Qual é mesmo a da Marcha da Liberdade?
Os supostos formadores de opinião transitam entre o desdém, a descrença, o jocoso e a incredulidade. Rotular é uma forma de desqualificar a nossa ação. O estigma – estratégia tão utilizada pelos interessados em manter o status quo – torna qualquer ação alvo fácil ao obscurantismo, à desinformação e à perpetuação de uma lógica excludente.
A quem interessa o rótulo, então?
Entendemos que há sempre o temor pelo que desconhecemos. Principalmente quando não cabe nas caixinhas compartimentadas e talhadas por anos e anos de obediência servil.
Com efeito, entendemos aqueles que não nos entendem. Afinal é de causar estranheza um movimento radicalmente horizontal, sem líderes, onde não há hierarquia e que fala de política e de amor com a mesma facilidade, posto que vivenciamos ambos.
Lançamos questionamentos. Não temos a prepotência da verdade absoluta. Estamos muito longe disso. Passamos a bola, abrimos o diálogo público. Expomos nossas opiniões, mas exigimos direitos de todos.
Se você se indigna, você somos nós.
Sabemos muito bem o que queremos. E queremos até o que ainda nem sabemos. Mas sabemos bem mais do que não queremos e o que nos indigna. Por isso nos manifestamos. A Marcha é a indignação em movimento. É ato.
São os que usam a internet como maior fonte de informação e defendem o conhecimento livre, a universalização da banda larga. O direito à comunicação e à informação. Estamos em plena guerra de comunicação e já escolhemos nosso lado.
São livres para pensar. Não se deixam aprisionar pela mídia tradicional. São receptores, produtores e difusores de conteúdo. O papel de espectador é uma roupa que não cabe mais. São brancos, pretos, índigenas, pobres, ricos, mulheres, homens, trans, heterossexuais, gays, maconheiros, caretas, religiosos, agnósticos, ateus, vindos de todos os lados da cidade, de diversas idades, cores e etnias.
Estamos abertos ao diálogo amplo. Queremos não mais ficar calados diante de tantas mazelas sociais e políticas. A dor do outro é a nossa dor, uma incapacidade de distribuirmos nossos potenciais, riquezas e proteção.
Liberdade para nós é o maior ideal humano, cujo espelho é o outro. Liberdade é a soma do eu, do tu e do nós. A liberdade é uma felicidade coletiva.
A Marcha é um caleidoscópio, uma intervenção na cidade. É festa da diversidade política-cultural-filosófica-lúdica-afirmativa e amorosa. Vamos ocupar nossa cidade. Sentirmo-nos parte dela. Irmanarmo-nos.
Não temos vergonha de falar de política. O destino do nosso país nos interessa.
E teremos grandes pautas pela frente. Precisamos de uma reforma ampla, e irrestrita da mudança da cultura política brasileira, cuja representatividade política morreu de inanição da credibilidade e legitimidade.
Defendemos banda larga para todos, veto à reforma do código florestal e a transparência pública. A aprovação da PEC 122, 10% do PIB para a Educação; o fim da criminalização da pobreza e do racismo; queremos que o direito à moradia digna das pessoas atingidas por obras da Copa valha mais do que o evento em si; queremos ciclovias, queremos mobilidade humana; queremos que as mulheres tenham o direito de decidir o que fazer com seu corpo, queremos o fim do machismo, da homofobia, da descriminação por cor e religião. E respeitamos profundamente a religião, mas queremos o estado laico. Queremos 1% para a cultura. Queremos não fazer de nossas manifestações artísticas um mero produto do capitalismo. Queremos o direito à saúde, e o direito de poder escolher nossos alimentos. Que o fruto do nosso trabalho, a verba pública, alimentem o bem comum e não o Mercado…
Queremos justiça para os que tombaram em defesa da natureza, da nossa terra e das futuras gerações.
Queremos liberdade de escolha e participação. Queremos democracia. Queremos paz.
Queremos dignidade. É por isso que marchamos.
Muitos já devem ter feito essa pergunta, certamente. Antes de tentar responder, cabe uma breve consideração sobre rótulos.
Os supostos formadores de opinião transitam entre o desdém, a descrença, o jocoso e a incredulidade. Rotular é uma forma de desqualificar a nossa ação. O estigma – estratégia tão utilizada pelos interessados em manter o status quo – torna qualquer ação alvo fácil ao obscurantismo, à desinformação e à perpetuação de uma lógica excludente.
A quem interessa o rótulo, então?
Entendemos que há sempre o temor pelo que desconhecemos. Principalmente quando não cabe nas caixinhas compartimentadas e talhadas por anos e anos de obediência servil.
Com efeito, entendemos aqueles que não nos entendem. Afinal é de causar estranheza um movimento radicalmente horizontal, sem líderes, onde não há hierarquia e que fala de política e de amor com a mesma facilidade, posto que vivenciamos ambos.
Lançamos questionamentos. Não temos a prepotência da verdade absoluta. Estamos muito longe disso. Passamos a bola, abrimos o diálogo público. Expomos nossas opiniões, mas exigimos direitos de todos.
Se você se indigna, você somos nós.
Sabemos muito bem o que queremos. E queremos até o que ainda nem sabemos. Mas sabemos bem mais do que não queremos e o que nos indigna. Por isso nos manifestamos. A Marcha é a indignação em movimento. É ato.
O que tem em comum esses indignados que não se resignam?
São os que usam a internet como maior fonte de informação e defendem o conhecimento livre, a universalização da banda larga. O direito à comunicação e à informação. Estamos em plena guerra de comunicação e já escolhemos nosso lado.
São livres para pensar. Não se deixam aprisionar pela mídia tradicional. São receptores, produtores e difusores de conteúdo. O papel de espectador é uma roupa que não cabe mais. São brancos, pretos, índigenas, pobres, ricos, mulheres, homens, trans, heterossexuais, gays, maconheiros, caretas, religiosos, agnósticos, ateus, vindos de todos os lados da cidade, de diversas idades, cores e etnias.
Estamos abertos ao diálogo amplo. Queremos não mais ficar calados diante de tantas mazelas sociais e políticas. A dor do outro é a nossa dor, uma incapacidade de distribuirmos nossos potenciais, riquezas e proteção.
Liberdade para nós é o maior ideal humano, cujo espelho é o outro. Liberdade é a soma do eu, do tu e do nós. A liberdade é uma felicidade coletiva.
A Marcha é um caleidoscópio, uma intervenção na cidade. É festa da diversidade política-cultural-filosófica-lúdica-afirmativa e amorosa. Vamos ocupar nossa cidade. Sentirmo-nos parte dela. Irmanarmo-nos.
Não temos vergonha de falar de política. O destino do nosso país nos interessa.
E teremos grandes pautas pela frente. Precisamos de uma reforma ampla, e irrestrita da mudança da cultura política brasileira, cuja representatividade política morreu de inanição da credibilidade e legitimidade.
Defendemos banda larga para todos, veto à reforma do código florestal e a transparência pública. A aprovação da PEC 122, 10% do PIB para a Educação; o fim da criminalização da pobreza e do racismo; queremos que o direito à moradia digna das pessoas atingidas por obras da Copa valha mais do que o evento em si; queremos ciclovias, queremos mobilidade humana; queremos que as mulheres tenham o direito de decidir o que fazer com seu corpo, queremos o fim do machismo, da homofobia, da descriminação por cor e religião. E respeitamos profundamente a religião, mas queremos o estado laico. Queremos 1% para a cultura. Queremos não fazer de nossas manifestações artísticas um mero produto do capitalismo. Queremos o direito à saúde, e o direito de poder escolher nossos alimentos. Que o fruto do nosso trabalho, a verba pública, alimentem o bem comum e não o Mercado…
Queremos justiça para os que tombaram em defesa da natureza, da nossa terra e das futuras gerações.
Queremos liberdade de escolha e participação. Queremos democracia. Queremos paz.
Queremos liberdade de ser. Queremos uma vida digna.
Queremos dignidade. É por isso que marchamos.
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