O Guarda Miranda tava lá
Praça Tiradentes, primeiro dia do grupo Tá Na Rua dentro do I Festival carioca de Arte Pública, quinta feira dia 16 de janeiro, iniciando sua curadoria no local. Chegamos com o material para enfeitar e preparar a praça. Quando íamos começar a descarregar, dois guardas municipais se aproximaram e disseram que não poderíamos fazer nada sem o documento da subprefeitura da regional centro autorizando informando sobre o evento. Conversamos que só no dia anterior tínhamos tido uma reunião com o subprefeito, que ficou entusiasmado com o projeto, que era parceria com a prefeitura etc. Nada. Telefonamos para a subprefeitura, eles telefonaram para o comandante responsável pela guarda do centro, o tempo passando, carro parado esperando descarregar as bandeiras, som, água...
Eis que surge um guarda municipal baixinho, bigodinho bem aparado. Era o Miranda. Se aproximando ele pergunta: "O que está acontecendo?"
"- Esse pessoal alega que vai começar um evento hoje aqui na praça, só que não temos nenhuma informação por parte da subprefeitura." – respondeu um dos guardas.
Ai o Miranda perguntou: "- É o grupo daquele senhor, o seu Haddad?"
Confirmamos que sim, era o Tá Na Rua, dirigido pelo Amir Haddad.
"- Pode liberar. Eles são mais do que conhecidos. Sou fã do seu Haddad. Fico feliz quando eles tão na praça. Ele não precisa de autorização nenhuma para fazer o trabalho dele. A banda da guarda já até tocou com eles na Cinelândia. Que mais autorização do que essa?"
Descarregamos nosso material e fizemos nosso trabalho.
Grande Miranda.
João Herculano
2 comentários:
Precisamos de mais, mas muito mesmo, "Mirandas"...
É trágico e cômico ao mesmo tempo, triste depender do Miranda ao mesmo tempo é maravilhoso ver a relação que foi criada com um trabalhador/público.
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