Car@s amig@s da RBTR,
Envio abaixo, e em anexo, a Ata do XI Encontro da Rede Brasileira de Teatro de Rua, realizado de 13 a 16/09 na cidade de João Pessoa (PB), na sede do Grupo Quem Tem Boca é Pra Gritar.
Antes de qualquer coisa, gostaria de ressaltar que esta Ata visa apenas registrar uma memória do XI Encontro - na perspectiva de alguém que se encontrava presente na ocasião - a fim de proporcionar, àqueles que não puderam participar do evento, um panorama (ainda que parcial) dos temas, assuntos, questões que emergiram e animaram os debates desses dias. Contudo, em lugar de "organizá-los" – o que iria inevitavelmente modificar esse registro pelo filtro de meus próprios critérios - segui a ordem em que os assuntos abordados vieram à tona, obedecendo ao fluxo do pensamento coletivo no intuito de tentar manter, o mais possível, a vitalidade daquele momento.
Apresento-lhes, ainda, algumas desculpas:
- em primeiro lugar, por não ter podido divulgar prontamente a presente Ata, em função das várias atividades que ocuparam meu tempo de modo imprevisto ao retornar de João Pessoa;
- por quaisquer equívocos que eu possa ter cometido ao fazer estas anotações, sobretudo a partir do 2º dia, quando a tarefa de relatoria "geral" ainda não se encontrava sob a minha responsabilidade e para os quais peço a devida correção;
- pela falta de algum comentário ou dado relevante que tenha inadvertidamente escapado ao relato, e peço a reconstituição dessa memória pelos que puderem contribuir nesse sentido;
Gostaria, ainda, de agradecer aos articuladores da RBTR presentes ao XI Encontro pela confiança em mim depositada, no cumprimento desta tarefa que considero da maior importância. Foi esta, também, uma forma de retomar as minhas atividades junto à RBTR, por meio do tipo de ação política na qual acredito - baseada não em gestos grandiloquentes ou discursos intimidadores - mas nas estratégias menos óbvias de uma "micropolítica" muitas vezes silenciosa e até anônima, que buscam incansavelmente o lugar do afeto dentro do político.
Viva o Teatro de Rua!!!!
Jussara TrindadeXI ENCONTRO DA REDE BRASILEIRA DE TEATRO DE RUA – JOÃO PESSOA (PB) – 13 a 16/09/2012
Local: sede do Grupo Quem Tem Boca é Pra Gritar
Primeiro dia: 13/09
Propostas iniciais:
- apresentação dos presentes;
- exibição de um vídeo sobre os 10 anos da Lei de Fomento ao Teatro, intitulado "Teatro contra a barbárie";
- leitura da Carta de Santos;
- Agradecimentos ao grupo anfitrião, pelo articulador Chicão Santos (RO), em nome de todos os presentes.
Articuladores presentes e seus respectivos grupos:
1. Cecília Lauritzen (PB) – Quem Tem Boca é Pra Gritar;
2. Zaine Diniz (RO) – O Imaginário;
3. Chicão Santos (RO) – O Imaginário;
4. Dani Mirine (AC) – Grupo Experimental Vivarte;
5. Marcos Pavanelli (SP) – Núcleo Pavanelli;
6. Rafaela Herrane (SC) – Resta Nóis Cia Livre de Teatro;
7. Osvaldo Pinheiro (SP) – Cia Estável de Teatro;
8. Luiz Calvo (SP) – Cia Estável de Teatro;
9. Romualdo Freitas (PE) – Cia do Balacobaco;
10. Noêmia Scaravelli (SP) – Como Lá Em Casa;
11. Marcelo Palmares (SP) – Pombas Urbanas;
12. Naiara Cavalcanti (PB) – Quem Tem Boca é Pra Gritar;
13. Erlon Cherque (PB) – Universidade Federal da Paraíba – UFPB
14. Kuka Matos (BA) – Gueto Poético;
15. Fernando Kinas (SP) – Cia Kiwi (Cooperativa Paulista de Teatro);
16. Fernanda Azevedo (SP) – Cia Kiwi (Cooperativa Paulista de Teatro);
17. Jussara Trindade (RJ) – Núcleo de Pesquisadores de Teatro de Rua;
18. Licko Turle (RJ) – Grupo Tá Na Rua;
19. Adailton Alves (SP) – Buraco d'Oráculo;
20. Walter Cedro (DF) – Mamulengo Sem Fronteiras;
21. Priscilla Fernandes (MT) – Atores e Metamorfoses;
22. Osvanilton Conceição (BA) – artista independente/pesquisador teatral;
23. João Paulo (PB) – Quem Tem Boca é Pra Gritar;
24. Rafael de Barros (PR) – Exército Contra Nada;
25. Maicon Nascimento (PB) – Quem Tem Boca é Pra Gritar;
26. Cleiton Teixeira (PB) – Quem Tem Boca é Pra Gritar;
27. Joelson Topete (PB) – Quem Tem Boca é Pra Gritar;
28. Ademilton Barros (PB) – Quem Tem Boca é Pra Gritar;
29. Clara (?) (PB) – Quem Tem Boca é Pra Gritar.
Ao término das apresentações individuais, a Carta de Santos (escrita em 30/01/2012) foi lida por Osvaldo Pinheiro. Em seguida, foram feitos os seguintes comentários/observações e dadas informações de caráter geral:
(Marcelo) – informa que a Trupe Olho da Rua tem, agora, uma sede pública próxima à Rodoviária de São Paulo;
(Licko) – informa que o Curso de Licenciatura em Teatro à Distância da UNB (PROLICEN) aprovou a criação da disciplina "Teatro de Rua", a ser ministrada em setembro/2012 pelos articuladores Licko Turle (RJ) e Adailton Alves (SP) em Porto Velho (RO);
(Romualdo) – frisa a importância da autonomia gerada pela autogestão da RBTR que se iniciou no Encontro de Teresópolis, levantando a possibilidade de se criar um "chapéu virtual" para garantir a representatividade presencial de articuladores (com dificuldades de viajar com recursos próprios) nos próximos encontros da RBTR;
(Marcos) – ressalta a rotatividade dos articuladores de diferentes regiões como um ponto positivo da autogestão; e relembra a necessidade de se manter as ações locais em suas cidades/regiões, como parte importante da autonomia dos grupos e artistas da Rede;
(Adailton) – fala sobre o Curso de Extensão em Teatro de Rua que vem sendo realizado com êxito na UNESP sob a coordenação do prof. Dr. Alexandre Mate, com destaque para os encontros de discussão sobre os processos artísticos dos grupos de rua de São Paulo;
(Marcos) – frisa a importância das ações locais voltadas para as trocas de experiências entre os grupos; sugeriu ainda que seja realizado um mapeamento das ações concretas promovidas pelo Teatro de Rua por todo o país desde a criação da RBTR, pois embora sejam muitas, estas ainda não foram registradas de modo sistemático;
(Licko) – informa que se encontram abertas as inscrições para o Festival de Teatro de Rua promovido em Porto Alegre pelo grupo Falus & Stercus;
A articuladora Zaine Diniz fez a leitura do texto "Narrativas de outra margem – uma biopolítica para o Teatro de Rua", escrito durante o 2º Seminário de Teatro de Rua – Amazônia EnCena na Rua (RO).
Chegada e apresentação de outros articuladores da RBTR:
30. Winston Aquiles (PB) – Quem Tem Boca é Pra Gritar;
31. Natália Siufi (SP) – Coletivo Parlendas;
32. Maria Gabriela (SP) – Coletivo Parlendas;
33. Elton (?) (SP) – Coletivo Parlendas;
(Licko) – comenta a criação do GT Artes Cênicas na Rua na Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas – ABRACE, do qual é hoje o coordenador e a articuladora Jussara Trindade, a vice-coordenadora; esse Grupo de Trabalho iniciou em 2011 com apenas 13 integrantes e agora esse número praticamente dobrou, com 25 inscrições para o próximo Congresso em Porto Alegre (outubro/2012).
Propõe discutir também a campanha "Dilma, não desmanche!" como ponto de partida para um diálogo da Rede com a nova ministra da Cultura, Marta Suplicy, cuja posse oficial no cargo estava ocorrendo nesse mesmo momento do Encontro e foi parcialmente acompanhada pelos articuladores por meio da Internet, através de relatos em tempo real feitos por Osvaldo (por exemplo: a Pres. Dilma declara, em seu discurso em Brasília, que em 2013 serão destinados 3 bilhões de reais para o Ministério da Cultura).
· (Chicão) – faz a leitura dos pontos de discussão citados em mensagem postada por Licko na Rede, como meio de rememorar questões gerais da RBTR e definir os assuntos mais pertinentes à pauta do XI Encontro; destes, permaneceram os seguintes assuntos:
a) - A descaracterização sofrida pelo Edital Artes Cênicas na Rua (Funarte);
b) - A participação de articuladores da RBTR no Conselho Nacional de Políticas Culturais, do MinC;
c) - A realização do II Congresso Brasileiro de Teatro em Osasco (SP);
d) - A elaboração de um projeto para as Artes Públicas, "fora" da Lei Rouanet;
e) - A necessidade de obter esclarecimentos sobre o Pró-Cultura;
f) - A necessidade de discutir as relações da RBTR com o poder público, a fim de viabilizar um planejamento para a audiência com a nova ministra;
g) -As propostas e ações concretas a serem apresentadas a Marta Suplicy;
h) - A tentativa, inicialmente fracassada, de instaurar os Grupos de Trabalhos na RBTR.
(Licko) – ressalta a importância de a Rede assumir um posicionamento assertivo na audiência com a nova ministra, em função das várias e importantes conquistas obtidas por seus articuladores desde a criação da RBTR em 2007;
(Marcos) – propõe, para as discussões da RBTR com o Governo Federal, uma organização em dois temas: a) ações de curto prazo (urgentes) como editais etc; e b) ações de longo prazo, como a elaboração de leis específicas para a área; sugeriu, ainda, a elaboração de um "observatório" na RBTR sobre os editais;
(Chicão) – complementa a ideia anterior com a questão do custo amazônico, as conquistas da Rede e a reincidência de diferentes reivindicações, registradas nas Cartas dos Encontros já realizados, como forma de dar maior sustentação à argumentação com a nova ministra;
Após essas colocações pontuais, foram definidos os principais pontos da pauta do XI Encontro, a saber:
1) 1) Relações da RBTR com o Governo Federal, abordando dois tópicos:
· MinC (Pró-Cultura) e
· Funarte (editais);
2) 2) Congresso Brasileiro de Teatro;
3) 3) Organização interna da RBTR (GTs);
4) 4) Relações da RBTR com outros movimentos sociais (Redemoinho) e eventos artísticos (festivais).
(Fernanda) – expõe a questão da revitalização do Redemoinho (agora, a nível nacional) em São Paulo;
(Chicão) – lança uma pergunta: "Há interesse da RBTR em participar desse movimento"? Como não houve uma resposta do coletivo a esse respeito, sugeriu-se exibir o vídeo "Teatro contra a barbárie" trazido pelos proponentes (Fernando e Fernanda);
(Romualdo) – após a apresentação do vídeo, pergunta-lhes (a respeito da participação da RBTR no Redemoinho): "Se esse movimento enraizar, a estética popular será mantida"?
(Adailton) – argumenta, em resposta, que a Lei de Fomento propiciou justamente isso, depois de sua implantação em São Paulo;
(Fernanda) – diz acreditar no "princípio de um teatro político", independentemente da estética;
A partir daí, a discussão passa a girar em torno da questão da Lei de Fomento ao Teatro, vigente em São Paulo, suas vantagens e desvantagens; alguns dos articuladores presentes (Adailton, Marcelo, Natália, Calvo) externam impressões positivas a respeito da Lei de Fomento;
(Humberto) – fazendo um contraponto com as falas anteriores, alerta: "Há coisas que contradizem o discurso", chamando a atenção para o fato de que as questões brasileiras são muito específicas e, por isso, cada região tem o seu modo próprio de fazer teatro;
(Licko) – observa que, em sua percepção, os grupos de São Paulo vêm desenvolvendo projetos de cunho político e circulando com os mesmos por todo o país, embora alguns possam ser considerados esteticamente bons e outros, não;
(Walter) – alerta para o risco de acomodação do grupo a uma situação financeira estável, como a que percebe ocorrer, por exemplo, com grupos apoiados pela Petrobrás;
(Fernando) – afirma que o Fomento não uniformizou o teatro em São Paulo;
(Chicão) – argumenta, com base na ideia de que "é preciso respeitar as diferenças", que a Lei de Fomento não interessa a todas as regiões do país, e que "no norte, seria um desastre";
O debate foi interrompido em função do horário de almoço. À tarde, reiniciou-se o Encontro com o 1º ponto da pauta:
1) Relações da RBTR com o Governo Federal
(Osvaldo) – tenta esclarecer a impressão (segundo ele, errônea) que o vídeo apresentado antes poderia ter suscitado a respeito da Lei de Fomento ao Teatro; e que o objetivo (de obter o apoio da RBTR no processo de revitalização do Redemoinho a nível nacional) seria conseguir a distribuição de recursos públicos para todos os estados da Federação;
Alguns articuladores (Chicão, Romualdo) comentam a necessidade de se amadurecer a questão, uma vez que a mesma levantou controvérsias entre os articuladores presentes;
(Licko) – traz a discussão para o ponto inicial da pauta, comentando que a posse de Marta Suplicy muda todas as estratégias para as futuras ações da RBTR perante o Governo, uma vez que se trata de uma militante do PT assumindo um ministério que, no caso da Cultura, seria pela primeira vez. Alerta para o fato de que até hoje, a pasta da Cultura tem sido "moeda de troca" nas negociações do PT com outros partidos.
(Chicão) – propõe definir uma comissão de articuladores para levar as demandas da RBTR à nova ministra, lembrando que foi de um desses contatos diretos que nasceu o Edital Artes Cênicas na Rua;
(Natália) – chama a atenção para a radicalidade do Teatro de Rua que, em sua opinião, deve ser mantida através de reivindicações positivadas;
(Fernanda) – lembra a questão das ocupações pelos grupos;
(Romualdo) – propõe apresentar, nessa ocasião, um documento ressaltando os pontos que já apareceram em reivindicações anteriores, sem sucesso;
(Licko) – sugere discutir qual a política do PT para a Cultura – e, mesmo, se este possui uma – para que a Rede possa construir uma argumentação em bases reais com o poder público, sem perder de vista que todos os presidentes da Funarte (desde a criação da RBTR) foram do PT;
(Noêmia) – cita o termo "economia criativa" como o mote que se tornou lugar-comum no discurso sobre a Cultura no país nos últimos anos;
(Fernanda) – acrescenta a "sustentabilidade" como outro termo que seria igualmente perigoso e é muito utilizado pelo PT;
(Kuka) – propõe a elaboração de um dossiê com dados sobre as realizações concretas da RBTR nestes cinco anos de existência, reivindicando o que consta no Plano Nacional de Teatro, ou seja, exigindo apenas o cumprimento de uma legislação já em vigor;
(Chicão) – faz alusão ao Tratado Internacional da Diversidade Cultural, de que o Brasil é signatário sem, entretanto, cumprir as metas ali estipuladas;
(Licko) – pergunta se seria interessante a presença do Dep. Fed. Vicente Cândido (PT) (pela sua atuação anterior no processo de construção e aprovação da Lei de Fomento ao Teatro) ou mesmo outro parlamentar, como integrante da comissão da RBTR;
(Fernando) – comenta que até 2002 o PT possuía um Projeto de Cultura que, entretanto, foi-se diluindo gradualmente com a reorganização do partido e as sucessivas coalisões, chamando a atenção para o fato de que existe um grande jogo de interesses num "governo de coalisão" e que é preciso não idealizar a situação de "ser uma petista" quem está, agora, à frente do Ministério da Cultura;
(Natália) – sugere uma lista de possíveis reivindicações a serem apresentadas num documento, para que possam ser conquistadas ao menos, algumas;
(Chicão) – propõe declarar no documento a posição contrária da RBTR às leis de renúncia fiscal;
(Licko) – ressalta a importância de, neste momento, a RBTR apenas abrir um canal de comunicação com a nova ministra, para conversar politicamente; ou seja, "mostrar a cara", deixar claro que a Rede está organizada e que deseja dialogar. Pergunta a todos se é consenso a ida de uma comissão a Brasília; o coletivo responde afirmativamente;
(Kuka) – reafirma a importância de a comissão levar um dossiê da RBTR nessa ocasião, dando destaque a artigos da Constituição de interesse para o Teatro de Rua, bem como às leis que já foram citadas em Cartas anteriores, como respaldo para as reivindicações;
(Adailton) – retornando à questão da presença de um parlamentar na comissão, comenta que, quando votada, a Lei de Fomento foi aprovada por unanimidade, mostrando que sempre há comprometimentos diversos nessas questões;
(Fernando) – revela que a Cooperativa Paulista de Teatro já tem um Projeto de Cultura "contra a privatização do espaço e do corpo", o qual deverá ser apresentado ao novo Ministério;
(Chicão) – elogia a iniciativa; em sua opinião, contudo, a RBTR deve construir um documento semelhante, porém com base nas necessidades específicas do Teatro de Rua;
(Natália) – pergunta "o que vamos negociar" efetivamente com Marta Suplicy e propõe que a RBTR, mais do que apenas participar de uma audiência, crie um "fato político" de impacto, em Brasília;
Vários articuladores passam a expor suas posições particulares sobre a questão, as quais oscilam basicamente entre duas tendências: a) a de somente estabelecer um contato inicial com a nova ministra, visando a reabertura de um canal de negociação com o governo; e b) outra, visando demonstrar mais enfaticamente o descontentamento da Rede com os encaminhamentos que o Governo Federal tem dado às questões da cultura no país, sobretudo na área do Teatro.
Como a discussão não avançasse, tornando-se visivelmente improdutiva, Humberto propôs o encerramento do 1º dia, com uma dinâmica de mobilização do afeto entre os articuladores (troca de abraços, enquanto uma canção era entoada).
Segundo dia: 14/09
Por sugestão de Humberto, o trabalho reiniciou com uma atividade artística – uma canção e uma brincadeira - entre os presentes. Depois, apresentaram-se individualmente os articuladores que chegaram nesse dia ao XI Encontro:
34. Vanéssia Gomes (CE) – Teatro de Caretas;
35. Patrícia Caetano (PE) – Grupo La Trupe e Movimento Escambo;
36. Jonas de Jesus (CE) – Bando Gambiarra;
37. Bruno Sodré (CE) – Grupo Nós de Teatro;
38. Erica Peixoto (CE) – Grupo Nós de Teatro;
39. Luciano Santiago (SP) – Trupe Artimanha;
40. Danilo Cavalcanti (SP) – Mamulengo da Folia;
41. Daniele Araújo (CE) – Teatro de Caretas;
42. Naira Freire (SP) – Coletivo Parlendas;
43. Marlene Gomes (PE) – O Gaio;
44. Ivo Rodrigues (PE) – Faradá Arte Negra, O Gaio, Movimento Escambo;
45. Lucas José (PE) – Grupo Arteiros, Faradá Arte Negra, Drão, Vem Cá Vem Vê.
Licko Turle fez uma síntese do dia anterior como forma de inserir os articuladores recém-chegados nas discussões travadas até esse momento; a seguir, foi realizada uma exposição oral por Fernando, abordando o contexto histórico que deu origem à Lei Rouanet e sua implantação no Plano Nacional de Cultura a partir de 2002; explicou os modos pelos quais os chamados "substitutivos" mantêm os mecanismos de renúncia fiscal; rememorou, ainda, os argumentos em favor do Pró-Cultura (que, em um momento anterior, levaram a RBTR a aceitar as condições do Prêmio do Teatro Brasileiro, inserido nesse Programa).
(Natália) – lembra que no Encontro de Teresópolis a RBTR se colocara em oposição ao fato de o Prêmio estar "dentro" do Programa; contudo, segundo ela esta posição não foi defendida a contento pelos articuladores presentes em Brasília, quando se discutiu a questão presencialmente, com o Governo;
(Kuka) – propõe que a RBTR crie o seu próprio "substituto", aprofundando e dando foco às questões do Teatro de Rua, em lugar de direcionar sua energia para o "renascimento" do Redemoinho ou quaisquer outros movimentos;
(Patrícia) – apoia a criação, pela RBTR, de um Programa para o Teatro de Rua e sugere que a primeira edição da Revista (a ser implementada pelos Gts) seja o "estopim" desse processo, isto é, que seja este o conteúdo da 1ª edição;
(Chicão) – lembra que a Arte Pública, segundo ele um conceito que está além de qualquer política pública, poderia também ser um material relevante como conteúdo a ser desenvolvido e mais divulgado entre os articuladores;
(Marcos) – propõe a criação de um "Programa de Fomento para as Artes Públicas de Rua", como a ação "de longo prazo" a ser realizada pela RBTR, enquanto o apoio aos festivais, mostras de teatro de rua etc, estaria dentro das ações "de curto prazo";
Após um debate aberto sobre as questões acima, a manhã foi encerrada. À tarde foi realizado o Cortejo de Abertura do XI Encontro da Rede Brasileira de Teatro de Rua pelas ruas do centro de João Pessoa. O ponto culminante dessa ação artística foi a grande roda formada na praça central, conhecida como o "Ponto de Cem Réis". Sob a liderança espontânea de um cidadão, atores e público dançaram e cantaram cirandas tradicionais e outras, parodiadas, cujas letras expressavam criticamente a insatisfação da cidade para com o poder público, denunciando de modo bem-humorado a precariedade dos serviços públicos em vários setores (saúde, conservação do meio ambiente, limpeza urbana etc). Em seguida Rafael de Barros, artista de rua de Londrina (PR) que participava pela primeira vez de um encontro da Rede, apresentou o espetáculo-solo El Presidente alegrando o público presente com a irreverência de sua performance.
À noite, na sede do grupo anfitrião, artistas dos grupos presentes e convidados deram início ao "Forró da RBTR", animado ao som de xotes, xaxados, sucessos de compositores nordestinos e do ritmo frenético do Cavalo Marinho. Nesse mesmo dia, comemorou-se o aniversário de 25 anos do grupo anfitrião!
Vida longa ao Quem Tem Boca é Pra Gritar!
Terceiro dia: 15/09
Nesse dia, encontrava-se presente o convidado da RBTR para o XI Encontro, Amir Haddad (RJ); chegaram, ainda, os integrantes da Cia Escarcéu, de Mossoró (RN):
46. Lenilda Santos;
47. Nonato Santos;
48. Jovana Tomaz;
49. Camila de Paula;
50. Jeanemeire Eufrásio;
51. Alan Barbosa;
52. Odara Santos;
53. Roberlilson Paulino;
54. Caio Augusto;
A pedido da articuladora Dani Mirine, do Grupo Experimental Vivarte (AC), foi lido o texto do articulador Juliano Espinhos, do mesmo grupo, postado na Internet nesse momento para a RBTR (do qual foi retirada a epígrafe que abre a Carta de João Pessoa);
(Licko) – reforça a ideia de que a RBTR pretende propor o seu próprio projeto à nova ministra, uma vez que, segundo ele, "outra forma de teatro não nos interessa"; e explicita a sua percepção de que "esta assembleia deseja trabalhar pelo Teatro de Rua", obtendo, nesse sentido, a anuência dos presentes;
(Chicão) – pergunta-se "como é possível mudar o eixo do pensamento do país, por exemplo, sobre o custo amazônico?";
(Osvaldo) – apoia a proposta de criação de um "substitutivo" próprio, em que o tema central seja a "arte pública de rua" do país;
(Adailton) – lembra a necessidade de "zelar e investir" nos espaços físicos dos grupos (sedes), citando como exemplo o grupo anfitrião; que é preciso discutir os modos como os movimentos sociais foram absorvidos pelo governo Lula; afirma que o cerne da discussão está na visão de sociedade que deverá orientar esse projeto/programa da RBTR para a cultura e/ou para as artes públicas; adverte para o fato de que está ocorrendo uma disputa pelo imaginário - do cidadão e do trabalhador – para definir quem irá "organizar o mundo" (citando Amir Haddad): ele ou o mundo globalizado que está aí;
(Erlon) – aponta a questão da construção de identidade da RBTR; "é preciso compreender a rua como identidade", chamando a questão da apropriação "antropofágica" de diferentes linguagens (o cordel, por exemplo), que faz da rua um espaço ímpar de reconstrução das linguagens populares;
(Natália) – comenta que, para o Núcleo de Pesquisadores de São Paulo, "o mais importante é a relação do teatro com a sociedade"; nesse sentido, mostra-se favorável à ideia de criação de um "Programa para as Artes Públicas", mas não necessariamente de rua; propõe, ainda, que o texto enviado por Juliano Espinhos à RBTR seja utilizado na íntegra como um documento "de denúncia";
(Romualdo) - propõe que Fernando elabore esse documento (ou um esboço), a ser discutido pelo coletivo da RBTR;
(Marcos) – sugere a criação de GTs regionais para escrevê-lo;
(Chicão) – aponta a necessidade de se fazer um estudo das políticas públicas voltadas para as artes públicas, além de negociar um edital específico para o Teatro de Rua;
(Erlon) – adverte para a necessidade de se definir o conceito de "arte pública" e de a RBTR buscar uma aproximação com outros setores ligados ao mesmo;
Seguem alguns trechos da fala de Amir Haddad, convidado da RBTR para o XI Encontro, que apenas nesse momento se manifesta verbalmente:
"Deste momento pode surgir o nosso futuro. Quando fomos para a rua, abandonamos um aparelho específico. Não se pode esquecer que há conteúdo ideológico na própria arquitetura! Há, ali, um modo de organizar o mundo, uma distribuição de lugares e valores que estão ali, embutidos. A burguesia tem controle sobre tudo isso e é preciso ter clareza sobre tudo isso. O que significa sair do prédio? É declarar-se 'contra' a ética protestante; e a ética protestante é que produziu o capital. Sair é não ser conivente com essa ética. O artista, ao ir para a rua, está modificando o mundo, mesmo sem pensar nisso. É um ato político, entender o que é o espaço público sem restrições! A burguesia estabelece os seus próprios padrões. [...] Recomendo a todos lerem O improviso de Versalhes, de Molière, e O teatro cômico, de Goldoni. O primeiro conta como os atores foram sendo gradualmente submetidos a 'novas' técnicas de representação, e o segundo apresenta a visão desse autor (Goldoni) sobre a suposta decadência da Commedia dell'Arte e sua proposta de um novo padrão, realista, de atuação no teatro" [...]
Amir compara, ainda, a RBTR a uma "peste": "Nós não somos deste mundo, somos outra realidade! Este mundo, doente, não precisa ser salvo, precisa é se deixar morrer, como já está morrendo [...] e nós, como um vírus, ajudamos a acelerar a morte desse mundo doente. [...] somos a 'ponta' da história, por isso precisamos saber da nossa importância, não deixar baixar a autoestima... Peito aberto, afeto escancarado! Que movimento é maior que este, no Brasil, hoje? Não devemos perder a liberdade a nenhum preço".
(Natália) – defende que é necessário também o trabalho de estudar, registrar, escrever, pois "se não fizermos, alguém fará isso por nós";
(Amir) – concorda, porém ressaltando que é preciso também tomar cuidado "para não criarmos amarras para nós mesmos, estabelecendo paradigmas que nos restrinjam"; como exemplo, narra o episódio envolvendo o Prefeito Eduardo Paes, do Rio de Janeiro, e a situação por que passa o processo de negociação entre os artistas de rua da cidade – hoje mobilizados sob a sua liderança - e a atual prefeitura, que propôs a criação de um edital para o setor;
Lenilda, da Cia Escarcéu (RN), faz a leitura de um texto sobre o "estado de calamidade pública" em que encontra atualmente a cultura, na cidade de Mossoró; dá um depoimento sobre o Auto da Liberdade - evento criado por Amir Haddad nos anos 90 – que foi, depois, totalmente distorcido pelos gestores públicos do município;
(Adailton) – propõe a elaboração de uma moção de apoio aos artistas de rua de Mossoró, a ser anexada à Carta de João Pessoa;
(Amir) – parabeniza o teatro da região nordeste pela resistência;
(Nonato) – fala sobre a "moda" dos editais no Rio Grande do Norte, e que lá existe uma "máfia" de grupos que, embora não sejam de rua, ganham todos os editais; e pergunta: "como podemos prevenir essa prática nefasta?"
(Amir) – chama a atenção para o "atrativo econômico" que representa hoje o Teatro de Rua e as artes de rua como um todo – fator que gera esse tipo de distorção e oportunismo;
(Marcos) – comenta que isso acontece hoje em todas as regiões do país, e propõe, como estratégia, indicar os "nossos" representantes nas comissões de seleção, uma vez que a RBTR dispõe de articuladores capacitados a exercerem essa função;
À tarde, tentou-se finalizar o primeiro ponto da pauta, pela definição da comissão que deverá ir a Brasília. Alguns pontos fundamentais acordados entre os articuladores:
- · A comissão que irá a Brasília para a audiência com a ministra Marta Suplicy será constituída apenas por articuladores presentes ao XI Encontro;
- · A RBTR deverá garantir a presença, na comissão, de um articulador de cada região;
- · A fim de viabilizar os custos de passagens dos articuladores, será realizado um "chapéu virtual";
- · Os articuladores indicados neste Encontro formarão um "núcleo" básico; articuladores não indicados poderão também ir - de acordo com o princípio de autonomia dos articuladores da RBTR - desde que assumam os seus custos de viagem;
- · Amir Haddad será o "convidado de honra" da RBTR a integrar a comissão, sendo suas despesas de viagem custeadas também pelo "chapéu virtual".
Os seguintes nomes foram indicados pelos presentes:
Região Sul: Rafael de Barros (PR) – Exército Contra Nada
Região Norte: Chicão Santos (RO) – O Imaginário
Região Nordeste: Vanéssia Gomes (CE) – Teatro de Caretas
Região Centro-Oeste: Walter Cedro (DF) – Mamulengo Sem Fronteiras
Região Sudeste: Marcos Pavanelli (SP) – Núcleo Pavanelli
A seguir, deu-se início à elaboração de uma listagem de pessoas que poderão ser indicadas oficialmente pela RBTR para integrarem comissões avaliadoras em editais de interesse para os articuladores. Os critérios adotados foram os seguintes:
- · Indicar profissionais (fazedores e pesquisadores) de reconhecida atuação e competência na área teatral, sobretudo no Teatro de Rua;
- · Indicar profissionais de teatro das diversas regiões do país;
- · Indicações direcionadas a editais específicos;
Os seguintes profissionais foram indicados nominalmente por articuladores presentes:
Região Sul: não teve indicações;
Região Sudeste: Jussara Trindade (Artes Cênicas na Rua); Mário Bolognesi (Prêmio Carequinha); Jade Percassi (Prêmio Mirim Muniz); Zeca Ligièro (Prêmio Mirim Muniz);
Região Centro-Oeste: não teve indicações;
Região Nordeste: Romualdo Freitas (Artes Cênicas na Rua);
Região Norte: Lenine Alencar (Prêmio Mirim Muniz); Nonato Tavares (Artes Cênicas na Rua); Fabiano (?)
Como nem todas as regiões e editais foram contemplados, a relação nominal de profissionais de teatro indicados pela RBTR permanece em aberto, a ser completada pelo fórum virtual da RBTR. Licko Turle assumiu a responsabilidade de organizar esta relação.
Em seguida, foi iniciada a discussão do terceiro ponto da pauta do XI Encontro - "Organização interna da RBTR" - iniciando-se pela questão dos GTs que, embora definida no Encontro Teresópolis, não teve o desenvolvimento esperado devido a controvérsias surgidas virtualmente, em momento posterior a essa decisão presencial.
(Adailton) – relata a sua tentativa infrutífera de criar a revista virtual da RBTR (atribuição do GT de Comunicação);
(Licko) – lamenta a polêmica lançada virtualmente sobre a criação da revista naquele momento, a qual acarretou a paralisação das atividades iniciadas; e alerta os articuladores para a necessidade de a Rede sustentar as decisões tomadas presencialmente nos Encontros, uma vez que este é um dos seus princípios básicos;
(Chicão) – propõe a elaboração de uma revista impressa, em papel jornal como alternativa de custos;
(Patrícia) – sugere novamente que a 1ª edição contemple o dossiê da RBTR a ser apresentado em Brasília, adotando textos de estrutura "livre" e não excessivamente formais;
(Romualdo) – propõe que a revista seja semestral;
(Jussara) – explicita o seu apoio a Adailton para a elaboração da revista;
(Adailton) – comenta sobre as questões objetivas que a produção de uma revista implica: custos com papel e tinta; distribuição; elaboração de conteúdo e outros;
(Fernando) – ressalta a necessidade de se definir previamente o projeto editorial da revista, ou seja, qual o formato da revista, que tipo de informação ela deverá conter (já que se trata de um instrumento de comunicação); sugere a formação de uma "comissão executiva", de responsabilidade prático-administrativa e, sobretudo, de um "conselho editorial", responsável por decisões de caráter geral (forma, quantidade de páginas, periodicidade, circulação, distribuição, teor do conteúdo dos textos – mais "acadêmico" ou mais "vivencial", com relatos de experiência, etc);
(Natália) – propõe que um articulador de cada região componha o Conselho Editorial;
(Osvanilton) – sugere que a revista inclua, além de reflexões conceituais (sobre Arte Pública etc), uma seção com o mapeamento dos grupos teatrais de cada região, a ser constantemente atualizado;
(Marcelo) – pergunta se a logomarca da RBTR, criada com urgência para poder ser colocada a tempo no banner do XI Encontro está aprovada pelos articuladores, e os presentes a aprovam;
(Romualdo) – sugere que a RBTR participe de um edital que apoie um possível financiamento para a produção da revista;
(Adailton) – propõe que o Conselho Editorial da revista seja formado por indicação, e que outros articuladores possam participar do processo, como colaboradores e moderadores;
Foram indicados, pelos presentes, os seguintes articuladores para comporem o Conselho Editorial: Adailton Alves (SP), Jussara Trindade (RJ), Licko Turle (RJ), Fernando Kinas (SP) e Patrícia Caetano (PE).
(Marcos) – comenta que os GTs não são "fechados" e qualquer articulador pode participar daquele que desejar;
(Vanéssia) – faz a leitura da definição dos GTs, a qual consta na Carta de Santos;
A seguir, são apresentadas as propostas para os próximos Encontros da RBTR, em 2013, pelos articuladores Dani Merini (AC) em agosto, e Walter Cedro (DF), que confirmará a possibilidade de realização em fevereiro.
Quarto dia: 16/09
Pela manhã, Amir Haddad falou aos presentes sobre o movimento que os artistas de rua do Rio de Janeiro vêm realizando desde o veto do Prefeito Eduardo Paes à "Lei Reimont", dentre outras questões ligadas ao conceito de Arte Pública.
À tarde, Licko direcionou a discussão para o último ponto da pauta: o apoio da RBTR ao Congresso Brasileiro de Teatro e as questões relacionadas ao Teatro de Rua nos festivais de teatro do país; verificou-se ser de consenso geral entre os articuladores presentes, a não participação da RBTR nesse evento;
(Licko) – relembra, ainda, pontos importantes da dinâmica dos grandes festivais de teatro do país, sobretudo o da obrigatoriedade de incluir o Teatro de Rua nas programações desses festivais, como condição para receberem verba da Funarte, fato este desconhecido por grande parte dos articuladores presentes;
(Natália) – chama a atenção para a discrepância entre cachês dos espetáculos, estabelecidos nos regulamentos desses festivais (sendo o de Teatro de Rua, sempre menor que o de sala, sem uma justificativa plausível);
(Romualdo) – sugere ampliar a referência a espetáculos de "Teatro de Rua" para "Arte Pública", nesses regulamentos;
(Kuka) – ressalta a importância de a RBTR apoiar a criação de festivais de Teatro de Rua nas diversas regiões do país;
O debate prosseguiu com comentários esparsos; porém a exiguidade de tempo não permitiu o desenvolvimento de todas as questões desse ponto e nem foram definidas ações específicas da RBTR nesse sentido.
No final da tarde, os relatores do XI Encontro (Jussara Trindade, Osvaldo Pinheiro, Romualdo Freitas e Natália Siufi) e os colaboradores Adailton Alves, Patrícia Caetano, Licko Turle, Kuka Matos e Vanéssia Gomes se reuniram, para a elaboração do esboço da Carta de João Pessoa.
À noite, após um inesquecível passeio até o Farol do Cabo Branco e à Estação Cabo Branco de Ciências, Cultura e Artes Oscar Niemeyer, as atividades encerraram na Feirinha de Artesanato de Tambaú, com a bela apresentação de Os ciganos pela Cia Escarcéu de Teatro (RN), e uma contagiante demonstração de Cavalo Marinho pelos brincantes do Quem tem Boca...
No retorno à sede do grupo anfitrião, os articuladores presentes ainda fizeram uma leitura e revisão coletiva da Carta de João Pessoa; decidiu-se iniciar a mesma com uma epígrafe, construída a partir da carta-denúncia de Juliano Espinhos, e anexar moções de apoio da RBTR a grupos teatrais de rua em seus enfrentamentos locais.
Parte dos articuladores se despediu no início da noite, após uma confraternização geral entre músicas e abraços.
Evoé!
Rio de Janeiro, 01 de outubro de 2012
Um comentário:
Atenção grupos de teatro de rua do mundo todo. Isso mesmo do MUNDO todo pois já recebemos inscrições de Moçambique, Portugal e Equador.
Faltam 30 dias para o encerramento das inscrições deste grande festival.
Ajudem compartilhar e inscreva o seu grupo ou companhia.Venham conhecer o VALE DO JEQUITINHONHA e nossa ARAÇUAÍ. Essa terra onde tem arte e cultura por toda parte.
Compartilhem e marquem seus amigos que trabalham com teatro.
Em outubro o TEATRO TÁ NA RUA.
http://ciadeteatroicaros.wix.com/portfolio#!regulamento-ii-festa/c1ej2
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