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quinta-feira, 28 de abril de 2011

CARTA PÚBLICA DE APOIO AOS GRUPOS UNIÃO E OLHO VIVO E VENTOFORTE


CARTA PÚBLICA DE APOIO
AOS GRUPOS UNIÃO E OLHO VIVO E VENTOFORTE
PELA AMPLIAÇÃO DA LEI DE FOMENTO
AO TEATRO PARA A CIDADE DE S. PAULO
  
A Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de S. Paulo é uma conquista histórica dos artistas de teatro da cidade. Ao priorizar processos culturais de longo prazo e não produtos, ela surgiu na contramão de uma política de eventos culturais destinados ao consumo. O fundamento primeiro da Lei, assim, desde sua origem, é possibilitar a existência de trabalhos continuados de arte, sem que esteja em jogo nada além da qualidade e seriedade do projeto – em sua busca estética de se relacionar vivamente com a sociedade.
Diante disso, causa espanto que nos últimos anos, as diversas comissões que lidam com a tarefa de julgar projetos inscritos na Lei de Fomento tenham se deixado envolver em debates estranhos aos princípios legais, a ponto de justificarem suas eleições em público com critérios como: "não se pode premiar sempre os mesmos", "tal grupo não previu montagem, queria somente pesquisar", "determinado grupo já tem outra fonte de renda" etc. Ora o que importa, para a Lei de Fomento, não é o desejo vagamente populista de uma comissão, mas a importância objetiva das pesquisas descritas nos projetos – coisa que só pode ser medida pela qualidade de sua formulação e pela história de trabalho do grupo proponente.
Sendo assim, é incompreensível que grupos de importância histórica como o Teatro União e Olho Vivo e o Vento Forte, tenham sido preteridos pela comissão da última edição da Lei de Fomento (2011). É mais do que aceitável que uma comissão reconheça potenciais de jovens artistas apenas pela excelência de um projeto lançado no papel. A Lei está aí para contribuir com todo trabalho sério de teatro de grupo e ficaria muito difícil avaliar se este ou aquele projeto se refere mesmo a uma pesquisa coletivizada. Mas é fundamental que a história de realizações de grupos com mais de três décadas de atuação pública seja levada em conta quando se trata de estimular ações de longo prazo, na contramão da de scartabilidade do mercado de artes.
Para que tais equívocos não ocorram mais é necessária uma imediata defesa dos fundamentos de uma Lei que precisa ser ampliada.
            A modificação do sistema de prestação de contas original, que contraria a auto-regulamentação da Lei, foi o primeiro passo dado no sentido de sua destruição. Se não houver um esforço coletivo em torno de seu fortalecimento, ela em breve será aniquilada. Só seu crescimento fará com que sobreviva. É preciso criar categorias diferentes segundo a história de atuação dos grupos, de modo a que o trabalho de diferentes gerações coexista. Não é aceitável que as opiniões de alguns jurados se voltem contra o sentido geral de uma Lei que vive ameaçada justamente pelo fato de ser excepcional. 

ASSINAM ESTE DOCUMENTO OS GRUPOS:

1 - Brava Companhia
2 - Companhia Antropofágica
3 - Companhia do Latão
4 - Companhia Estável de Teatro
5 - Companhia Estudo de Cena
6 - Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes
7 - Casa da Comédia  - José Renato 
8 -Buraco d`Oráculo - Adailton Alves
9 - Grupo Tá na Rua - Amir Haddad (Rio de Janeiro)
10 - Engenho Teatral – Moreira
11 - ACALeO - Ação Cultural Afro Organizada.
12 - Cia do Tijolo
13 - Cia São Jorge de Variedades
14 - Arte Ciência no Palco - Carlos Palma
15 - Teatro da Gioconda - Milton Morales Filho
16 - As Meninas do Conto
17 - Cia Corpos Insanos
18 - Grupo XIX de Teatro
19 - TEATRO DE ROCOKÓZ - Carlos e Ciléia Biaggioli
20 - Cia Teatro Documentário
21 - Folias D'Arte
22 - Núcleo Artístico Vera Sala - Paulo Henrique Alves
23 - NPC-ARTES – Núcleo de Pequisa em  Cultura e Arte
24 - Cia Ocamorana de Teatro
25 - Núcleo Bartolomeu de Depoimentos
26 - Teatro da Gioconda
27 - Cia. Corpos Nômades
28 - Cia TRUKS
29 - Companhia dos Inventivos
30 - Teatro Silva
31 - FRATERNAL COMPANHIA DE ARTE E MALAS-ARTES - EDNALDO FREIRE
32 - Cia Livre
33 - Escola Livre de Teatro de Santo André / ELT
34 - Algazarra Teatral - Edson Caeiro
35 - [PH2]: estado de teatro
36 - Cia da Revista - Kleber Montanheiro
37 - Grupo Teatro de Caretas - Fortaleza-CE.  
38 - TEATRO DE NARRADORES
39 - Cia. lambe-lambe de teatro e afins
40 - Núcleo Pavanelli de Teatro de Rua e Circo - SP
41 - Cia Luis Louis.
42 - Andaime Teatro Unimep – Piracicaba
43 - Grupo Sensus
44 - Cia Tan-Tan de Teatro
45 - Cia Artesãos do Corpo - Mirtes Calheiros
46 - Cia Teatro X - Paulo Fabiano
47 - Coletivo Religare e o projeto Vivências com Arte

Individualmente:

49 - Alexandre Mate
50 - Ingrid Koudela
51 - Gabriela Rabelo
52 - Solange Borelli (Dança)
53 - Edgar Castro
54 - Edson Costa Nunes - Presidente da Corja Filmes
55 - Jade Percassi.
56 - Antonio Chapéu - Coordenador Setor de Teatro - Piracicaba
57 - Majó Sesan.
58 - Lilian de Lima
59 - Vinicius Moreira - Ator e Coordenador do Projeto Vivências com Arte (Instituto Religare)
60 - Alexandre Kavanji
61 - Clara Coelho 

Um comentário:

Trupe Olho da Rua disse...

Olá Adailton onde podemos assinar a carta?

abraços
Caio