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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Amazônia em Cena na Rua - louco de especial

Buenos dias colegas.
 
Ainda não havia conseguido um tempinho para deixar aqui meu relato com relação ao 6º Amazônia Em Cena na Rua, organizado e produzido pelo O Imaginário na cidade de Porto Velho em Rondônia.
 
Nesses anos de batalha, o grande boto rosa, Chicão Santos transformou esse encontro de rua, de frente para o rio na Arena Madeira Mamoré, em um dos melhores festivais do Brasil. Foi muito bom estar junto dessa grande brincadeira.
 
A boa recepção e gentileza dispensam comentários.
 
O Tapiri, sede do grupo, está "o luxo do gaúcho".
 
Até frio fez este ano. Pode? Frio em Porto Velho! A minha ingnorância nunca imaginou. Neste dia, terça 23 de julho, fazíamos a última apresentação do dia. Algo em torno de 22h local. O público resistente, corajoso. Estava em torno de 9°C. O povo vestido de chinelo, bermuda, camiseta, vestido. Normal. Porto Velho, né? Casaco pra que? Começa a "chuviscar" mais forte, pois de quando em vez cai uns pingos. Nós prontos e vendo o público ainda resistente. Chega a nossa vez. Nesse momento, uma parte esta indo embora, congelada e outro grupo de pessoas vem pedir para que a gente fizesse outro dia, que transferisse...estavam com muito frio...Pertinentemente acabamos apresentando na quinta com temperatura normal de 30°C à noite.
 
Queria falar também dos espetáculos. Uns consegui assistir completos, outros pelas metades, pelos lados. Minhas sinceras desculpas aos colegas prejudicados, mas a responsabilidade é toda do Chicão. Não dá. O cara põem a gente pra trabalhar o tempo todo. Não dá pra tomar um um açaí, comer um peixinho frito, um banho de rio, uma cachacinha...Sacanagem pura. Enfim... voltando aos espetáculos, as vacas magras, para nós da Oigalê foi um encontro incrível. Um momento intenso de aprendizagem constante. Assistindo, conversando, reencontrando. Foi uma grata surpresa reencontrar Alexandre do "Circo Mínimo" de SP, os "Nativos" de Sorocaba/SP e os conterrâneos, índio veio Márcio, do "Manjericão". Conhecer e admirar "Maria Cutia" de BH, Leo e as "Madalenas" do PA, "Timbanaré" de MT, Zé do "Celeiro das Antas" do DF  e os sempre parceiros "Pavanelli" e a "cambada de bagaceiros" de SP capital.
 
Foi uma semana de muita qualidade e de uma confimação absoluta: O povo de Porto Velho adora teatro de rua. Difícil de explicar pra quem não conhece, mas é uma grande arena, ao estilo grego, com uma característica singular de uma região na "roda" onde se obtém uma melhor projeção da voz. A visão do ator é incrível. Na apresentação de "O Baile dos Anastácio", a roda foi fantástica. Pra quem quiser acessar o link (https://www.dropbox.com/sh/8v5m8mf39isfb0o/B4xyF4VKGl), tem algumas fotos realizadas pelos colegas da Maria Cutia. A polícia militar fala em 3000 pessoas, a imprensa fala em 5000 e a organização em 7000 pessoas. A verdade é que são muitas pessoas assistindo com a família, amigos, parentes, namorados. A sociedade já reconhece e se organiza para vir a Arena. Os ambulantes já sabem e já se organizam no entorno. A verdadeira economia da cultura. Pipoca, churros, banana verde frita... Uma grande arena, de frente para o Rio e para uma comunidade de pescadores que também tivemos o prazer de conhecer e conviver rapidamente.
 
Foi um encontro impar, especial. Louco de especial!!!
 
Saudações,
Giancarlo Carlomagno
Oigalê

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