Na sua 5ª edição, o CAPTTAÇÃO - Mostra Livre de Teatro de Rua atraiu cerca de três mil pessoas para o anfiteatro da Praça Chico Noé localizada no bairro do Laguinho, as noites de 23 e 24 de julho entraram para a história do teatro amapaense.
Com mais de 30 anos de existência o anfiteatro adotado pelo CAPTTAÇÃO, enfrentou o abando do poder público que se revelou na sua tomada pelo lixo, arbustos e inundação pela obstrução dos canais de escoamento das águas pluviais, neste contexto o Coletivo de Artistas, Produtores e Técnicos em Teatro do Estado do Amapá – CAPTTA revitalizou o logradouro ocioso para proporcionar atividades culturais com garantia de acessibilidade à comunidade.
A ação cultural coordenada pelos grupos e companhias de teatro filiados ao Coletivo, também é apoiada por artistas de outras regiões brasileira, nesta edição, a Mostra teve apresentações da Cia Circunstância (MG) que trouxe para o Amapá o espetáculo "De Mala às artes" ganhador do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz em 2012.
Além da Companhia mineira, participaram das apresentações os espetáculos "A Língua Solta do Palhaço Joca", "João Cheroso e João do Céu Vendendo Cordel" (Grupo Eureca), "Uma Trupe de Três (Trupe de Três), "Palhaço Pato e Laranjinha – Pintando o Sete" (Trupe do Pato), "Um Sonho de Clown" (Os Paspalhões), "Rimancete" (Dan Alves e Helen Silva) e demonstrações de Artes Circenses com alunos da Corda Bamba na Linha do Equador (Cia. Cangapé), projeto que recebeu o Prêmio Funarte Petrobras Carequinha de Estímulo ao Circo em 2011 e 2012 para atender 200 crianças e adolescentes em vulnerabilidade social no bairro do Araxá, Aturiá e adjacências.
Segundo o ator Dan Alves, "as caixas cênicas estão fechadas para uma minoria, cheias de normas que impossibilitam a presença de um verdadeiro público que necessita se alimentar de arte. Sempre foi assim, e sempre será. A rua por sua vez é o espaço mais democrático que existe para os artistas, mas também é o lugar menos lembrado. Ações como essa são a agulha no palheiro, mas é a forma de cutucar quem ainda está na sua poltrona indeciso."
Assim, o teatro de rua rompe as barreiras da arte pela arte, transpassa as paredes da caixa cênica, invade ruas, praças, feiras ou outro lugar qualquer onde tenha alguém interessado em ouvir nossas mensagens, e se apresenta como veículo de comunicação, diferente dos convencionais, pois para ter acesso ao mesmo não precisa de dinheiro, basta querer. A arte está a serviço da vida, pois assim como Boal, os artistas amapaenses acreditam que por meio do teatro é possível ensaiar para realidades futuras. Em Agosto, a 6ª Mostra acontecerá nas cidades de Macapá e Santana.
Paulo Rocha
Com mais de 30 anos de existência o anfiteatro adotado pelo CAPTTAÇÃO, enfrentou o abando do poder público que se revelou na sua tomada pelo lixo, arbustos e inundação pela obstrução dos canais de escoamento das águas pluviais, neste contexto o Coletivo de Artistas, Produtores e Técnicos em Teatro do Estado do Amapá – CAPTTA revitalizou o logradouro ocioso para proporcionar atividades culturais com garantia de acessibilidade à comunidade.
A ação cultural coordenada pelos grupos e companhias de teatro filiados ao Coletivo, também é apoiada por artistas de outras regiões brasileira, nesta edição, a Mostra teve apresentações da Cia Circunstância (MG) que trouxe para o Amapá o espetáculo "De Mala às artes" ganhador do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz em 2012.
Além da Companhia mineira, participaram das apresentações os espetáculos "A Língua Solta do Palhaço Joca", "João Cheroso e João do Céu Vendendo Cordel" (Grupo Eureca), "Uma Trupe de Três (Trupe de Três), "Palhaço Pato e Laranjinha – Pintando o Sete" (Trupe do Pato), "Um Sonho de Clown" (Os Paspalhões), "Rimancete" (Dan Alves e Helen Silva) e demonstrações de Artes Circenses com alunos da Corda Bamba na Linha do Equador (Cia. Cangapé), projeto que recebeu o Prêmio Funarte Petrobras Carequinha de Estímulo ao Circo em 2011 e 2012 para atender 200 crianças e adolescentes em vulnerabilidade social no bairro do Araxá, Aturiá e adjacências.
Segundo o ator Dan Alves, "as caixas cênicas estão fechadas para uma minoria, cheias de normas que impossibilitam a presença de um verdadeiro público que necessita se alimentar de arte. Sempre foi assim, e sempre será. A rua por sua vez é o espaço mais democrático que existe para os artistas, mas também é o lugar menos lembrado. Ações como essa são a agulha no palheiro, mas é a forma de cutucar quem ainda está na sua poltrona indeciso."
Assim, o teatro de rua rompe as barreiras da arte pela arte, transpassa as paredes da caixa cênica, invade ruas, praças, feiras ou outro lugar qualquer onde tenha alguém interessado em ouvir nossas mensagens, e se apresenta como veículo de comunicação, diferente dos convencionais, pois para ter acesso ao mesmo não precisa de dinheiro, basta querer. A arte está a serviço da vida, pois assim como Boal, os artistas amapaenses acreditam que por meio do teatro é possível ensaiar para realidades futuras. Em Agosto, a 6ª Mostra acontecerá nas cidades de Macapá e Santana.
Paulo Rocha
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