Neste encontro Amir começou falando sobre compromisso. Ele compartilha que não consegue não vir nas segundas feiras no fórum. Ele organiza a agenda de forma que possa estar livre, pois "Nós entramos num caminho insuspeito. A gente imaginava fazer o teatrinho, foi avançando e questões aparecendo." Claro que não é para ser uma regra, não dá vir em todas, mas a questão que Amir levantou foi se todos partilham do mesmo sentimento de compromisso como ele. São mais de dois anos se encontrando e agora tendo concluído uma etapa do nosso processo que foi o Projeto de Arte Pública. Tivemos o grato resultado de 600 apresentações e 760 artistas de rua cadastrados. Por isso ele faz a pergunta, pois "posso estar sendo injusto, parece que desistem com muita facilidade. Eu tenho um comprometimento até comigo mesmo... Sinto falta, tem discussões aqui bem interessantes. Ainda tem jabuticaba para comer da minha bacia." Ficamos um tempo longo nos encontrando, agora acabou uma fase. Temos uma questão agora que é a continuidade. Nossa re-organização na caminhada. Ligia então fala que "As segundas estão ficando difíceis para mim. A prioridade é aqui sim. A gente sabe o que galgou com isso. Foram três meses de muito trabalho. O pensamento é como tocar a nau daqui para frente."
Analisamos que antes, tudo que se falava de arte pública eram os monumentos ou grafite. Viemos com um discurso, um conceito. Fomos ganhando espaço, foi avançando e com isso trouxe responsabilidades. Estamos em um momento importante em que temos que apresentar sugestões políticas para as Artes Públicas. Amir fala que está "ansioso com a reunião com o Prefeito", porque "tudo que for feito, tem que ser feito por nós... (Amir)" Se formos deixar nas mãos do poder público, da Secretária de Cultura, eles vão descaracterizar tudo, eles não conhecem o que fazemos nem o que fomos. Os padrões que seguem é a do mercado, do edital, tudo o que não queremos.
Amir: "- Estou com vontade de sugerir ao Prefeito criar o Setor da Arte Pública dentro da Secretária de Cultura, para catalogar e atender o artista de rua, com a nossa gerência. Esse setor não existe. E não são eles que vão cuidar dos assuntos referentes á Arte Pública. Ninguém da Secretária tem vontade. Nós tiramos o edital e formulamos um projeto. Se não tiver políticas, tem o edital."
Amir fala que por isso que as quatro curadorias é que devem apresentar proposta de políticas públicas, não podem delegar nem ir para a mão de ninguém. Por isso as quatro curadorias devem estar juntas, porque "temos e somos história. (Amir)".
Maria Helena, Tá Na Rua: "- Esse momento muito é complicado e delicado... Tem muita coisa para acertar. Tem uma série de coisas para falar com o Prefeito. Foram 760 artistas cadastrados, é uma realidade. Temos uma responsabilidade... O político não quer saber e a gente está metendo as caras nesse negócio que nem sabemos aonde vai dar, mas que está acontecendo."
Ligia: "- Precisamos dar uma estimulada. Não queremos edital, precisamos de fomento. É uma reflexão para todas as curadorias, para todos nós na verdade... Saber a diferença de comprometimento e de compromisso. O nível de comprometimento meu, tem que estar igual ao sei. Temos que ter coletividade. Entendo o que está sendo dito aqui... É difícil pensar fora de si mesmo, mas é um aprendizado que temos que exercitar."
Concordamos que é preciso ajustar, amadurecer o pensamento. Cada vez que entendemos isso, avançamos na história e no nosso nível de reflexão, o que queremos ser, o que queremos fazer. Ninguém imaginava que pudéssemos ser competente. Por isso que pensamos em entregar também para o Secretário Sergio Sá leitão o relatório do Projeto do I Festival Carioca de Arte pública, o mesmo que será entregue ao Prefeito, como estratégia, para ele saber o que foi fizemos. É uma vitória. Além do mais, no encontro marcado pela Secretária Municipal de Cultura no Teatro Carlos Gomes, onde o secretário diante de produtores culturais e poucos artistas, apresentou contas do que foi realizado pelo otrgão público, apresentou resultados de projetos e editais e falou dos que estão abertos, como o do ISS, dos editais dos pontos de cultura e também sobre a continuidade de projetos com subsídios diretos, como a Orquestra Filarmônica do Rio de Janeiro . Vale lembrar que o projeto Arte Pública veio com subsídios do gabinete do Prefeito, devido ao nosso movimento. Não foi dado, foi conquistado. "Deu para ouvir claramente o secretário falar, não com as mesmas palavras, mas todos os termos e pensamentos do Amir... – Herculano". Brincamos que isso pode ser bom, sinal de que o secretário pode até não admitir, mas escuta "O que o Amir fala."
Concluímos que não podemos ser ingênuos e que precisamos estar atento ao momento que vivemos. É turbulento, confuso e somente a Arte Pública se identifica como uma proposta para a cidade. Não somos protesto. Somos as forças desarmadas que atuam nos espaços abertos em prol das nossas idéias e dos nossos melhores sentimentos.
Com sempre termino, este é um boletim informativo, não é relatório e nem ata. Escrevo a partir das minhas anotações e está aberto para correções, acréscimos e opiniões.
Ass:
Herculano Dias
Analisamos que antes, tudo que se falava de arte pública eram os monumentos ou grafite. Viemos com um discurso, um conceito. Fomos ganhando espaço, foi avançando e com isso trouxe responsabilidades. Estamos em um momento importante em que temos que apresentar sugestões políticas para as Artes Públicas. Amir fala que está "ansioso com a reunião com o Prefeito", porque "tudo que for feito, tem que ser feito por nós... (Amir)" Se formos deixar nas mãos do poder público, da Secretária de Cultura, eles vão descaracterizar tudo, eles não conhecem o que fazemos nem o que fomos. Os padrões que seguem é a do mercado, do edital, tudo o que não queremos.
Amir: "- Estou com vontade de sugerir ao Prefeito criar o Setor da Arte Pública dentro da Secretária de Cultura, para catalogar e atender o artista de rua, com a nossa gerência. Esse setor não existe. E não são eles que vão cuidar dos assuntos referentes á Arte Pública. Ninguém da Secretária tem vontade. Nós tiramos o edital e formulamos um projeto. Se não tiver políticas, tem o edital."
Amir fala que por isso que as quatro curadorias é que devem apresentar proposta de políticas públicas, não podem delegar nem ir para a mão de ninguém. Por isso as quatro curadorias devem estar juntas, porque "temos e somos história. (Amir)".
Maria Helena, Tá Na Rua: "- Esse momento muito é complicado e delicado... Tem muita coisa para acertar. Tem uma série de coisas para falar com o Prefeito. Foram 760 artistas cadastrados, é uma realidade. Temos uma responsabilidade... O político não quer saber e a gente está metendo as caras nesse negócio que nem sabemos aonde vai dar, mas que está acontecendo."
Ligia: "- Precisamos dar uma estimulada. Não queremos edital, precisamos de fomento. É uma reflexão para todas as curadorias, para todos nós na verdade... Saber a diferença de comprometimento e de compromisso. O nível de comprometimento meu, tem que estar igual ao sei. Temos que ter coletividade. Entendo o que está sendo dito aqui... É difícil pensar fora de si mesmo, mas é um aprendizado que temos que exercitar."
Concordamos que é preciso ajustar, amadurecer o pensamento. Cada vez que entendemos isso, avançamos na história e no nosso nível de reflexão, o que queremos ser, o que queremos fazer. Ninguém imaginava que pudéssemos ser competente. Por isso que pensamos em entregar também para o Secretário Sergio Sá leitão o relatório do Projeto do I Festival Carioca de Arte pública, o mesmo que será entregue ao Prefeito, como estratégia, para ele saber o que foi fizemos. É uma vitória. Além do mais, no encontro marcado pela Secretária Municipal de Cultura no Teatro Carlos Gomes, onde o secretário diante de produtores culturais e poucos artistas, apresentou contas do que foi realizado pelo otrgão público, apresentou resultados de projetos e editais e falou dos que estão abertos, como o do ISS, dos editais dos pontos de cultura e também sobre a continuidade de projetos com subsídios diretos, como a Orquestra Filarmônica do Rio de Janeiro . Vale lembrar que o projeto Arte Pública veio com subsídios do gabinete do Prefeito, devido ao nosso movimento. Não foi dado, foi conquistado. "Deu para ouvir claramente o secretário falar, não com as mesmas palavras, mas todos os termos e pensamentos do Amir... – Herculano". Brincamos que isso pode ser bom, sinal de que o secretário pode até não admitir, mas escuta "O que o Amir fala."
Concluímos que não podemos ser ingênuos e que precisamos estar atento ao momento que vivemos. É turbulento, confuso e somente a Arte Pública se identifica como uma proposta para a cidade. Não somos protesto. Somos as forças desarmadas que atuam nos espaços abertos em prol das nossas idéias e dos nossos melhores sentimentos.
Com sempre termino, este é um boletim informativo, não é relatório e nem ata. Escrevo a partir das minhas anotações e está aberto para correções, acréscimos e opiniões.
Ass:
Herculano Dias
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