos que:
  1. Para sair às ruas, os grupos de Teatro, cadastrados ou não, deverão apenas comunicar a um Setor de Teatro de Rua, que deverá ser criado pela Secretaria, que espaços pretendem ocupar e a partir de que hora.
  1. O Setor, então, deverá informar ao comunicante as condições do local, para orientação do grupo. E, sempre que necessário, enviar para lá uma equipe da Prefeitura, que se encarregará da limpeza da praça e de sua segurança, para que nossos artistas possam cumprir sua tarefa em paz. Se houver necessidade de energia elétrica o Setor deverá providenciar junto à Rio Luz a localização e a utilização do ponto de luz mais próximo, sem ônus para o grupo.
A Guarda Municipal que estiver na região deverá ser estimulada a proteger e assistir o espetáculo. Eles já fazem isto, porem com medo de serem castigados. Terão assim melhorado sua qualificação para a função a que se destinam.
  1. O cadastramento dos grupos deverá ser feito junto à Rede de Teatro de Rua do Rio de Janeiro, que se encarregará de manter atualizado o cadastro do Setor de Teatro de Rua da Secretaria.
O grupo não cadastrado que comunicar seu trabalho ao Setor da Secretaria estará automaticamente cadastrado e suas características ( nome, formação, origem) deverão ser comunicadas a Rede que irá entrar em contato com eles, para vinculá-los ao movimento nacional do Teatro de Rua.
  1. Sei que os representantes da Rede Estadual de Teatro de Rua têm pensado nisso que vou expor e que acho excelente.
Há grupos que além de andar por vários pontos da cidade, mantém o vinculo permanente com as praças e comunidades onde têm suas sedes. Assim seria interessante se este grupos se encarregassem da ocupação e programação das praças onde estão sediados, ali desenvolvendo atividades permanentes com apoio e cooperação da Guarda Municipal. Alguns de nós já fazemos isto, mas sem nenhum apoio, estimulo ou segurança.
Poderemos melhorar, e muito, a vida na cidade, na região onde habitamos.
Sonhamos como uma cidade feliz e iluminada pela esperança.
A Secretaria de Cultura pode trazer saúde para a população carioca.
Não queremos poder, mas sim colaborar para a construção da esperança.
Trabalhamos no presente para um outro futuro, possível.
Atenciosamente
Amir Haddad

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Comunicar-se é uma necessidade do tempo presente

Os tempos atuais são chamados por muitos de pós-moderno, hipermodernidade ou supermodernidade, como afirmou o antropólogo Marc Augé. Para este autor vivemos um excesso de ego, "o indivíduo quer um mundo para ser um mundo", isso nos distancia da coletividade. Entendo que o teatro tem um pouco esse papel: ligar-nos ao coletivo, para tanto é preciso irmos em busca do público, experimentar novos ou velhos espaços, como a rua, como disse o poeta "é preciso ir onde o povo está", é preciso dialogar.
Desde 2002 o Buraco d`Oráculo atua em São Miguel Paulista e vem buscando ampliar o seu raio de ação, sempre querendo dialogar com mais e mais pessoas. De 2005 a 2007 realizamos o projeto Circular Cohab`s, passando por dezoito comunidades e atingimos um público de mais de trinta mil pessoas, nos anos seguintes voltamos a algumas dessas comunidades, mas, por contingências da vida, não conseguimos mais voltar a todas elas. Ao término de cada espetáculo sempre nos perguntavam quando retornaríamos e nunca sabíamos responder. Por isso mesmo temos diminuído o nosso raio de ação, para que possamos atender parte desse público que estão tão distantes dos equipamentos e dos bens culturais.
Em 2008 retornamos a seis dessas comunidades para coletarmos histórias de vida e saber como esses cidadãos chegaram até ali, queríamos saber também como foi o desenvolvimento do lugar. Ouvimos os moradores mais velhos, sempre em volta de uma mesa com um café da tarde. Histórias de luta, de alegria e de sofrimento de um povo aguerrido, que resultou em nosso último espetáculo "Ser Tão Ser – narrativas da outra margem", que apresentamos primeiramente nessas mesmas comunidades.
Quando fomos para estes lugares, sentimos, por parte de "colegas" da área, um certo preconceito. Mas queríamos e continuamos querendo apenas dialogar de igual para igual com o público e a rua revelou-se o melhor lugar para isso, pois o ator está no mesmo nível que seu público. O direito de ambos se manifestarem é igual.
Quando li o primeiro número de No Trecho percebemos que enfrentaram também problemas dessa ordem, nos identificamos e nos solidarizamos. O que mais importa é que, errando ou acertando, ambos os grupos continuam a realizarem seus trabalhos, buscando criar ilhas de comunicação em tempos de diálogos truncados.
Por Adailtom Alves – licenciado em história e ator do Buraco d`Oráculo
Texto escrito originalmente para a Revista No Trecho, do grupo Teatro do Trecho de São Paulo.

sábado, 7 de novembro de 2009

Carta do Acre

Rede Brasileira de Teatro de Rua

Carta do Acre

A Rede Brasileira de Teatro de Rua reunida em Rio Branco, Acre, nos dias 02 e 03 de novembro de 2009, no seu 6º Encontro reafirma sua missão de lutar por políticas públicas culturais com investimento direto do Estado em todas as instâncias: Municípios, Estados e União, para garantir o direito à produção e o acesso aos bens culturais a todos os cidadãos brasileiros; reafirmando ainda, nossa luta por uma nova ordem e por um mundo socialmente justo e igualitário.

A Rede Brasileira de Teatro de Rua, criada em março de 2007, em Salvador/Bahia, é um espaço físico e virtual de organização horizontal, sem hierarquia, democrático e inclusivo. Todos os artistas-trabalhadores e grupos de rua e afins pertencentes a ela podem e devem ser seus articuladores para, assim, ampliar e capilarizar, cada vez mais, suas ações e pensamentos.

O intercâmbio da Rede Brasileira de Teatro de Rua ocorre de forma presencial e virtual, entretanto toda e qualquer deliberação é feita nos encontros presenciais, sendo que seus membros farão, ao menos, dois encontros anuais. Os articuladores de todos os Estados, bem como os coletivos regionais, deverão se organizar para participarem dos encontros.

Os articuladores da Rede Brasileira de Teatro de Rua, com o objetivo de construir políticas públicas culturais mais democráticas e inclusivas, defendem:

· Pela imediata aquisição, por parte dos poderes públicos competentes, do imóvel onde funcionava a antiga delegacia de polícia da cidade de Xapuri/AC, para que se torne sede permanente dos grupos de teatro "Poronga" e "Arte na Ruína", que tem sua origem e desenvolvem seu trabalho artístico e cultural nessa cidade;

· A representação do teatro de rua, nos colegiados setoriais e conselhos das instâncias municipal, estadual e federal;

· A aprovação e regulamentação imediata da PEC 150/03, que vincula para a cultura, o mínimo de 2% do orçamento da União, 1,5% no orçamento dos estados e distrito federal e 1% no orçamento dos municípios;

· Aprovação no Senado do Projeto de Lei 200/2009, o "Simples para a Cultura", que reduz a carga tributária para as atividades de produção e apresentação artística e cultural.;

· A extinção da Lei Rouanet e de quaisquer mecanismos de financiamentos que utilizem a renúncia fiscal, por compreendermos que a utilização da verba pública deve se dar através do financiamento direto do estado, por meios de programas e editais em formas de prêmios elaborados pelos segmentos organizados da sociedade; para tanto, em apoio ao Movimento 27 de Março, sugerimos modificações no PROFIC (anexo);

· A criação de um programa específico que contemple: produção, circulação, formação, registro, documentação, manutenção e pesquisa, mostras e encontros para o teatro de rua e mérito artístico;

· Que os espaços públicos (ruas, praças, parques, entre outros), sejam considerados equipamentos culturais e assim contemplados na elaboração de editais públicos e no Plano Nacional de Cultura;

· A criação de um programa nacional de ocupação de propriedades públicas ociosas, para sede do trabalho e pesquisa dos grupos de teatro de rua;

· A extinção de todas e quaisquer cobrança de taxas, bem como a desburocratização para as apresentações de artistas-trabalhadores, grupos de rua e afins, garantindo assim, o direito de ir e vir e a livre expressão artística, em conformidade com o artigo 5º da Constituição Federal Brasileira;

· Que os editais para as artes sejam transformados em leis para garantia de sua continuidade;

· Que os editais Myriam Muniz e Artes Cênicas de Rua sejam publicados no primeiro trimestre de cada ano com maior aporte de verbas e que seja publicada a lista de projetos contemplados e suplentes, e a divulgação de parecer técnico de todos os projetos avaliados;

· Que os editais sejam regionalizados e sejam criadas comissões igualmente regionalizadas, tendo ainda a atribuição de acompanhar o projeto até sua finalização com os respectivos pareceres;

· Que as estatais contemplem com equidade, em seus editais, o teatro de rua, respeitando o critério de regionalização;

· O direito à indicação de representantes do teatro de rua nas comissões regionalizadas dos editais públicos;

· Exigimos o apoio financeiro da Funarte aos Encontros Nacionais de Teatro de Rua no valor equivalente ao montante que é repassado à aqueles realizados pela Associação dos Festivais Internacionais de Artes Cênicas do Brasil.

O Teatro de Rua é um símbolo de resistência artística, comunicador e gerador de sentido, além de ser propositor de novas razões no uso dos espaços públicos abertos. Assim, instituímos o dia 27 de março, Dia Mundial do Teatro e Dia Nacional do Circo, como o dia de mobilização nacional por políticas públicas, e conclamamos os artistas-trabalhadores, grupos de rua e afins e a população brasileira a lutarem pelo direito à cultura e à vida.

"Atores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade, é aquele que a transforma." Augusto Boal

04 de novembro de 2009

Sala Matias - Teatro Barracão / FETAC

Rio Branco, Acre

Rede Brasileira de Teatro de Rua

Anexo

Modificações no PROFIC Art. 2º... ... V. - Programas setoriais de artes, criados por leis especificas, com orçamentos e regras próprias. (...) § 2º Fica instituído o programa Prêmio Teatro Brasileiro a ser definido em Lei específica, com o objetivo de incentivar o desenvolvimento do teatro brasileiro e o melhor acesso da população ao mesmo, através do fomento a: I – Núcleos artísticos teatrais nas suas diversas modalidades, com trabalho continuado; II – Produção de espetáculos teatrais nas suas diversas modalidades; III – Circulação de espetáculos e/ou atividades teatrais nas suas diversas modalidades. (...) Art. 9º I – Dotações consignadas na Lei orçamentária anual e seus créditos adicionais, nunca inferiores ao montante da renuncia fiscal disponibilizada para o incentivo de que trata o capitulo III desta Lei, garantido o mínimo correspondente a 50% (cinquenta por cento) do orçamento do Ministério da Cultura.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

PROGRAMAÇÃO 4ª MOSTRA DE TEATRO DE RUA LINO ROJAS

ABERTURA

VALE DO ANHANGABAÚ – CENTRO

07/11/09 – SÁBADO

13h00 Concentração – Escadaria do Teatro Municipal de São Paulo

13h30 Cortejo artístico – Trajeto: Teatro Municipal - Praça do Patriarca - Vale do Anhangabaú.

14h30 Apresentação: MOVIMENTO ESCAMBO

Espetáculo: "Cabeça de Papelão"

16h00 Teatro Popular União e Olho Vivo - TUOV – Homenagem à Augusto Boal

Local: Rua Newton Prado, 766 – Bom Retiro – Informações: (11) 5579-4722

APRESENTAÇÕES DESCENTRALIZADAS

08/11/09 - DOMINGO

ZONA NORTE

11h00 CIRCO NOSOTROS

Espetáculo: O Salto Mortal

End.: Avenida do Poeta, 740 - JD. Julieta - Pça Pe. João Bosco Penido Burnier

CICAS - Centro Independente de Cultura Alternativa e Social

Apoio local: Núcleo Pavanelli, CICAS e Sinfonia de Cães - Informações: (11)6563-9248

ZONA SUL

17h00 BANDO LA TRUPE - Grupo do Movimento Escambo

Espetáculo: Alice e Severino

19h00 Debate - Local da apresentação

End.: Sacolão das Artes – Rua Cândido José Xavier, 577 – Pq Santo Antônio

Apoio local: Brava Companhia – Informações (11) 5511-6561

APRESENTAÇÕES NO VALE DO ANHANGABAÚ - CENTRO

09/11/09 – SEGUNDA-FEIRA

10h00 GRUPO TEATRAL NATIVOS TERRA RASGADA

Espetáculo: Zorobe: Ouviu-se um lamento – era a história de um jumento

14h00 GRUPO MANIFESTA DE ARTE CÔMICA

Espetáculo: O Manifesto

17h00 TRIBO DE ATUADORES ÓI NÓIS AQUI TRAVEIZ

Espetáculo: O Amargo Santo da Purificação

19h30 Debate – Rua Barão de Campinas, 146 – Hotel Terra Nobre – Informações (11) 8591-7734

10/11/09 – TERÇA-FEIRA

10h00 CIA. RASO DA CATARINA

Espetáculo: O Circo Chegou! – Sarau do Charles

14h00 GRUPO POMBAS URBANAS

Espetáculo: Histórias Para Serem Contadas

17h00 COMO LÁ EM CASA

Espetáculo: Bumba meu Boi

19h30 Debate – Rua Barão de Campinas, 146 – Hotel Terra Nobre – Informações (11) 8591-7734

11/11/2009 – QUARTA-FEIRA

10h00 GRUPO NAMAKACA

Espetáculo: É Nóis na Xita

14h00 TRUPE ARTEMANHA

Espetáculo: Brasil, Quem foi que te pariu?

17h00 GRUPO TEATRAL MANJERICÃO

Espetáculo: O dilema do Paciente

19h30 Debate – Rua Barão de Campinas, 146 - Hotel Terra Nobre – Informações (11) 8591-7734

12/11/2009 – QUINTA-FEIRA

10h00 CIA. AS MARIAS

Espetáculo: A Moça Que Casou Com o Diabo

14h00 GRUPO FORTE CASA TEATRO

Espetáculo: Arapucaia

17h00 BURACO D`ORÁCULO

Espetáculo: Ser Tão Ser: Narrativas da Outra Margem

19h30 Debate – Rua Barão de Campinas, 146 – Hotel Terra Nobre – Informações (11) 8591-7734

13/11/2009 – SEXTA-FEIRA

10h00 TRUPE OLHO DA RUA

Espetáculo: Alto dos Palhaços

14h00 CIA DOS INVENTIVOS

Espetáculo: Canteiro

17h00 CIA. DO MIOLO

Espetáculo: Amores no Meio Fio

19h30 Debate – Rua Barão de Campinas, 146 – Hotel Terra Nobre – Informações (11) 8591-7734

APRESENTAÇÃO DESCENTRALIZADA

14/11/2009 – SÁBADO

ZONA LESTE

17h00 POEMIA DO MUNDOGrupos do Movimento Escambo: Cervantes do Brasil (Icapui/CE); Pintou Melodia na Poesia (Maranguape/CE); Arte Jucá (Arneiroz/CE); Bando La Trupe (Natal/RN); Cia. Arte & Riso (Umarizal/CE)

Espetáculo: Atos Cenopoéticos

End.: Rua São Gonçalo do Rio das Pedras, Sn – Pça do Casarão –Estação CPTM (Vila Mara – Jd. Helena)

Debate: no local – após apresentação

Apoio local: Buraco d`Oráculo – Informações: (11) 8188-3670 / 8152- 4483

ENCERRAMENTO

15/11/2009 – DOMINGO

Encerramento: Centro Cultural Arte em Construção – Cidade Tiradentes e abertura do 2º Encontro Comunitário de Teatro Jovem da Cidade de São Paulo.

Local: Av. do Metalúrgicos, 2100 – Cidade Tiradentes - ZL

15h00 Apresentação: Os Tronconenses – Núcleo Teatral Filhos da Dita

17h00 Cortejo artístico: com artistas e grupos de teatro.

18h00 Homenagem ao Movimento Escambo

Apoio local: Instituto Pombas Urbanas – Informações – (11) 2282-3801

Informações

Selma Pavanelli – (11) 8591-7734

Noêmia Scaravelli – (11) 8353-4499