III Amazônia Encena na Rua
Ciclo de debate:
PERSPECTIVAS DO TEATRO DE RUA NO BRASIL
21/07/2011
Michelle Cabral – MEDIADORA
MICHELLE (Cia MiraMundo, São Luiz-MA): Que o tema é amplo. Qual(is) perspectiva(s)? Que teatro é esse? As diferentes condições de produção do teatro de rua no Brasil (materiais e políticas). Quais as nossas demandas para o nosso fazer teatral?
AMILTON (Oigalê, Porto Alegre-RS): Que vivemos um marasmo. Que não há continuidade do que foi iniciado com o governo Lula. Da importância da rede e das formas de participação dos grupos e artistas. Que estamos vivendo um processo de atraso. Da conquistas do teatro de rua nos últimos tempos. Do papel dos articuladores da rede. De como podemos nos movimentar?
CHICÃO (O Imaginário, Porto Velho-RO): Da postura da rede em relação a renúncia fiscal. É correto participarmos da renúncia com projetos? Que seja adequado retirar da carta que somos "radicalmente" contra a renúncia, de vez que concorremos nessa forma de financiamento. Do edital ARTE CÊNICA DE RUA. Do avanço que isso significou para o teatro de rua. Da necessidade de aperfeiçoá-lo e que deixamos isso de lado. Da necessidade de ampliar o valor total do edital. Da ORGANIZAÇÃO NACIONAL. Que perdemos muitas coisas conquistadas nos encontros da RBTR. Que o povo é o verdadeiro proprietário da arte que fazemos. Que somos o maior movimento de arte do Brasil.
SUANI (Palhaços Trovadores, Belém-PA): Que houve a iniciativa de estudar e melhorar o edital ARTES CÊNICAS NA RUA. Que poucas pessoas se empenharam nisso na RBTR, no meio virtual.
FERNANDO (Rosa dos Ventos, Pres. Prudente-SP): Que a realização do Festival Rosa dos Ventos fez uso de recursos da renúncia fiscal. Que a realização contemplou ação política contrária a renúncia. Da participação das pessoas, suas dificuldades, limitações e diferentes formas de comportamento.
LENINE (Cia Visse e Versa da Ação Cênica Rio Branco-AC): Das leis de renúncia fiscal. Que devemos utilizar, mas com proposta política na contramão da lei. Que devemos fazer uso do dinheiro de renúncia contra ela. Que devemos reafirmar, sim, na carta da RBTR, que somos contra a renúncia. Que devemos manter este princípio na carta. Do edital ARTES CÊNICAS NA RUA. Que não tivemos a capacidade de fazer a reunião da RBTR no primeiro semestre e que isso implicou em dificuldade para encaminhar as discussões sobre o edital.
GIANCARLO (Oigalê, Porto Alegre-RS): Que a Rede precisa manter sua posição contra a renúncia fiscal. De como o dinheiro público da cultura é apropriado. Que o Edital não é perfeito mas foi um importante conquista. Que há um balanço positivo da Rede, de suas ações e sua organização.
MICHELLE (Cia MiraMundo, São Luiz-MA): Que nunca foi a um encontro da Rede, e que não tem uma visão tão otimista. Que a participação efetiva dos articuladores é baixa. Que a rede virtual (rede social) cria uma ilusão sobre o que somos. A Rede tem a força política que acredita ter (?). Que não estamos efetivamente articulados (?). Que a atuação de Bones em Brasília foi muito importante e uma vitória para o teatro de rua. Que há uma diferença entre o que idealizamos e o que concretamente fazemos: convergências e divergências! Que a uso do mecanismo de renuncia fiscal é um exemplo disso.
MARCELO BONES (Teatro Andante, Belo Horizonte-MG): Que não estamos verticalizando a discussão dos temas. Que o edital de ARTES CÊNICAS NA RUA traz o embrião de uma nova lógica de financiamento da ação cultural. Que traz a preocupação do sentido da ação e tem como pressuposto a demanda. Que a rede é apenas uma frente de luta do teatro e das artes, paralelo a outras também importantes. Que devemos buscar entender a organização e mobilização da cultura em geral, para não nos fecharmos em nós mesmos. Que o edital traz uma possibilidade diferenciada. Que não visa atender os grupos, mas a realização determinadas ações culturais. Que a discussão sobre arte de rua, arte pública, possibilita ampliar o diálogo com outros coletivos e segmentos artísticos. Lamenta a Rede não ter a compreensão real do que significa este Edital. Que ele é um pé na porta do que vinha sendo realizado. Que a Rede parece não ter tomado o Edital como uma questão de honra.
AMILTON (Oigalê, Porto Alegre-RS): Que é contra mas usa a renúncia fiscal. Que o ARTE CENICAS NA RUA deveria ser para o teatro de rua. Que o edital foi uma conquista da Rede, de sua mobilização. Que não devemos vê-lo completamente como um estranho.
SUANI (Palhaços Trovadores, Belém-PA): Da criação do GT de Teatro de Rua na ABRACE.
CHICÃO (O Imaginário, Porto Velho-RO): Que há um questão ética em relação à renuncia fiscal. Que não há coerência de manter na carta da Rede que somos contra "radicalmente" contra mecanismo.
LEO CARNEVALE (Palhaço Afonso Xodó, Rio de Janeiro-RJ): Que o próximo encontro da Rede será a grande oportunidade para avançarmos nessas discussões.
VETEMBERG (Os Tawera, Palmas-TO): Que há pouco tempo o teatro de rua não tinha expressão e importância que tem hoje. Que não devemos ser contra a renúncia fiscal de um modo geral. Que devemos ser contra nosso seguimento artístico. Que para alguns segmentos ela pode ser adequada. Que não devemos acreditar que a constituição de Fundos representa em si mesmo a solução dos nossos problemas. Que eles não significam necessariamente uma distribuição justa e equitativa dos recursos públicos da cultura.
TIAGO (Rosa dos Ventos, Pres. Prudente-SP): Da contextualização da situação em SP e Pres. Prudente. Que precisamos pensar em estratégias para não cair em hipocrisia. Da experiência do Rosa dos Ventos na realização de seu festival.
MICHELLE (Cia MiraMundo, São Luiz-MA): Dos limites dos editais como política pública. Que a política de edital não contempla o teatro público.
BONES (Teatro do Andante): Da nossa estratégia política. Que estratégia temos para discutir a renuncia fiscal? Do PROCULTURA. Que representa um avanço e um caminho na retirada da centralidade da renuncia fiscal no financiamento da cultura. Que não há contradição entre usar e ser contra a renúncia fiscal. Que a sociedade não sabe o que é a Lei Rouanet. Que precisamos discutir e definir nossas estratégias políticas. Que o CNPC retirou seu apoio a existência do Premio do Teatro Brasileiro dentro do PROCULTURA. Que agora o Prêmio caminha em paralelo. Que isso é uma derrota. Que também é derrota o MinC apoiar essa retirada. Que o PROCULTURA caminha agora no Congresso Nacional.
LENINE (Cia Visse e Versa da Ação Cênica Rio Branco-AC): Que compreende as colocações de Chicão. Que não devemos simplesmente dizer NÃO à renúncia fiscal. Que devemos assumir uma posição de acordo com nossa estratégia política.
III Amazônia Encena na Rua
Ciclo de debate:
ENCONTRO REDE TEATRO DA FLORESTA E RBTR
22/07/2011
Suani Corrêa Trindade - Mediadora
SUANI (Palhaços Trovadores, Belém-PA): Da formação da RTF e da RBTR. Da leitura da Carta Pororoca e sua contextualização.
CHICÃO (O Imaginário, Porto Velho-RO): Que precisamos fazer uma reflexão sobre o conteúdo das cartas da RBTB. Que são raros os encontros. Que precisamos ser propositivo. Que os editais devem respeitar o Custo Amazônico. Que os festivais na Amazônia é que permitem o encontro de fazedores de teatro desta região e com de outras. Que são oportunidades raras esses encontros na Amazônia. Que Outubro é muito tarde (sobre o encontro da RBTR) e que hoje, agora, precisamos assumir uma posição sobre as questões da cultura no Governo Federal.
RITA (Vivarte Esperimental, Rio Branco-AC). Da importância de se levar adiante a discussão sobre "arte pública".
GIANCARLO (Oigalê, Porto Alegre-RS): Do funcionamento da Rede e de seus encontros. Da necessidade de continuarmos a discussão e o trabalho político contra a Renúncia Fiscal.
LEO CARNEVALE (Palhaço Afonso Xodó, Rio de Janeiro-RJ): Das dificuldades de articulação na rede e de encaminhamento de suas ações políticas.
LENINE (Cia Visse e Versa da Ação Cênica Rio Branco-AC): Das conquistas do teatro de rua no Norte, citando a inclusão do teatro de rua no Circuito Amazônia das Artes do SESC. Da necessidade de dialogarmos mais e continuarmos ampliando a presença do teatro de rua em festivais no Norte. Que o Festival de Teatro da Amazônia vai conter uma mostra de rua. Do CUSTO AMAZÔNICO: Que esta palavra "custo" é inadequada, porque faz referência a um custo financeiro, e prefere falar em "valor" amazônico. Que precisamos estabelecer um discurso para sobre o Custo Amazônico.
[NONATO] (Vitória Régia, Manaus-AM): Que não devemos prender nosso discurso e defesa da arte no custo amazônico. Que devemos buscar outras referências. Que não devemos deixar de lado a questão do custo real, concreto, da realização de ações culturais na Amazônia.
FONSECA (Oigalê, Porto Alegre-RS): Da importância das questões colocadas por Lenine sobre Custo Amazônico. Que falar em "Fator Amazônico", no lugar de "custo", talvez seja mais adequado, porque diz respeito a valor, custo e outras referências.
VETEMBERG (Os Tawera, Palmas-TO): Da situação do teatro em Tocantins. Que no TO pesa a questão da identidade, de fazer parte da Amazônia e não do Centro Oeste. Dos diferentes custos de realização das diferentes formas de teatro. Que o Amazônia em Cena representa menos o teatro de rua mais as artes cênicas de rua, num sentido mais geral. Que os grupos e coletivos amigos são os maiores parceiros na ação cultural, e não o Estado, e que isso não é dito. Que não podemos ficar presos na discussão Produção-Estado. Que não há dados e informações sobre elementos outros da produção teatral.
CHICÃO (O Imaginário, Porto Velho-RO): Da necessidade de se trabalhar conceitos, como público e mídia espontânea. Da economia, comércio que acompanha o festival (circuito inferior). Que em Porto Velho o povo gosta muito da rua, das atividades realizadas em espaços abertos. Que o festival A. Encena se soma e fomenta outras iniciativas, como as do SESC no palco giratório. Da parceria positiva com o SESC/RO.
FABIANO (Cia de Teatro Fiasco, Porto Velho-RO): Das mudanças nos conceitos e no fazer teatral em Porto Velho, ressaltando o crescimento do teatros e das artes de/na rua.
TAÍSA (Cia Aqueles Dois, Cuiabá-MT): faz panorama do teatro em sua cidade e estado. Que não há grupo trabalho especificamente com teatro de rua em Cuiabá.
CHICÃO (O Imaginário, Porto Velho-RO): Dos encaminhamentos para elaboração da carta.
VETEMBERG (Os Tawera, Palmas-TO): Que devemos explicitar nas cartas nossas estratégias.
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