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domingo, 21 de junho de 2009

I Encontro do Movimento de Teatro de Rua do Ceará

Caros,
Estou chegando de Arneiroz, no sertão dos Inhamuns, Ceará, onde fiquei de 11 a 13 de junho por ocasião do I Encontro do Movimento de Teatro de Rua do Ceará, uma iniciativa dos grupos e compahias de teatro do estado. Este evento ocorreu dentro do IV Festival dos Inhamuns – Circo, Bonecos e Artes de Rua que se espalhava pelas cidades de Tauá, Parambu, Quiterianópolis e Aiuaba. Tentarei descrever para vocês as minhas sensações e reflexões desta experiência com os companheiros e me convidaram a participar.
Saí do Rio de Janeiro às 21:50h do dia 10/06 e cheguei em Fortaleza, às 00:50h do dia 11/06. Fui para o hotel Abrolhos dormir um pouco e às 05:30h, saímos para o sertão dos Inhamuns. O motorista Maurício avisou que a estrada estava ruim, por causa das chuvas. Que um açude havia arrebentado e levado parte da BR-020, que liga o litoral ao sul do estado... por isto ele teria que fazer outro caminho e aumentar o tempo em duas ou três horas. Eu não havia jantado no dia anterior e estávamos saindo antes do café-da-manhã do hotel... Falei isto para ele e para os meus outros dois companheiros de viagem: Pedro Domingues e Alexandra Costa.
Maurício disse: “- Vamos parar no trevo! Lá tomamos café!”
Chegamos ao trevo, às 06:00h. Paramos num posto de gasolina que estava lotado. Fomos para a lanchonete e fizemos o primeiro contato com o nordeste: caldo de carne, carne-de-sol, batata-doce, cuzcuz... me fartei! Fomos para a estrada! As cidades se apresentavam para nós com toda a sua beleza de casarios coloridos de telhados cansados em meia-água. Quixadá me encanta com seu cenário rochoso cinematográfico; Quixeramobim, terra de Antonio Conselheiro, lugar onde o Zé Celso apresentou Os Sertões, Pedra Branca de serra verde, estrada pintada de carcarás, coiotes apressados e jumentos ingênuos e lindos. Os buracos não me deixavam dormir por isto eu via toda a beleza do nordeste molhado, verde, olhos d’água.
Chegamos à Tauá, às 12:06h. Ali o Festival também acontecia e o Pedro e a Alexandra (soube na viagem que eram do MinC) iriam participar de uma mesa sobre territórios da cidadania. Almoçamos em Tauá, na pousada Silvestre. O Luis Carlos Vasconcelos estava sentado à mesa almoçando - primeiro rosto conhecido – ele disse que estava ministrando uma Oficina de Produção de Texto (dramaturgia do palhaço) de 5 dias e iria se apresentar naquela noite, às 20h com o espetáculo “Silêncio total – Vem chegando um Palhaço”. Conheci o Fábio (um dos produtores) que nos orientou sobre o encontro e, depois comemos feijão de corda, farofa, macarrão, carne-de-sol... Deixamos os dois (Pedro e Alexandra) no salão paroquial de Tauá, e seguimos para Arneiróz, que ficava a 47km de distância.
Na estrada, carcará, açude, jumento, olho d’água, serra verde...
Às 15h, entramos em Arneiróz, vila com duas ruas maiores e três transversais menores. Levaram-me para o “hotel” do Seu Nery e da Dona Inês. Um lugar simples, com uma cozinha grande que você tinha que atravessar para chegar aos quartinhos. Carne pendurada ao sol, panelas reluzindo, rádio ligado dando as notícias da capital. Cheguei ao quarto e, antes mesmo de tirar os sapatos, montei o meu ‘laptop’ e enfiei o modem da internet... nada! Peguei o celular para ligar para casa e avisar que cheguei bem... nada! Comecei a suar frio... abri a porta e perguntei para Dona Inês: “ – Aqui pega celular?, internet?” Ela me respondeu com uma calma carinhosa, enquanto continuava o seu crochê, sentada na calçada da pousada: “ - Não, meu filho... se precisar ligar, tem um orelhão aqui do lado e uma internet à radio, que às vezes cai, ali na frente, ó!” “- E banco, tem BB, Itaú, Caixa? “ insisti (porque estava com pouco dinheiro em espécie). Ela, “tem não, moço. Tem só um Bradesco, que comprou o Banco do estado do Ceará... “Agradeci e voltei para o quarto, sentei na cama e comecei a desfazer as malas e refletia sobre a cidade onde estava: ARNEIROZ, Ceará, Brasil. A situação me trouxe a realidade do meu país, do meu povo da minha gente, das várias maneiras de viver e de fazer teatro. TEATRO!!! Lembrei que havia lido na programação que o Júnio Santos iria mostrar a brincadeira do CABEÇA DE PAPELÃO, às 17h. Pedi ao menino que me chamasse, eu iria esticar os ossos um tiquinho só... Ele me chamou: “- Moço, começou o Cabeça de Papelão lá na Praça da Matriz! “ Dei um salto da cama peguei a câmera e corri prá lá! Durante o pequeno trajeto, a música e a voz do Cervantes do Brasil me guiavam. Cheguei ao local e via um coro poderoso de 17 atores e seis músicos aproximadamente, fazendo o público se divertir!

CABEÇA-DE-PAPELÃO – Cervantes do Brasil (Icapúi-CE) 
O espetáculo, de Júnio Santos, tem uma proposta ousada e diferente. É um espetáculo aberto em todos os sentidos que trabalha com figuras alegóricas e arquetípicas, numa mistura de comédia dell’arte, carnaval, cordel... É um musical que viaja por todos os ritmos como samba, rock, funk, baião, jazz e blues que sustentam a narrativa dramática de cabo a rabo. Os figurinos me impressionaram bastante. A maioria tem cores escuras como base, e adereços brilhosos e atraentes, principalmente as cabeças (pinicos, relógios, chifres, etc.) e os pênis gigantes que teimavam em pairar sobre a cabeça do público que se divertia a valer. O uso de bonecos e escadas dava densidade e volume ainda maior ao trabalho. Os músicos eram impecáveis e contagiavam o lugar. O espetáculo era belo e o tema falava direto no olho do espectador sobre as questões da exploração do homem pelo homem através de um distanciamento histórico da fábula que mostra passo-a-passo a degradação do ser humano desde seu convívio familiar/matriarcal até as suas relações com o patrão e a sedução pela política. Cabeça de Papelão tem o formato de uma “peça didática” brechtiniana e acredito que o pedagogo Junio Santos pense na educação, não só da população como também, dos seus jovens atores, através de seus espetáculos. O encadeamento das cenas pelas músicas, a viagem (mítica) do herói e o uso da arte do grafite constroem o ambiente profícuo para teatro épico. O diretor utiliza-se de personagens duplos e triplos que agem, falam e andam em todas as direções, todos formam um grande coro que narram a história. Desta forma, o espectador não perde nenhuma parte da história, pois a mesma é refletida, amplificada e rebatida em todas as direções, dando um efeito quântico à peça teatral. Apesar de tudo isto, o espetáculo ficou confinado à cena quase à italiana, uma vez que a posição dos músicos (ao fundo) e uma parede de lojas, à esquerda, limitaram a movimentação e a atenção de todos: artistas e espectadores.
Depois da função, tomei uma cerveja com o Júnior, o Felippo e outros atores da trupe. Júnior explicou o problema do ponto de luz, do circo, do caminhão e, principalmente, das garças que foram colocadas no chafariz da praça, diminuindo-a substancialmente. Antes, nos anos anteriores, ela ali que tudo acontecia... Não tinha outro lugar para fazer! Disse ainda, que este projeto reunia atores de vários grupos. Começou com quarenta e, agora, tem 26. Eles fizeram uma opção econômica-política ao reunir um prêmio que seria de 2.000,00 reais para dez grupos e fizeram esta montagem coletiva. Enfim, Cabeça-de-Papelão, uma brincadeira coletiva coordenada pela companhia Cervantes do Brasil, merece ser vista. Ela estará se apresentando na mostra Lino Rojas de Teatro de Rua/SP, em novembro, segundo o seu criador.
Depois, às 20h, eu vi o tal caminhão que atrapalhava o espaço para o Cabeça-de-Papelão, se abrir... era o povo das minas geraes...

GIZ – Giramundo (MG)
O espetáculo de bonecos gigantes do pessoal do Giramundo encanta pela delicadeza dos gestos dos manipuladores (aparentes) e pela forma de seus bonecos brancos feito de tecidos. O caminhão deles (uma carreta-baú) se transforma num palco totalmente adaptado ao trabalho do grupo e, aos poucos, a magia dos bonecos articulados atraem, para si, cada um dos pares de olhos paralisados que os acompanham, sem piscar. GIZ é um espetáculo que mostra a destreza e a qualidade técnica do grupo mineiro, de renome internacional. Os efeitos sonoros e a música mecânica são fundamentais para o sucesso da empreitada porque são a ligação entre os movimentos dos bonecos e a sensibilidade do público. Exaustivamente ensaiados, os sons, ritmos e movimentos estão sincronizados e, juntos, dão sentido estético ao espetáculo. Destaque para os bonecos de um tiranossauro articulado e o do líder político que mexe os olhos e os pés! Como sempre, o espetáculo de bonecos encantou a platéia e surpreendeu no final apoteótico. Fiquei para ver a desmontagem... pedaços, panos, madeira, rodízios, que antes tinham vida e comunicavam... os bonecos estavam sendo desparafusados e colocados de lado, soltos, divididos, cabeças prá cá, pernas e braços aqui.. corpos de tecidos enrolados... a magia se esvanecia diante de meus olhos... Acho que fui o único que ficou para ver aquilo. Todos os outros já haviam corrido, com suas cadeiras, para dentro do circo onde o show continuava...

CIRCO ARNEIRÓZ 
21:00h Começa a parte circense. Artistas mostram seus números: acrobacia, palhaçaria, música. Não saberia comentar sobre as artes circenses, mas digo que o público vibrava! Encontrei com a Vanéssia no circo... Ela me informou que chegou num ônibus com 43 pessoas vindas de Fortaleza, Aracati e outras cidades vizinhas. “Nos vemos amanhã, às 09h, bjs, bjs, bjs!

I ENCONTRO DO MOVIMENTO DE TEATRO DE RUA DO CEARÁ Sexta-feira, 09h da manhã. Entro na ‘lan house’ da cidade. Tento a primeira, a segunda... “pegou! Caiu... Espero 5 minutos... Pegou?, Não. Depois eu volto... quanto custa? Nada... obrigado.” Sigo para a paróquia. Lá começa a apresentação, nome, cidade, grupo, o que faz, muita gente! Diversidade! Teatro comunitário, teatro social, teatro do oprimido, palco & rua, grupo antigo... grupo novo... grupo só de mulheres... só de estudantes...
Vanéssia pede para eu falar um pouco sobre a experiência da RBTR, da Rede do Rio, do edital Artes de Rua da FUNARTE. Falo sobre a importância política que a RBTR passou ater, depois que o Redemoinho acabou... Sobre a história da criação... Sobre os Encontros e os Desencontros... as brigas... o disse-me-disse... a dor e a delícia de ser o que é... papo gostoso... Junio... Galba... Vanéssia... Murilo... Pipoqueiro... Emerson... Pedro... Jonas... Filippo... 14h- À tarde, encontramos com o Sr. Pedro Domingues e a Sra. Alexandra Costa funcionários do MinC. Pedro faz uma longa e completa explanação sobre o PNC-Plano Nacional de Cultura, as antigas câmaras setoriais, os atuais conselhos, representatividade e o futuro PNT – Plano Nacional de Teatro. Coloca que é fundamental a participação do teatro de rua. Peço a palavra para dizer que “se o governo deseja discutir o teatro no PNC, precisa ter a visão do teatro realizado em espaços abertos. Os índices citados do IBGE, que dizem que 90% dos brasileiros nunca assistiram a uma peça teatral, só levam em conta aquela modalidade que ocorre no espaço fechado, em prédios chamados TEATRO e não consideraram os espetáculos de teatro de rua. O teatro de rua acontece em TODOS os municípios do Brasil, enquanto que a outra modalidade, somente onde existe o prédio. Os dados dizem que, dos mais de 6.000 municípios brasileiros somente alguns possuem teatros (prédios). Logo, neste raciocínio, poucos brasileiros já freqüentaram o TEATRO prédio. Afirmo ainda para os representantes do MinC que “as artes produzem conhecimento, saber, reflexão social... só que para o cidadão adquirir este saber, ele tem que comprá-lo! Compra quando paga a bilheteria, comprando o ingresso! Assim, somente alguns podem consumir ou pagar para ter o “saber”. Na modalidade teatro de rua, ao contrário, este saber é distribuído e construído democraticamente, sem privilégios de nenhuma classe social, uma vez que ocorre em espaços abertos e não cobra pelo conhecimento adquirido.” Outra questão que coloco para ponderação do coordenador do PNC é que “nos prédios teatrais geralmente, os temas são os da classe média como adultério, falências, heranças, conflitos de casais, traição , etc. enquanto que na modalidade teatro de rua os temas são, geralmente, universais, críticas sociais, luta de classe, debates políticos, crônicas, poesia e cordel, o que auxilia na educação e na formação dos atores e do público, uma vez que são informativos e atuais. Por último afirmo que “se o governo quiser realmente criar um plano nacional para o teatro, deve inverter o olhar e VER com os olhos do teatro de rua, que concentra a maioria da produção teatral brasileira nos 26 estados e no distrito federal e fala diretamente para TODA a população. O teatro de rua possui saberes e tecnologia social desenvolvida a milênios sobre o uso do espaço público e que as praças, ultimamente, em nome da urbanização, estão sendo cercadas e descaracterizadas como espaço para manifestações populares artísticas ou políticas. É comum as prefeituras encherem de chafarizes com garças, jardins que não se pode PISAR NA GRAMA, diminuindo consideravelmente os grandes vãos que permitem a realização das funções artísticas.” O senhor Pedro concorda com as ponderações e diz que a representação nos conselhos é aberta a todos que quiserem se candidatar. Seria interessante que a RBTR subscrevesse algum candidato comprometido com estas discussões, que os ‘mandatos’ se encerram em novembro ou dezembro exatamente para renovação, que no Ceará, os representantes eram uma pessoa do SATED-CE e outra que agora não lembro o nome. Fomos interrompidos pela produção do evento que pediu para que continuássemos no outro dia, porque havia uma necessidade de antecipar a programação.
Paramos às 16h.

Pão e Circo
Na praça principal de Arneiróz, começa o espetáculo da Cia dos Caretas, de Fortaleza-CE – “Pão e Circo” . Eu já havia assistido este espetáculo, por ocasião da XIII edição do Encontro de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, sob a curadoria de Michelle Cabral, do Maranhão. É um trabalho brilhante, com atores seguros e livres que dominam de tal forma o conteúdo dramatúrgico que se permitem improvisar o tempo todo. O trabalho é constituído de várias cenas isoladas que denunciam a hipocrisia da sociedade atual perante a fome e a miséria, principalmente com aqueles mais despossuídos. O espetáculo interage com a platéia e a faz cometer atos violentos e hediondos (cenicamente) como matar um cachorro que não obedece o dono e come dinheiro, ou linchar uma criança em praça pública e, finalmente, o ritual de “lavar as mãos” O trabalho é, também costurado por músicas com estruturas aparentemente simples, mas de um efeito teatral fantástico, geralmente criando o comentário do coro grego. Termina o espetáculo e me convidam para ir a Quiterianópolis, assistir ao espetáculo As Lavadeiras. “Quer ir? Entra no carro, agora!”
17h. Estrada... o pôr-do-sol nos Inhamuns... carcará... jumentos... 47 km até a cidade de Tauá... Um ator precisa trocar de roupa (ele havia feito o espetáculo da Cia dos Caretas e estava também nas Lavadeiras, o Marcos). Chegamos à Tauá, ele troca de roupa, faz maquiagem, entra na VAN!
18: 15h... estrada... a lua nos Inhamuns... Placa: QUITERIANÓPOLIS, 67 Km de Tauá...
19:15h... QUITERIANÓPOLIS. Chegamos. Fomos orientados por um rapaz de moto que nos aguardava na entrada da cidade para “irmos até o ginásio municipal porque o espetáculo aconteceria lá. O local anterior foi desmarcado e o secretário de cultura da cidade passou mal, subiu a pressão e o grupo de reisado não vem”, disse ele. Quando chegamos ao local estava acontecendo a festa de uma escola de ensino médio. Descemos todos e entramos no ginásio, CONVERSA DE LAVADEIRAS – Trupe Caba de Chegar de Teatro , Fortaleza/CE.
Os atores abriram caminho entre os presentes à festa junina. Eles saíram da Van, vestidos e direto para o meio da quadra que estava cheia de mesas e cadeiras. Tiveram que pedir para que as pessoas se levantassem para que pudessem encenar o espetáculo. Percebi que não ia dar nada muito certo porque o local tinha problemas de acústica, reverberação. Não se ouvia a voz dos atores e eles não conseguiam se ouvir entre si. A cada momento chegavam mais pessoas que não entendiam o que estava acontecendo. Uns pediam cerveja; outros, mugunzá, bolo, tapioca, e mais cerveja... A confusão era grande e eles, corajosamente, lá! Com toda a dignidade do ator, mas não dava! Festa errada, lugar errado, peça errada! Eles cortaram o que puderam e fizeram a função em mais ou menos 20 minutos, talvez menos, não sei. Saímos de lá rindo e conversando muito sobre este e outros fatos similares que acontecem com a modalidade de teatro de rua. O mesmo grupo me contou que uma vez, foram contratados para fazer uma campanha sobre DST-AIDS e preparam vários adereços e esquetes sobre a relação sexual. A primeira escola que os mandaram visitar foi... uma creche! Crianças e bebÊs! Eles não sabiam muito bem o que fazer com os adereços... usaram as chupetas! Jantamos e retornamos.
22: 15h... o retorno, a estrada... a lua nos Inhamuns... Placa: TAUÁ , 67 Km ...
23: 20... Tauá, estrada, Placa: Arneiróz mais 47km.
DIA 13/06 - 09h. Na manhã seguinte, me dirigi ao Salão Paroquial Nossa Senhora da Paz. Lá estavam os dois representantes do MinC. Após fala do Pedro Domingues sobre o PNC e outras colocações, Galba percebeu que era necessário mudar a dinâmica do encontro e propôs que “todos se dividissem em GTs sobre os temas que haviam levantado. Assim todos poderiam falar mais dar opiniões...” Isto correu e durou toda a amanhã. Às 12:00 retornamos à plenária e eu fiz o lançamento do livro e do DVD do Tá Na Rua. Deixei lá, também duas revistas do MTR-SP e duas do MTR-RJ que eu havia levado na bagagem. Faltaram livros para todos os grupos...
12h. Fomos almoçar!
13h. Coloquei o DVD sobre teatro invisível com o Augusto Boal, era uma forma de homenagear nosso grande mestre e enriquecer o nosso encontro. Quando terminou, quase todos pediram para fazer cópias deste material porque consideraram ele único, raro sobre Teatro Invisível, que já haviam lido mas não visto, etc. Fizemos!
14h. Organização, debate, relatos, discussão. Quem faz o quê! Compromisso!
17h, saí de Arneiroz antes de ver a carta ficar pronta! Eu tive que sair para pegar uma carona de volta para Fortaleza.
21h, saí de Tauá.
22h, o carro quebrou na estrada. Maurício diz que foi a gasolina "batizada" do posto de Tauá. O carro foi tossindo em direção as luzes que víamos ao longe. Chegamos até lá. O carro parou de vez. Assim conheci Mombaça. Cidade bonitinha e desenvolvida, fiquei zanzando pela praça e soube que , talvez, saísse algum ônibus para Fortaleza por aquelas horas. Peguei um táxi. Fui para a rodoviária de Mombaça. O ônibus já estava saindo...
23:30h, consegui entrar num ônibus que iria para Fortaleza via Quixeramobin. 05h, domingo, cheguei à Fortaleza. Hotel. Dormir até às 10h. Comer alguma coisa. Aeroporto!
19h. Guarulhos/SP. Conexão. Esqueço o celular no raio-X em São Paulo! Merda!
21h. Santos Dumont – Rio de Janeiro.
Sexta-feira. Dia 19. Vanéssia divulga a carta de Arneiróz na RBTR.
Li a carta e resolvo escrever como foi importante esta viagem para mim e envio, agora, a vocês! Obrigado, movimento de teatro de rua do Ceará! Vida longa para a RBTR! Próximo destino: ACRE!
Licko Turle

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