GRITAMOS!!!!!!!! Estamos aqui!!! Carregados, fartos, incontroláveis, tomados por ações e palavras que possuem desejo de LIBERDADE, palavras que precisam assumir a função de manifesto, se tornando um documento que registra para cobrar. Pegar o silêncio e fazê-lo gritar! Gritamos, contra a VIOLÊNCIA e pela LIBERDADE, e ao fazermos, percebemos que somos vários grupos com diferentes maneiras de vivenciar a cidade: Indígenas, Artistas, Trabalhadores, Crianças, Jovens, Cidadãs, Cidadãos... todos, por questões comuns, rechaçam veementemente as inaceitáveis ações repressivas de instituições como a polícia, e as gestões incompetentes e fundamentalistas dos representantes políticos. Bem diferente do que fora assegurado pela Constituição Brasileira.
TODOS sentem os efeitos da profunda crise política que está mergulhada a sociedade brasileira, e nas diferentes partes do país ela se expressa com singularidades, em Campo Grande, capital do Estado do Mato Grosso do Sul, além do total abandono do poder público com as políticas voltadas para artes e práticas culturais, com destaque para a corrupção que desviou recursos garantidos em Lei : 1% prá Cultura, Plano Municipal de Cultura, Sistema Municipal de Cultura, FMIC e FomTeatro , também acumulamos problemas na saúde, educação, habitação, mobilidade urbana. No entanto, as ações de questionamento, participação democrática na gestão pública e resistência aos descasos e desmandos, vêm sendo covardemente reprimidas, sobretudo, pelas investidas policiais e da guarda municipal, que se prestam, mais do que nunca, a função de braço armado do poder constituído.
CONTRA as negligências políticas do poder público e as repressões policiais enfrentadas por artistas e culturas que fazem da cidade seu espaço de expressão, é que diferentes coletivos de artes, artistas e cidadãos, se agruparam para se conhecerem, discutirem, analisarem os problemas e proporem estratégias de resistência ao quadro que nunca foi tão desfavorável.
A VIOLÊNCIA praticada pelo Estado seja pela repressão ou corrupção, precisam ser temáticas debatidas e combatidas na sociedade, nessa direção o movimento nacional de “Tomada do Brasil pela Arte Pública”, que será realizado no dia 27 de Junho em todo país, lembrará a atriz e palhaça Lua Barbosa, que foi assassinada pela violência policial na cidade de Presidente Prudente (27/07/2014). Evento que em Campo Grande, também gerará ações, protestos e ocupações dos espaços públicos pela arte e cultura, significa “tomar a cidade”, seus espaços, territórios, lugares livres, para debatermos e construirmos a cidade que queremos, com menos repressão e desonestidade, mais criativamente e liberdade.
DE forma ampla e coletiva o direito à cidade possibilita refletir e reinventar a cidade que desejamos. A Arte pública salva da neurose e da manipulação, da burrice e da falta de opção!
ESTADO, ESTADO, ESTADO! Este Estado de coisas não se perpetuará! Não nos calam nem nos prendem, nem a morte pode nos deter, a arte e a cultura são sempre, incontroláveis, necessitam de liberdade para se manifestar. No abandono e no descaso, arte e cultura são acolhedoras; mesmo cerceada por grades e câmeras, elas mostram a imensidão livre do céu para reinventar homens como pássaros; Quando arte e cultura foram atacadas e o corpo do artista foi assassinado, um dia inteiro foi inventado para lembrarmos Lua, que passou magicamente, não sem antes, deixar milhares de vozes se levantando e gritando aqui estamos. Lua Barbosa vive!!!
Rede Brasileira de Teatro de Rua, Teatro Imaginário Maracangalha, Grupo Camuanga de Angola - Mestre Pequeno, Coletivo VDL - Nova Lima, Coletivo La Firma - Nova Lima, Coletivo Terra Vermelha, Rede Unida, Teatral Grupo de Risco, Escola de Curimba, Flor& Espinho Teatro, Circo do Mato, DançaUrbana, SOS Cultura e quem mais for chegando..........assine......
Campo Grande,26 de junho de 2015.
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