Amanda Bueno[1]
Oigalê
é um termo usado no Sul do Brasil para exprimir admiração. E foi isto que a
Oigalê Cooperativa de Artistas Teatrais, criada em 1999 no Rio Grande do Sul, deixou
estampado na face do público na penúltima noite do 8º Festival Amazônia Encena
na Rua, que aconteceu entre os dias 22 a 26 de julho de 2015 na Praça das Três
Caixas d`Água em Porto Velho – RO, durante a apresentação do espetáculo Deus e
o Diabo na Terra da Miséria.
O espetáculo conta a estória de Miséria, um ferreiro, que ao trocar a ferradura
de um cavalo, ganha três pedidos como pagamento pelo serviço. Os donos do
cavalo, Deus e São Pedro, aconselharam várias vezes que ele utilizasse os
pedidos para ter a salvação divina. Com comicidade de cunho filosófico e
teológico, ele usa os pedidos para coisas que as divindades julgam banais, proibindo-o
de ir viver no céu após sua morte. Mais tarde, recebe a visita da “Diaba”, com
quem faz um pacto que lhe garantem dinheiro e viagens pelo mundo. Miséria, por
enganar, inúmeras vezes, a “Diaba”, no decorrer da peça, é proibido de ir ao
inferno. Condenado, assim, a “miséria” a ficar e vagar pela terra.
Com pernas de pau, personagens expressivas,
uma sanfona e sotaque característico, os gaúchos mantiveram um espetáculo muito
bem ensaiado, cheio de cores e improvisações que conectou o público, já
cativado, ao regionalismo vindo do sul do país.
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