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segunda-feira, 6 de novembro de 2017

XXI Encontro da RBTR

Arteirxs, rueirxs, companheirxs de arte, ofício e lutas: 

   Como sabem, por conta da situação de censura e repressão, fomos forçados a mudar o local do XXI ENCONTRO DA RBTR. Nosso tempo de organização foi reduzido, mas vamos nos encontrar na raça, na resistência.Com todo o carinho e força que temos, estamos correndo atrás de doação de boa comida, estrutura e possibilidades de transporte. Também estamos lutando para conseguir realizar a Mostra Lino Rojas para acontecer na mesma semana, em Parelheiros.
   Para seguir a tão necessária tradição, vamos passar o chapéu virtual. Indo ou não ao encontro, podem fortalecer através do depósito em conta poupança na Caixa Econômica Federal, na conta de Cristiane Lima Pereira, CPF 339.560.298-28
AG. 1609 / 013
C/P 00000299-8

Quem ainda não se inscreveu, por favor preencha o formulário no link: 

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

A disputa da arte em uma sociedade conservadora

Adailtom Alves Teixeira[1]

A liberdade é imprescindível para o desenvolvimento das artes. É possível garantir esse desenvolvimento quando à sociedade dá uma guinada conservadora, se pautando por valores morais? Atos recentes ocorridos em museus brasileiros e promovidos por certo “movimento” de olhos nas eleições que se aproximam, lançam o alerta fundamental: mais do que o desenvolvimento da arte, o que está em jogo é o tipo de sociedade que estamos construindo; que direção essa sociedade está tomando. Mas a arte passa a ser importante como sinal, justamente porque ela sempre foi desimportante, principalmente se tomarmos como parâmetros programas públicos de cultura construídos no tempo de nossa jovem democracia, isto é, nos últimos 30 anos.

A arte que acredito deve ter a possibilidade de disputar o imaginário e apontar novos rumos da sociedade, muito embora não seja a arte em si que mudará o país, o mundo. Para que essa arte possa disputar esse imaginário se faz necessário a liberdade, em sentido amplo, pois em uma sociedade de mercado, a censura, na maior parte das vezes, vem pela via econômica, por isso a discussão aqui ficou atrelada, minimamente, à questão das políticas públicas de cultura, ou seja, de como essa mesma sociedade é capaz de entender sua arte e disputar mecanismos de fomento dentro do Estado para que ela cresça e floresça. E aí a cobra morde o próprio rabo, pois em três décadas de nossa jovem democracia temos experiências pontuais de políticas públicas democráticas na área da cultura, mas a grande orientação é mercadológica e não de processos de fomento que permitam a experimentação político-estética. Basta dizer que, no âmbito federal o nosso modelo ainda é a Lei Rouanet. Ou se pegarmos qualquer uma das sete artes, todas que tem grande expressão social são ligadas à indústria cultural. E aqui não cabe e não farei a discussão entre cultura popular, de massa e erudita, isso porque essa separação é histórica e, talvez um dia, sejamos capazes de superá-la, embora saibamos que existem muitas diferenças, mas foge ao escopo da discussão.

Como apontamento em relação à construção de políticas públicas de cultura, cabe deixar claro que, nem mesmo no chamado melhor período de nossa jovem democracia, os anos de governo democrático popular, fomos capazes de construir algo duradouro e os retrocessos vêm em avalanche: desmonte do Minc, ausência de programas públicos de cultura em lei, desmonte do que há nas principais metrópoles – o que demonstra que os artistas não foram capazes de construírem grande lastro social, a ponto dos demais seguimentos sociais lutarem com os artistas pelas conquistas – e, mais recentemente, a censura pública por parte de pequenos grupos conservadores, mas com uma forte capacidade de intervenção midiática e com apelo popular, devido à disseminação do medo. Esse aspecto, o desmonte e o retrocesso social, deixa claro um ponto fundamental, ao menos em relação ao campo aqui em discussão: a esquerda em nosso país nunca deu a devida atenção à força e ao papel da arte na sociedade, somos vistos como penduricalhos à direita e à esquerda.

Quando não somos reconhecidos como importante nem mesmo pelos elementos progressistas, padecemos do abandono do Estado – que, apesar de ser instrumento de dominação de uma classe sobre a outra, deve ser disputado, pois é onde, ainda, estão os instrumentos de regulação social. Abandonada pelo Estado, a arte passa a contar apenas com instrumentos de regulação econômica, isto é, deve ser vendável para sobreviver. Ora, em uma sociedade pautada pela moral, fica claro que arte se destacará: o rebotalho midiático, a indústria cultural. Isso significa que não haverá outra forma de arte? Claro que não, onde há opressão há resistência. Mas não se pode esquecer que os meios materiais também determinam a estética, logo uma arte de resistência talvez fique mais frágil, por mais que se deseje ou se espere o contrário.

Devemos lutar pela liberdade da arte, mas não apenas nós, os artistas, mas sim como sociedade. Sabemos que a liberdade é uma construção social; como construir a liberdade em uma sociedade conservadora? Retomo aqui o texto de Raymond Williams de 1978, Arte: liberdade como dever. O autor discute a liberdade e o dever na arte, entende que “[...] o primeiro dever do artista, em um sentido importante, é ser livre, e o primeiro dever do provimento social das artes é assegurar a liberdade” (2015, p. 131). Claro, o lugar de fala do autor é diferente do nosso, mas nos serve. O autor sabe dos limites da liberdade em uma sociedade de mercado, ainda assim, entende que a liberdade nas artes é “[...] uma necessidade social” (2015, p. 132). Logo, temos uma tarefa: engajar a maior parte da sociedade na discussão.

Essa necessidade de muitas vozes é uma condição de saúde cultural de qualquer sociedade complexa e, assim, a criação de condições para a liberdade do artista, nesse sentido, é dever da sociedade, não para o bem de qualquer artista individual, nem em termos de discussões abstratas sobre direitos, mas simplesmente porque a sociedade precisa de toda experiência articulada e de todas as criações específicas que puder obter (2015, p. 133).

Nascemos no seio de uma família, de uma sociedade e em determinado tempo histórico, logo, a arte que se produz não está dissociada disso tudo. Então cabe perguntar: se não formos capazes de mobilizar, de avançarmos em um debate público sobre a liberdade da arte, o que as próximas gerações estarão produzindo artisticamente daqui a trinta anos? Talvez nossa capacidade de criação, de inventividade seja maior que isso, haja vista, a produção que a periferia das grandes cidades tem dado como resposta artística, inclusive sem apoio do Estado; mas, ainda que seja alentador esse olhar, é preciso lutar agora para que não tenhamos nossa capacidade de resiliência ainda mais diminuído nas próximas décadas. A nossa liberdade é sempre relativa, todo artista é filho de seu tempo histórico, logo sua criação não foge totalmente a isso. O artista do futuro dependerá da sociedade que formos capazes de construir no atual momento histórico.

Bibliografia
WILLIAMS, Raymond. Arte: liberdade como dever. In: WILLIAMS, R. Recursos da esperança: cultura, democracia, socialismo. Trad.: Nair Fonseca e João Alexandre Peschanski. São Paulo: EdUnesp, 2015.




[1] Professor do Curso Licenciatura em Teatro da Universidade Federal de Rondônia; Mestre em Artes pela Unesp; articulador da Rede Brasileira de Teatro de Rua; ator e diretor teatral.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

A ARTE NÃO PODE SER CALADA



 


A ARTE NÃO PODE SER CALADA

Campanha da Rede Brasileira de Teatro de Rua pela liberdade de expressão e contra a repressão aos artistas de teatro de rua


1. Faça seu vídeo, no celular, sobre a importância da liberdade de expressão da arte de rua.

2. Use as hastags: #liberdadedeexpressao #diganaoarepressao

3. Fale sobre seu repúdio aos casos de repressão ao teatro de rua que estão acontecendo em vários cantos do Brasil.

4. Ao compartilhar seu vídeo, cole a imagem que acompanha esta mensagem, e também o endereço do blog que foi criado para juntar os mais diversos materiais que formos colhendo: http://artenaopodesercalada.blogspot.com.br

5. Um tempo bom  para seu vídeo ter é em média 1min e 30 seg


Gasto do dinheiro público: Sociedade Cível x Poder Público e o caso do Teatro Paulo Roberto Lisboa


Fernando Silva de Ávila
           
Depois de algum tempo como participante do coletivo cultural “Galpão da Lua” (instituição cultural sem fins lucrativos) e do grupo “Rosa dos Ventos” (instituição cultural com fins lucrativos) que prestam serviços para as três esferas do poder público (Municípios, Estados e União), surgiu-me a vontade de fazer uma comparação rasa entre a severa fiscalização realizada sobre as ações realizadas pela sociedade e aquela exercida pelo Tribunal de Contas da União (TCE) sobre o gasto do dinheiro público pelo próprio Poder Público Municipal.
Neste texto pretendo apenas demonstrar que existem irregularidades e um aparente desrespeito ético com a sociedade. Para isso, usarei como exemplo a rigorosidade encontrada nas contratações que buscamos juntamente a estas instituições públicas, em contraste com a licitação e o contrato para a prestação de serviços técnicos de reforma e adaptação do Teatro Paulo Roberto Lisboa (Sistema de Tratamento Acústico, Cenotecnia, áudio e vídeo - teatro) realizado entre a Prefeitura Municipal de Presidente Prudente e a TMV Engenharia e Construções Ltda. (Contrato celebrado em 09-02-12. Valor – R$2.208.229,63).
Um primeiro ponto para se refletir, diz respeito às grandes exigências colocadas perante a sociedade cívil para que se firme um contrato com o poder público. Inicialmente, uma equipe técnica analisa sua lista de documentação (RG, CPF, CNPJ, contrato social ou estatuto), para em seguida uma comissão “independente”, criada pelo próprio poder público e composta muitas vezes de maneira paritária (poder público x profissionais independentes com notório saber), julgar sua “qualidade artística/cultural”. Desta forma, questionam a relevância da proposta, sua originalidade, singularidade, além do currículo do artista e do grupo/equipe principal e o histórico da atividade proposta. Assim, depois de uma incrível sabatina sobre o mérito artístico-cultural, percebe-se que além de questões práticas muita subjetividade é avaliada.
 Avaliações estas para contratações de espetáculos com valores, para o nosso caso, de no máximo R$15.000,00 (Quinze mil reais), ou projetos mais amplos (cronogramas maiores e mais atividades) com valores até R$100.000,00 (Cem mil Reais).
Assim, além da comprovação de atividades culturais por mais de dois anos, segue-se comumente uma lista de pedidos como:
- Projeto técnico com resumo, apresentação, objetivo, justificativa e orçamento detalhado;
- Cronograma de ações com relatórios mensais;
- Cadastros de proponente e de ações em sites de mapeamentos culturais para rastreamento dos mesmos (Base de Dados RAC interligados entre municípios, Estados e União);
- Plano de Acessibilidade, no caso do MINC com Instrução Normativa específica (n.º 01/2013);
- Plano de Divulgação;
- Plano de Ações de Formações; (Em muitos casos isso é posto como uma atividade que deverá ser oferecida gratuitamente pelo grupo como uma contrapartida social);
- Anuência (permissão) dos locais onde ocorrerão as atividades;
- Clipping (matérias de jornais, fotos e demais materiais falando que somos lindos e cheirosos);
- Mapa de palco com descrição de som, luz e cenário
- Riders técnicos (que são as necessidade de som e iluminação).
- Diversas certidões e declarações:
- Declaração do Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS);
- Certidão de Débitos Relativos a Créditos Tributários Federais e à Dívida Ativa da União;
- Certificado de Regularidade do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS – CRF;
- Certidão negativa relativa a débitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho através da Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas – CNDT.

Detalhe: o preço do seu trabalho, na maioria das vezes, já é ditado no edital sem que saibam de suas reais necessidades ou o quanto vale o seu trabalho. Qualquer item desrespeitando o contrato, o mesmo é cancelado.
Isso são documentos necessários para a contratação e na prestação de contas, ao final do projeto, a sabatina ainda é grande e qualquer erro é obrigação devolver o dinheiro que não foi justificado de maneira razoável.
Agora, para contrapor as dificuldades que nós encontramos para um contrato com o poder público, vejamos o caso da reforma do Teatro Paulo Roberto Lisboa.
  Durante a licitação duas empresas concorreram, mas uma foi considerada inabilitada por falta da certidão negativa de pedido de falência ou concordata ou de execução patrimonial. Não houve interposição de recurso por parte da licitante, mesmo sendo uma certidão de fácil obtenção, estranho... Porém, “Queimando a largada” também se percebe que houve irregularidades que foram condenadas pelo TCE. Entre elas, destacam-se: (1) a falta de parâmetro sobre os preços praticados no mercado, o que leva a não comprovação da economicidade e vantajosidade do ajuste; (2) a obrigatoriedade colocada pelo edital de se realizar uma visita técnica por um engenheiro ou arquiteto da própria empresa licitante; e (3) a necessidade de comprovação de aptidão em atividade específica através de um único atestado.
  Com relação à formação técnica do profissional que realiza a visita técnica, não cabe a Administração disciplinar este aspecto, pois se trata “de interesse exclusivo das participantes dos certames, que devem enviar os profissionais se sua equipe que melhor possam estimar os aspectos técnicos e os custos da proposta que será efetuada”, conforme argumenta o TCE. Isso porque conhecer os locais que serão executados serviços ou obras é ônus da empresa interessada, que deve levantar suas próprias necessidades.
Quanto à exigência de comprovação de experiência anterior por meio de um único atestado, afronta a legislação em regência, pois o § 1º, do artigo 30, da Lei nº 8666/93 não estabelece limitação máxima ou mínima ao número de atestados.
  No entanto, o pior de tudo foi não haver a indicação da fonte utilizada para a elaboração do orçamento ou da pesquisa de preços hábeis para mostrar a “compatibilidade dos preços com os praticados no mercado”.  Muito embora a prefeitura tenha afirmado que buscou a proposta mais vantajosa, e que a pesquisa mercadológica foi adequadamente elaborada, refletindo a realidade do mercado, o TCE não se convenceu.
            E assim o TCE procede em 10/06/2014:
        
“Os vícios apontados na instrução comprometem a totalidade dos atos praticados.
A falta de parâmetro sobre os preços praticados no mercado e a não comprovação da economicidade e vantajosidade do ajuste são falhas graves, especialmente no caso, em que não houve uma real concorrência de preços, já que o objeto foi adjudicado à única proposta comercial obtida.”

Frente a tantos erros que afrontam a Lei 8666/93 e a própria Constituição Federal (artigo 37, caput e inciso XXI) foi aplicada uma pífia multa ao ex-prefeito, com base na Lei Complementar nº 709/93, no valor correspondente a 160 (cento e sessenta) UFESPs, ou seja, R$4.011,60 e débito da multa para inscrição na dívida ativa, visando à posterior cobrança judicial caso não fosse pago. Ressalto que este é o valor mínimo da multa, conforme atesta o próprio TCE.
Ainda assim a prefeitura entrou com recurso sobre a decisão da Primeira Câmara, entretanto, a decisão no Tribunal Pleno, em sessão de 07/12/2016, permaneceu a mesma, pois os argumentos colocados não foram convincentes.
Desta forma, usa-se de maneira obtusa R$2.208.229,63 e paga-se multa de R$4.011,20. Assim fica fácil. Uma pena e um desrespeito ao dinheiro público.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

II REUNIÃO DO GT ARTES CÊNICAS NA RUA DA ABRACE


II REUNIÃO DO GT ARTES CÊNICAS NA RUA DA ABRACE

O GT Artes Cênicas na Rua (ACR) tem como perspectiva abordar as artes cênicas (teatro, circo, dança, ópera e performances) realizadas em espaços abertos e externos ao edifício teatral e/ou aos locais fechados, que não utilizem de procedimentos e regras firmemente estabelecidas de seleção e exclusão na convocação do público, onde, estes, não sejam escolhidos por critérios de classe, culturais, linguísticos e geográficos. O GT abarca três grandes campos de ação:

a) Memória – releitura e inserção da participação das ACR na história do teatro;
b) Estética – investigar procedimentos técnico-artísticos utilizados nas ACR e suas possíveis interferências no espaço urbano;
c) Reflexão teórica – estudo das teorias teatrais à luz das ACR e seus diálogos com a história, as chamadas ciências auxiliares (sociologia, antropologia, arquitetura etc) cujas preocupações centrem-se nas relações entre o homem e a cidade

Evento associado: ABRACE

26/07

9h

Mesa de abertura

Local: sala multimídia do Centro Cultural UFSJ


9h30

Mesa: Formação para Artes Cênicas de Rua: o contexto do ensino superior

Com: Eduardo Coutinho (USP)

Igor Schiavo (UFGD)

Mário Santana (Unicamp)

Toni Edson (UFAL)

Moderação: Alexandre Falcão (UNIR)

Local: sala multimídia do Centro Cultural UFSJ


11h30

Interferência artística: Uma Condução Turística Baseada nas Lendas São-joanenses

Artista: Giselle Mara Raimundo

Local: Saída do Centro Cultural UFSJ (percorrendo o centro histórico de São João del-Rei)


16h

Interferência artística: E começa mais um Jogo da Via

Artistas: Rayne Sena e Jhon Hebert Cardoso

Local: Praça da Bíblia (Coreto – região central de São João del-Rei)


16h20

Interferência artística: Antes que eu volte a ser nada ou A emboladeira de fitas

Artista: Matheus Correa

Local: Saguão Centro Cultural UFSJ


16h45

Palestra: Teatro do Oprimido, uma construção periférica-épica

Autor: Geraldo Britto Lopes (CTO-Rio)

Local: sala multimídia do Centro Cultural UFSJ


18h

Interferência artística: Inflamação

Artista: Luana Luzia e Priscila Mathilde

Local: Calçadão Central (Centro de São João del-Rei)



27/07

8h30

Interferência artística: Assemblage n° 1 e n° 2.

Artistas: Isabella Canto e Suzana Araújo

Local: Saguão Centro Cultural da UFSJ


9h

Mesa: Formação para Artes Cênicas de Rua: o contexto da pesquisa e extensão

Com:

Alexandre Mate (Unesp)

Cecília Lauritzen (URCA)

Licko Turle (Aldeia Casa Viva)

Moderação: Alda Souza (UESB)

Local: Sala Multimídia – Centro Cultural da UFSJ


10h30

Interferência artística: “Mamão”.

Artista: Suzana Araújo

Local: Saguão Centro Cultural da UFSJ


10h45

Comunicação de trabalhos: Tema – Artes cênicas de rua na educação superior

1 – O Príncipe Feliz: da sala de aula para rua. Autora: Alda Fátima de Souza (UESB);

2 – A Rua da Praia e seus artistas: procedimento pedagógico para rua. Autora: Gabriela Tarouco Tavares. (UFRGS);

3 – Possibilidades da recepção no teatro de rua a partir de duas experiências no Cariri. Juazeiro do Norte – CE: Universidade Regional do Cariri (URCA). Autora: Joelma Ferreira da Silva;

4- Coletivo Pipa Azul – o corpo performativo na relação arte-pesquisa-docência. Autor: Levi Mota (UFC);

5 – Quando a Demanda Acadêmica se Cruza com a Demanda Popular. Autor: Diego José Domingos (UFSJ);

6 – A renovação da cena nos reencontros do artista cênico com o público. Autores: Rayne Sena e Jhon Hebert Cardoso (UFSJ).

Local: sala multimídia do Centro Cultural UFSJ

13h

Interferência artística: Lab/or/atório

Artista: Jesualdo Júnior

Local: Praça do Carmo (Centro)


16h

Interferência artística: Projeto Aquarela – Performance: “Identidade”

Artistas: Abraão Lavor e Natália Carolina

Local: Praça do Carmo (região central da cidade)


16h30

Interferência artística: Tupã

Artista: Amanda Terra

Local: Praça do Pelourinho (região central da cidade)


16h45

Comunicação de Trabalhos: Temas – História, registro e análise da produção teatral de grupo voltada para a rua.

Dança e práticas corporais na rua


1- Big Brain. Autora: M. Cavallini; F. Marques (Fiocruz).

2 – Detritos sobre treinamento: a prática de um jovem encenador para jovens atuadores na criação de contos para flores roxas e murchas. Autor: Luiz Eduardo Rodrigues Gasperin (Unicamp).

3- A presença e a fisicalidade exploradas na rua: percepções do corpo em cena. Autor@s: Júnio de Carvalho Silva. William Francisco Paulo. Juliana Monteiro (UFSJ).

4 – Poética das Peles: Contato Improvisação como Ação Estética e Política. Autora: Romíria Penha Turcheti Vasconcelos (UFSJ);

Local: sala multimídia do Centro Cultural UFSJ



28/07

8h30

Interferência artística: Ritual para não ferir

Artistas: Ana Paula Alab, Caroline Manso e Yiara Linma.

Local: Escadaria do Teatro Municipal (região central da cidade)


9h

Interferência artística: Beijo na boca é coisa do passado

Artistas: Lucas Galdino e Thiago Gomes

Local: Centro Comercial (na Avenida Tancredo Neves, região central da cidade)


9h30

Interferência artística: DeseNcorpo

Artistas: Andrezio Sousa, Cecilia Campos, João Jesualdo do Nascimento, Joelma Ferreira, Lucas Galdino, Rafael Moraes, Renato Érikles Almeida, Taiomara Souza, Taynária Romão e Thiago Gomes.

Local: Centro Comercial (na Avenida Tancredo Neves, região central da cidade)


10h15

Comunicação de trabalhos: Tema – Práticas performativas na rua e intervenção urbana

1 – Lugar físico e de memória na performance “Nós”. Autoras: Ana Paula Alab de Oliveira (UFAC) e Caroline Barbosa Manso (UFMG).

2 – O teatro que corre nas vias. Autor: Marcelo Sousa Brito (UFBA).

3 – As práticas performativas de rua e o olhar do espectador ao corpo feminino: uma análise sobre a performance “Saia-A- Tempo” da Cia Impar de Teatro. Autoras: Lika Rosá e Carol Greco (PUC- SP).

4 – Intervenções urbanas em meio à instabilidade política: análise das ações “O enterro” e “Descongele após vinte anos” do grupo de pesquisa “Transeuntes – Estudos sobre Performance”. Autores: Diego Souza e Kauê Rocha (UFSJ).

5- “Venha tomar chá com as bonecas” e “esconda seu rosto”: análise acerca de duas ações realizadas pelo grupo de pesquisa “Transeuntes – estudos sobre performance”. Autora: Fernanda Silveira.(UFSJ).

6- Ecos da exposição do corpo feminino na arte da rua. Autoras: C.A.S.F Guedes. M.G.P. Lucenti (UFSJ).


Local: sala multimídia do Centro Cultural UFSJ


14h

Performance: “Roda… rodar… rodei!”

Artistas – Lino Rocca e Vânia Santos (CETA – Centro Experimental de Teatro e Artes)

Local: sala 2.05 – Campus Santo Antônio/UFSJ


14h30

Comunicação de trabalhos: Tema – Práticas performativas na rua e intervenção urbana

1- O corpo como Imagem: Uma leitura corporal. Autora: Gabriela Rodrigues Ferreira (UFSJ).

2- Os limites entre o real e o ficcional no teatro performativo. Autora: Laura de Paula Resende (UFSJ).

3- A Emboladeira de fitas: A Narrativa como forma de diálogo com o espaço urbano. Autor: Matheus Correa Santos (UFSJ).

4- A verdade e a presença cênica no teatro de rua a partir do trabalho “interior” do ator. Autor: Diogo Rezende (UFSJ).

5 – Uma Condução Turística Baseada nas Lendas Sanjoanenses. Autora: Giselle Mara Raimundo (UFSJ).

6- Descongele após 20 anos. Autora: Tatiane Talita de Jesus Silva (UFSJ).


Local: sala 2.20 – Campus Santo Antônio/UFSJ


16h30

Interferência artística: Saia-A- tempo

Artistas: Carol Greco e Lika Rosá

Local:Praça do Coreto, Centro


17h30

Interferência artística: sÓ

Artistas: Ranielle Ferreira Lessa e Sâmia Ramare de Oliveira Mendes.

Local: Calçadão, Centro


REALIZAÇÃO DO EVENTO ASSOCIADO



CARTA DE REPÚDIO AO PROJETO DE EMENDA (PE 02/17) À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE LONDRINA



CARTA DE REPÚDIO AO PROJETO DE EMENDA (PE 02/17) À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO 
Londrina, 27 de junho de 2017.  
O Movimento dos Artistas de Rua de Londrina (MARL), o movimento de ocupação de moradia do Conjunto Flores do Campo e as entidades e movimentos listados abaixo, vêm por meio desta manifestar repúdio ao Projeto de Emenda à Lei Orgânica do Município PE 02/17, que visa criminalizar ocupações, seja por moradia ou de cunho cultural/social, realizadas no município de Londrina, por ONGs, associações ou pessoas físicas.
Esta carta repudia ainda o artigo 6º na presente emenda que proíbe pessoas físicas que participaram de ocupações de pleitear uma moradia junto à COHAB. O  direito à moradia, constante no artigo 6 da Constituição Federal , vem sendo reiteradamente violado, sendo as imensas e quase que imutáveis filas de habilitação a única esperança de várias famílias que buscam uma moradia digna. Suprimir a participação de tais pessoas, que encontram nas ocupações de espaços sem uso e que não cumprem a função social, é violar, novamente suas existências.
Defendemos que os espaços públicos que não estejam cumprindo sua função social - conforme artigo 5º, XXIII da Constituição Brasileira - podem e devem ser ocupados por movimentos, sejam por moradia ou para fins culturais e sociais, tendo o poder público, obrigação de acolher as reivindicações desses movimentos e negociar doações ou permissões de uso, com vistas a cumprir a função social da propriedade como manda a Constituição Federal.
O MARL surge em 2012 com o objetivo de lutar por políticas públicas para a cultura, pela livre expressão artística em espaços públicos e pela democratização de acesso e produção culturais. Desde o início uma das reivindicações era a apresentação de uma listagem de espaços públicos ociosos para serem ocupados por coletivos artísticos culturais. Uma vez que essa listagem nunca apareceu, o MARL ocupou, em 27 de junho de 2016 o barracão da antiga sede da ULES, que estava abandonado a mais de 10 anos. Desde então o MARL vêm realizando uma série de melhorias no espaço visando atender um público cada vez maior.
O Conjunto Flores do Campo foi ocupado no dia 30 de setembro de 2016 por cerca de 1000 famílias. A construção, feita através do projeto de moradia popular do governo federal, estava a 6 meses parada, com apenas 48% da obra concluída. Retomando a função social dessa propriedade abandonada, os moradores fizeram várias melhorias nas casas e no bairro, trazendo linha de ônibus, coleta de lixo, creche, horta comunitária e comércios para abastecer as famílias que moram no lugar.
Desde então os moradores do Flores do Campo passaram a sofrer sistematicamente repressão policial, boicotes e preconceito, culminando com a ação policial que mobilizou cerca de 10 viaturas da ROTAN, uma do CHOQUE e um helicóptero, dando tiros com bala de borracha, bombas de gás e agredindo moradores inocentes para cumprir um único mandato de prisão na tarde da última quinta-feira, dia 22 de junho.
Por isso, todos os movimentos que assinam essa carta exigem:
- a retirada do PE 02/17 da pauta da Câmara Municipal de Londrina, que criminaliza a luta pelo direito à moradia e à função social da propriedade;
- a imediata regularização das duas ocupações citadas e de todas as ocupações de moradia de Londrina, que segundo dados oficiais, apresenta um déficit de moradia de quase 70 mil pessoas, contando apenas as que conseguem dar entrada ao pedido na COHAB;
- a imediata apuração das denúncias de abuso de poder que se têm visto nas últimas ações policiais no Conjunto Flores do Campo.
RBTR – Rede Brasileira do Teatro de Rua
MARL - Movimento dos Artistas de Rua de Londrina.  
Movimento de Ocupação de Moradia do Conjunto Flores do Campo.
MNDH-PR - Movimento Nacional de Direitos Humanos do Paraná.
CDH – Centro de Direito Humanos de Londrina.
Coletivo Lutas – UEL.
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná.  
Diretório Central dos Estudantes (DCE) – UEL.  
Comitê do Passe Livre.
Comitê Contra a Repressão Policial.  

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Leitura coletiva de A Sociedade do Espetáculo


Em comemoração aos cinquenta anos do lançamento do livro de Guy Debord, A Sociedade do Espetáculo, o Teatro Ruante, em parceria com o PAKY`OP: Laboratório de Pesquisa em Teatro e Transculturalidade, fará a leitura coletivo do livro em epígrafe. Serão doze encontros nos quais se abordará conceitos e propostas da obra Situacionista.
Os interessados em participar deverão enviar e-mail para teatroruante@gmail.com preenchendo os seguintes dados:
Assunto: A Sociedade do Espetáculo
Nome:
E-mail:
Formação:
Justifique seu interesse:

Guy Debord
Guy Debord foi um filósofo, cineasta e crítico cultural francês. 

Sobre o Livro
O livro "A Sociedade Do Espetáculo" pode ser descrito como uma crítica feroz à sociedade contemporânea.

Sobre o Teatro Ruante
O Teatro Ruante foi criado em 2004 na cidade de São Paulo, onde produziu três espetáculos (Clown Show, Que Palhaçada é Essa Aqui?, Casamento na Roça – pernas pra que te quero), com os quais realizou temporadas e participou de festivais. Em 2015 mudou-se para a cidade de Porto Velho/RO e vem contribuindo com a cena local com seu repertório e ações, sobretudo no teatro de rua.
O grupo tem como fonte inspiradora o universo popular e busca fundir em seus espetáculos a linguagem circense, o teatro de rua e a música; tem como propósito apresentar-se em espaços abertos e alternativos, visando uma comunicação direta com o público das mais variadas idades.

Atualmente o grupo conta com dois espetáculos em repertório: Que Palhaçada é Essa Aqui? (2015) e Era Uma Vez João e Maria... e ainda é (2016), com as atividades Cabaré do Ruante e a Histórias de Contar (2017).

Relato de parte do que rolou nas plenárias do XX Encontro da RBTR

Segue o relato de parte do que rolou nas plenárias do XX Encontro da Rede. Envio para registro e especialmente pra quem não conseguiu estar presencialmente em Presidente Prudente.

Muito do que foi discutido não está nos relatos, mas acredito que esse registro já ajuda a ter uma ideia do que rolou (e ainda está rolando) em Presidente Prudente.

Alê Falcão


XX Encontro da RBTR, Galpão da Lua, Presidente Prudente/SP.

Relato de parte das conversas da plenária do dia 29/06/17.

Escriba: Alexandre Falcão

O momento foi dedicado principalmente ao relato da situação do teatro de rua e da cultura nas cidades e estados.

Cícero, núcleo Deixa Falar/ SP.
Fala da Higienização, políticas contra os artistas de rua. Há toda uma inversão da atuação da polícia militar contra os artistas. Temos que ir para a casa pública (assembleia etc) com um discurso mais embasado. Não podemos deixar da forma como está. Nossa vantagem, na linha histórica, é que ainda temos os encontros, nas localidades. Isso é um ganho tremendo e temos que manter isso.

Rena, coletivo Peabiru, Floripa/SC.
Conta da Resistência dos coletivos de rua, em Floripa. Pós-ocupação do IPHAN (Ocupa MinC), criaram a rede Fora Temer, uma rede de ação direta, formada por trabalhadoras da cultura. Batalhas de rap, espaços importantes de resistência cultural. Alguns espaços culturais independentes: Casa Vermelha, Engenho... Casa de Cultura do Rio Vermelho, entre outros.

Grupo Tia. Canoas/RS – os programas de incentivo à cultura estão atrasados desde 2014. Tinha uma secretaria de Cultura, mas virou Cultura e Turismo: sem diálogo com o colegiado. O governo, dito de esquerda, criou espaços culturais na gestão passada. Mas, estão praticamente parados atualmente. Há uma Cultura de mega shows, mega eventos, ligados à indústria cultural. Raramente apresentam na própria cidade com cachê. Tem uma comunidade quilombola que é uma das mais antigas do Brasil, mas não há valorização. E agora a prefeitura vai promover uma Oktoberfest, mesmo a cidade não tendo tradição alemã. Aconteceu aparelhamento dos movimentos sociais por alguns governos anteriores, ditos de esquerda. Este governo não desenvolveram políticas públicas, mas projetos de poder. Em Porto Alegre, os grupos foram retirados do Hospital São Pedro, uma importante ocupação cultural da cidade.

Márcio Silveira, Manjericão, RS/SC – ponto crítico na Capital (Porto Alegre), o não acontecimento do Festival Internacional de Rua de Porto Alegre. Os artistas estão chegando a um nível de esgotamento. Não estamos conversando: hiato. Perdemos o Hospital São Pedro, a Usina do Gasômetro. Pontos positivos: Em SC: Festival de Teatro de Animação, realizado pela UFSC, teve presença do teatro de rua. Em geral: notável o crescimento da presença dos grupos do interior e da região metropolitana.

Vanéssia, Teatro de Caretas, Ceará. A função do Estado é nos amortizar. Nós somos minorias, mas nós somos fortes, temos potências. É preciso buscar o fortalecimento da lógica de cidades. Política Cultural do Estado: tem uma secretaria ainda. Há, aparentemente, um diálogo que se amplia, lógica de editais, inclusive pra formação cultural. Os grupos têm tido algumas dificuldades burocráticas pra receber e operacionalizar os recursos. Já no município, a secretaria é pífia. Os artistas que começam a trabalhar na secretaria acabam inviabilizando o diálogo (cooptação, aparelhamento). Há uma casa que foi ocupada, depois encampada pelo município, mas mudou o formato, levando pra um modelo mais tradicional. Bota o movimento artístico um contra o outro. 2015: a secretaria foi ocupada. O movimento tem feito ações de constrangimento do secretário. 100 projetos que não recebem recursos há dois anos (edital).
Sim, eles (o Estado) têm que nos subsidiar. Teatro de Caretas e outros dois grupos alugam uma sede. A importância de ocupar.

Oziel, movimento Cabuçu, Guarulhos/SP. Organiza a Mostra de Teatro de Rua de Guarulhos. Começou com os grupos locais, primeiras edições, e depois passou a receber os grupos de fora. Vai para a 9ª edição. Passou em Presidente Prudente nos anos 1970, com o movimento hippie. Milita na questão ambiental. Faz parte dos conselhos de turismo e de urbanização da cidade. Temos que nos apropriar dos conhecimentos políticos, se apoderar das leis. O município de Guarulhos tem o Funcultura, com apenas R$ 500.000,00, apoia 13 projetos por ano. A mostra Teve apoio público apenas em 3 anos. Faziam o cortejo a partir do Teatro Municipal Adamastor, mas saiam para a rua (calçadão). Hoje, os coletivos não têm agenda no Adamastor, apesar de eles terem fomentado o espaço. Proposta de levar o encontro da rede pra Guarulhos em 2018. Agora a Mostra sai totalmente independente. No município foram juntadas as Secretarias Educação, Esporte e Cultura. É necessário pertencer a Conselhos, estar na Câmara, é preciso ocupar os espaços.

Batata, Nativos Terra Rasgada, Sorocaba/SP. Situação do interior: a gente vive no coronelismo há muito tempo. A violência do Estado chega no interior mais intensamente, e não há tanta visibilidade na mídia. No município o governo juntou a Secretaria de Cultura e Turismo esse ano. É preciso tentar encontrar um ponto de convergência. Ganhamos edital ano passado, mas o recurso foi negado, por questões burocráticas. Temos uma mostra, mas também ficamos um ano sem fazer a mostra, por falta de recursos. Há uma arena de artes públicas, mas o uso está proibido, devido ao espaço ficar próximo a um espaço da GCM. Há uma discussão de lei para controlar o trabalho de artistas de rua também nas praças.

Luís, Galpão da Lua. Vivemos uma crise de hegemonia, crise sem precedentes, ampla, em todos os âmbitos: federal, estadual e municipal. Os eleitos estão sem legitimidade (sem base eleitoral ampla). O Estado está em crise e o Capital está em crise também, já que um depende de outro. Vemos as dificuldades financeiras dos grupos, muitas vezes perdendo as sedes, vemos as leis que tentam coibir o trabalho dos artistas de rua. A gente vem pro encontro pra recarregar as baterias. Os grupos acabam tendo papel político em seus locais, pois estão envolvidos em processos de luta muito importantes. Devido à crise, a secretaria de Cultura de Presidente Prudente tem se aberto a um certo "diálogo", pois eles estão sem recursos e precisam fazer parcerias para realizar algo.
Grupos consolidados estão deixando de existir, porque não estão em condições de sobreviver disso.
As migalhas que nos chegavam, já não estão mais chegando. O Galpão da Lua se tornou um espaço de referência e mesmo com quem a gente diverge a gente está dialogando. A gente não tem a Justiça do nosso lado, no caso da Lua, mas temos a rua como espaço para explicitar "o outro lado da história".
No caso da Lua, no processo militar, o policial foi absolvido. O processo está no inquérito civil, o policial será julgado de homicídio culposo, modalidade indireta, vai para júri popular. A gente não tem discurso de ódio contra o policial, individualmente. A maior injustiça é a gente não ter direito à verdade e o Estado participar dessa fraude, do terrorismo de estado.

Caio. Trupe Olho da Rua. Santos/SP – Um juiz corregedor abriu uma investigação contra a polícia, devido ao caso de violência policial que ocorreu com a Trupe, em Santos, durante apresentação da "Blitz". O juiz corregedor concluiu que houve abuso de autoridade. Os policiais terão que responder na polícia comum. Houve 85 casos abertos de abuso de autoridade pela PM nos últimos 10 anos e em nenhum caso a polícia foi responsabilizada.
Devido às dificuldades financeiras, eu me vejo quase na situação de dizer: "Estamos de volta ao teatro amador". É duro a gente olhar a realidade, mas talvez seja mais condizente com a história do nosso país. Qual o lugar do teatro de rua? Está muito claro que a gente está inserido num lugar de resistência. A gente tenta se agarrar nas pequenas vitórias, estamos no Conselho de Cultura, tentando cavar algumas coisas, conseguimos aprovar a Lei do Artista de Rua (tentando combater a política higienista) e o Plano Municipal de Cultura, mesmo sem o lastro do MinC.
No encontro da RBTR em Londrina tivemos uma experiência formativa importante, o curso do Núcleo 13 de Maio. Estamos procurando uma saída, procurando parceiros. Qual nossa saída política, enquanto classe, enquanto categoria? As ocupações são quase quilombos hoje em dia. Mas, os quilombos precisam se organizar. Da noite pro dia, o governo do Estado fechou a totalidade das oficinas culturais do Estado. Sobraram 2 ou 3 na Capital e em Santos, devido à militância organizada, conseguiram a negociação pra a Oficina (e os recursos) irem para o município.


Marcos (?) Rancharia/SP. A cidade tem 83 anos, 30.000 habitantes e tinha zero de cultura. 2013 ele assumiu a Secretaria de Cultura e conseguiu levar o teatro para as ruas e praças da cidade. Tínhamos um salão com um palco bastante precário. Um teatro que estava em construção, mas ficou parado por quase três anos. Em 2013 concluímos o teatro. Hoje, há uma nova gestão (do PSDB) e o teatro tem sido frequentemente usado para outros fins. O outro espaço existente está fechado. Rancharia hoje tem um grupo: ImaginaSom (do qual ele faz parte). Baseia-se em literatura pra construir seus espetáculos. Necessidade de posicionamentos, uma postura da rede em relação aos embates que iremos ter. Pensar o momento de 2018 (eleições?).

Fernando, Maracangalha, MS. Conseguimos as leis, mas nunca foram cumpridas. Mais três anos de calotes. Governo muito violento contra os indígenas e conseguiu cooptar parte do movimento indígena. Na prática, os grupos estão se virando como podem. Fazemos a temporada do Chapéu: mostra de teatro de rua (fizemos este ano). A perspectiva de ter marcos legais não nos levou a nada. O pessoal de Campo Grande e Dourados está buscando formas de circulação que não dependam do Estado. Parte do movimento cultural é cooptado por um cachê aqui ou ali e alguns artistas ficam com medo, para garantir as migalhas. No MS, as secretarias também foram transformadas em Cultura e Turismo. Fizemos manifestações de rua. As tentativas de diálogo parecem que foram esgotadas. O diálogo é uma fraude, em uma democracia que parece que não existe. "Pacote de maldades da Dilma": Lei 13.029 (?) de chamamento público. Está fazendo pregões nacionais pra poder contratar espetáculos. Lei antiterrorismo: grupos artísticos e movimentos do MS têm sido enquadrados também nessa lei, devido às ocupações indígenas. A administração municipal criou uma burocracia que dificulta a ocupação das praças, exigindo inúmeros documentos.

Letícia, Dolores Boca Aberta – ZL, São Paulo/SP. Ocupam o CDC Vento Leste, há mais de 10 anos, mais de 8 grupos que ocupam o espaço. Faz 2 anos que não participavam dos encontros, devido à questões financeiras. Estão com questões estruturais, devido à dificuldades financeiras. Contou da participação no Fórum de Cultura da Zona Leste e no Movimento de Cultura das Periferias. Como resultado deste movimento, conseguiram implantar a Lei de Fomento à Periferia. É o que neste momento está viabilizando a participação do grupo no encontro da rede. Autogestão: o quanto a gente pode seguir com determinado combustível. E a gente vem aqui se abastecer.

Elton, Presidente Prudente. A gente costuma fazer documentos, cartas, vídeos. Apontar os próximos encontros. Vamos conversar sobre o Edital (de redes)?

 Alexandre Falcão – Univ. Federal de Rondônia (UNIR) – Contou da disputa de espaço na academia, nas universidades. O grupo de trabalho Artes Cênicas na Rua, da ABRACE – Associação Brasileira de Pesquisa e Pós Graduação em Artes Cênicas irá realizar de 26 a 28 de julho próximos, em São João del Rei, MG, a sua segunda reunião (a primeira aconteceu em Porto Velho, RO, em 2015). O evento vai reunir artistas, estudantes e pesquisadores para praticar, estudar e debater teatro de rua e intervenção urbana.  Apesar de relativamente recente, o teatro de rua vem crescendo dentro das universidades, mas ainda há muito para crescer, há muito espaço para conquistar. Esse espaço precisa ser disputado devido à relevância estética e política do teatro de rua.
Falou um pouco também do cenário do Estado de Rondônia, onde há política estadual aprovada, mas sem orçamento. Foram lançados alguns pequenos editais desde o ano passado, mas nenhum contemplou o teatro, cujo edital vem sendo prometido desde início de 2016. No município de Porto Velho não há política pública municipal de fomento às artes e cultura, apenas iniciativas isoladas de governo, a depender da gestão. Na capital, Porto Velho, há espaços culturais independentes que realizam importante trabalho de formação e que mantém programação cultural. Destaques para o Tapiri, espaço do grupo O Imaginário RO e para a Arigóca.


Dia 30/06/17
Registro de parte do que aconteceu na plenária da manhã
Escriba: Alexandre Falcão

Jean e Delgado, São José dos Campos/SP
Falaram da Lei que proíbe o trabalho do Artista de Rua em SJC. A Lei foi promulgada alegando o risco de acidentes de trânsito, por isso foi proibido o trabalho em semáforos. Mas, não foram apresentadas estatísticas, apenas a opinião das "autoridades". Previa necessidade de cadastro pra usar as praças. Depois, com a pressão dos artistas, o cadastro para uso das praças caiu. Mas, é preciso não dividir a categoria, pois a lei não ataca mais diretamente o teatro de rua, mas ainda prejudica diretamente os artistas itinerantes. O trabalho do artista de rua muitas vezes é  associado também à mendicância.
Fizeram um ato no Festdança, juntamente com o pessoal do Maracatu. Na abertura do Festival, os artistas fizeram uma intervenção, denunciando a repressão contra os artistas de rua. Os jornais deram pauta para a intervenção, mas, nos dias seguintes, a edição das reportagens não favoreceu o movimento.

Batata e Samir, Nativos, Sorocaba/SP.  Sorocaba tem uma lei contra a mendicância, e os artistas de rua são enquadrados nesta lei. Um vereador está retomando a Lei do Artista de Rua, pensando em cadastrar os artistas de rua.
O que fazer? Antes a pauta eram as leis, editais e desde o encontro de Fortaleza percebemos que não é mais isso, que nesse momento não é mais isso.
Samir: Como fortalecer a rede? Como buscar pessoas novas? Tá na hora de ir buscar mais artistas de rua pra RBTR. Trazer pessoas de Estados que nunca vieram.
A realidade da rede é muito diversa/plural. A gente tem que ter o cuidado de entender essa diversidade, essas particularidades. A pessoa que coloca chapéu no meu espetáculo de palhaço, não coloca na "Blitz", muitas vezes. Temos grupos grandes, com trabalhos que não têm viabilidade de sobreviver com chapéu.
Batata: A gente vai encontrar caminhos, mas não solução. A gente precisa encontrar caminhos que agreguem.

Fábio/ Trupe Olho da Rua/Santos – a criação de uma Lei para o Artista de Rua pode ser um labirinto para ferrar a gente. É preciso tomar cuidado, para que não vire amarras para o nosso trabalho. "Queriam fazer um cadastro para os artistas de rua", mas a característica dos artistas de rua é a itinerância. O caso mais grave é em São José, mas é preciso ver a situação de repressão mais ampla.

João Paulo/ Trupe Olho da Rua/ É sempre importante buscar entender de economia, política, pois o que estamos fazendo é, de certa forma, uma análise de conjuntura. É a luta de classes batendo na porta, o período de concessão acabou. Em Santos o artista é proibido no semáforo, mas a Secretaria de Ação Social faz campanha no semáforo e uma grande construtora faz publicidade nos semáforos também.
Anos atrás discutíamos o sistema nacional de cultura, hoje discutimos violência policial e precarização. Daqui a pouco SP vai perder a Lei de Fomento, aí vamos perder os parâmetros.

Luís, Galpão da Lua, Prudente. Prudente teve uma lei que buscou barrar o artista que usa fogo no semáforo. Segundo levantamento da OAB, Presidente Prudente é uma das cidades campeãs de leis inconstitucionais, mas as comissões das câmaras que deveriam cuidar disso, não fazem bem feito o seu trabalho. É preciso publicizar a discussão, expor a situação, buscar assessoria jurídica no Ministério Público ou na OAB. O pior é que este tipo de Lei, mesmo inconstitucional, tem respaldo dos setores mais conservadores da sociedade. Quando a gente busca regulamentar algo que já é uma garantia constitucional, a gente está agindo errado.
Temos o artigo 5º da Constituição que garante a liberdade de expressão, qualquer norma mais restritiva, é uma restrição de um direito fundamental
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Maracangalha/Campo Grande – Na temporada do chapéu, negaram a possibilidade de fazer, alegaram a necessidade de muitas autorizações. O grupo apenas comunicou o poder público, não pediram autorização, mas já estavam divulgando na mídia. Realizaram o evento mesmo assim. Querem que o grupo se enquadre como se fosse um grande evento.

SBC, grupo Menelão. Pauta: revista da RBTR. Trouxe proposta de arte gráfica. Precisa reunir o GT de comunicação.

Dai, MARL, Londrina – falando a importância das articulações, de não se isolar. MARL tem se aproximado dos movimentos de moradias, temos muito a aprender com os movimentos de moradia. Todas as iniciativas são válidas. A instabilidade veio morar dentro da gente. Todos nós estamos passando por momentos de instabilidade.

Pedro. MARL, Teatro de Garagem, Londrina/PR. Vereadores criaram uma lei de criminalização das ocupações, e questionam se a ocupação cultural do MARL não abre precedente pra regularização das ocupações de moradia.
Quando fazer o enfrentamento, usar a estratégia de publicização, filmar, não ir sozinho.
Relato: cancelaram o edital municipal. Os artistas se uniram para enfrentar, mas depois se dividiram, entrando com estratégias individuais.

Edna, MARL, Londrina. Edital importante, PROMIC (?), existente desde 2002, 90% dos projetos eram na periferia da cidade. Mas, este ano, os pagamentos foram cancelados, alegando que devido a uma Lei Federal, pessoas físicas não poderiam receber. Estão com assessoria jurídica da OAB. Mas, não conseguiram reverter a questão dos pagamentos. Ela vê esta ação da prefeitura como uma vontade de desmantelar o movimento local. Muitos projetos continuam por militância, mesmo sem militância. A gente (a ocupação do MARL em Londrina) existe por causa da RBTR! Nosso movimento local foi muito fortalecido após o primeiro encontro da rede. A Rede está forte!

Raquel/ Trupe Olho da Rua – a gente tá se recuperando e tentando ver para onde vai. Fizemos uma reunião com uma senhora de Guarujá (Rai?) que estava trabalhando no Ministério da Cultura, para tratar de um festival em Santos, mas ela disse que não sabia nem o cargo em que estava. Ministério da Cultura e Funarte praticamente não existem mais. Nesse momento de crise, as pessoas não têm grana pra vir. ProAC/Estado de São Paulo: muitos cortes e editais que não foram lançados.

Caio/Santos: Encaminhamento/Pauta: ter um blog que sistematize as denúncias contra as leis de repressão ao artista de rua. Ele está repensando a questão da lei: os grupos de teatro têm certo respeito, mas os malabaristas solo, itinerantes, são mais vulneráveis. A cidade/movimento que têm condições de emplacar uma lei que proteja o artista de rua, talvez valha a pena.

Tico/Cascavel, PR: Lá em Cascavel a gente nunca teve lei/edital. A gente vai pra rua e passa chapéu: e a gente usa o artigo 5
º da CF, liberdade de expressão. Além da questão da liberdade de expressão, é uma questão de Direito ao trabalho, de Arte gratuita (direito do público). A gente consegue viver sem projeto? A gente não entende a realidade dos municípios que têm leis. Isso é novo pra nós.

Vulka. Galpão da Lua, As artistas trans ainda nem começaram a ter espaço. Pauta: gênero na arte. Como aparecemos no teatro: muitas vezes hiperssexualizando nossa imagem, como a engraçadinha que dá uma pinta.

Nati Siufi, Xingó, SP: retomar o histórico. Há 20 anos atrás, a gente tava começando, quase não era conhecido, éramos poucos, o lugar do teatro de rua não era reconhecido nem na categoria teatral. Depois, crescemos, houve um momento em que tínhamos 9 pessoas da RBTR dentro do colegiado do MinC. Nas cartas a gente tinha embasamento, nós estudamos, propomos projetos de Lei. Não tem sentido então essa construção pela legalidade? Estamos no limbo. Temos que aproveitar o trabalho histórico. Temos nosso plano feito, é legítimo. Não precisamos rever, já temos os documentos construídos coletivamente. Não precisamos abandonar o que já foi feito, quando houver um país em que seja possível confiar nas leis. O processo ético tá debilitado, é do geral pro particular e do particular pro geral. Se a gente não se dedicar a rever o trabalho (políticas públicas) que já tá feito, a gente vai ter mais tempo pra dedicar a outros assuntos. Pauta: quando é a gente vai começar discutir de novo linguagem, estética, qualidade e potência dos nossos trabalhos? Vou voltar a fazer contação de história nas escolas, mas vou fazer uma puta contação de histórias.

Adriano/Pombas Urbanas/SP: Pauta: ter um lugar visível de toda essa história (as leis, as conquistas). A maior posição é a gente se alimentar de nós: saber as estratégias que cada um tá fazendo pra resistir. Cidade Tiradentes: 20 jovens formaram uma cooperativa. Passando chapéu na comunidade: estreia: R$ 800,00 de chapéu. Apostaram em se reinventar. A mudança é necessária. É preciso trazer as comunidades pra nosso lado, com um teatro que agregue. Só de estar aqui, me dá forças pra continuar.

Cícero, SP: contou um pouco sobre a formação do movimento de teatro de rua de SP, em 1999.

sábado, 1 de julho de 2017

Programação dia 01 de julho encontro RBTR - Ato 3 anos sem Lua Barbosa, Cortejos, plenárias e espetáculos





O dia será de relembrar que a nossa querida Lua foi assassinada, vítima da violência policial. Faz 3 anos que carregamos essa triste história conosco. Com o apoio dos mais de cem artistas de diversas partes do Brasil faremos um ato Artístico, um cortejo saindo do Galpão da Lua até a Praça 9 de Julho para marcar essa data e cobrar justiça, cobrar também a desmilitarização da polícia e o fim dos crimes cometidos por esta instituição principalmente contra pretos pobres e jovens das periferias.
Espetáculo Blitzz - Foto de Marcia Tanaka
























Nós amigos, familiares e artistas da RBTR sairemos às ruas com nossa arte e nossa dor e gritaremos. Queremos uma política de segurança pública que respeite a vida, que respeite os direitos humanos. Por justiça a Lua Barbosa e a todas as vitimas de violência policial.

Blitzz - Foto Márcia Tanaka
O ato contará com a encenação da peça "BLITZ - O Império que nunca dorme" com a Trupe Olho da Rua, que tão bem trata dessa violência que queremos um basta. O espetáculo simboliza pela ótica da sátira com elementos e signos que representam o poder opressor do Estado e da mídia corporativa, resignificando o que está posto escamoteado pelo senso comum na intenção de ressaltar a potencialidade estética e dramatúrgica do que nos é apresentado como comum no dia a dia.
A programação de sábado terá também, no período da tarde, lançamento de dois livros: "Teatro de Rua – Discursos, Pensamentos e Memórias em Rede" (Organizadores: Vanéssia Gomes, Licko Turle e Jussara Trindade) e "Longa Jornada de Teatro de Rua Brasil Afora" (Autor: Márcio Silveira dos Santos).

Livro "Longa Jornada de Teatro de Rua Brasil Afora" apresenta ao público um recorte da trajetória do Grupo Manjericão. São relatos apaixonados que vem à tona pelas mãos de um de seus fundadores, Márcio Silveira dos Santos, trazendo vivências ao leitor como se fosse espectador de cada momento vivido. Ainda traz os relatos da maior aventura do coletivo artístico porto-alegrense, que parte do Rio Grande do Sul para uma jornada no norte do Brasil. Mas não é uma expedição qualquer. Trata-se de levar a arte teatral para o interior da Amazônia, descendo de barco rios como o Madeira e o Rio Amazonas e atracando nas comunidades ribeirinhas com a palhaçaria feita por um experiente trio. Essa jornada é apresentada em seus encontros inusitados e momentos singulares, em narrativas e diários de bordo, além de muitas imagens captadas nesta imersão na floresta.

Sobre o autor:
Márcio Silveira dos Santos nasceu em Porto Alegre/RS. É professor-pesquisador com Licenciatura e Mestrado em Artes Cênicas pelo Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente é Doutorando no Programa de Pós-graduação em Teatro da Universidade do Estado de Santa Catarina. É ator, diretor, dramaturgo e palhaço no Grupo Manjericão/RS. Articulador da RBTR – Rede Brasileira de Teatro de Rua e membro do GT Artes Cênicas na Rua da ABRACE – Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-graduação em Artes Cênicas. De 2010 a 2014 foi representante da sociedade civil no Colegiado Setorial de Teatro/RS no CNPC – Conselho Nacional de Política Cultural/DF

Livro "Teatro de Rua – Discursos, Pensamentos e Memórias em Rede" (Organizadores: Vanéssia Gomes, Licko Turle e Jussara Trindade)

O Grupo Teatro de Caretas em parceria com o Conselho Nova Vida apresenta TEATRO DE RUA: Discursos, Pensamentos e Memórias em Rede. O livro está organizado de forma a propiciar aos leitores (em especial aqueles artistas que atuam nos espaços abertos) os múltiplos olhares de algumas práticas/experiências artísticas realizadas pelos rueiros do Brasil que se transformaram em estudos, pesquisas, reflexões, registros históricos. De certa forma, ele é para nós uma práxis; ou seja, uma devolução teórica para retroalimentar a nossa prática como artistas-trabalhadores das ruas que somos. Os articulistas, que generosamente contribuíram com esta edição, são atores/ diretores integrantes de um ou mais coletivos ou grupos de teatro de rua de todo o Brasil. Alguns atuam também no ensino das artes, em instituições públicas e privadas, como artistas-docentes; outros aprofundam suas investigações no campo científico da pesquisa e da pós-graduação. Uma conquista para a multiplicação dos saberes e fazeres.

Banda Dr. Jupter

Às 20h espetáculo "Lorys para maiores" com Lorys Verônica.
 E para finalizar a noite show com a Banda Doutor Júpiter de Mairiporã-SP, que se autodenomina "caipira", tem sonoridade folk com elementos rock, country e da música brasileira. O quarteto é considerado um autêntico representante da música folk brasileira.






Programação de hoje
Sábado, 1 de julho

9h – Ato/cortejo artístico "3 anos sem Lua Barbosa – Desmilitarização Já!".
Itinerário: Galpão da Lua – Praça 9 de Julho.
11h30 – Espetáculo "BLITZ - O Império que nunca dorme" com a Trupe Olho da Rua (Santos-SP). Local: Praça 9 de Julho, Centro.
14h – Plenária da RBTR e GTs.
17h – Lançamento dos livros: "Teatro de Rua – Discursos, Pensamentos e Memórias em Rede" (Organizadores: Vanéssia Gomes, Licko Turle e Jussara Trindade) e "Longa Jornada de Teatro de Rua Brasil Afora" (Autor: Márcio Silveira dos Santos).
20h – Espetáculo "Lorys para maiores" com Lorys Verônica (Pres. Prudente-SP) e Banda Doutor Júpiter (Mairiporã-SP). Local: Rua Júlio Tiezzi, Centro (em frente ao Galpão da Lua).