Trecho da palestra proferida por Amir Haddad, diretor do grupo carioca Tá Na Rua, no Seminário Nacional de Dramaturgia para o Teatro de Rua, promovido pelo Núcleo Pavanelli de Estudos de Teatro de Rua, em 18 de junho de 2011 no Instituto de Artes da UNESP, São Paulo, com transmissão pela internet. Trecho transcrito por Licko Turle.
"O Tá Na Rua, meu grupo, já tem 30 anos. É bastante tempo. O que eu aprendi neste tempo, é (sobre) o caráter público da nossa atividade. O que eu fui aprendendo cada vez mais, quanto mais eu me afastava da forma oficial de teatro que me era oferecida. Quanto mais eu buscava uma maneira minha, pessoal, de dar uma resposta a esta questão do teatro, mais eu ia percebendo o caráter público do que a gente faz.
Dentro de todo o movimento do Escambo que o Junior Santos faz. Nenhum (grupo) deles está pensando que vai fazer uma companhia para vender o seu produto num teatro e ganhar dinheiro. Em nenhum momento, nenhum destes meninos, que vem de todas as regiões do Rio Grande do Norte e do Ceará, do sertão, do litoral, dos quarenta e tantos grupos que participam do Escambo! Estão todos a fim de fazer teatro. Ninguém está falando, a eu vou fazer uma carreira de ator, ganhar dinheiro, virar profissional deste ofício.
(Teatro de rua) É um chamado verdadeiro que não é voltado para a profissão. Sempre me perguntam: 'você é profissional?' Dá vontade de dizer que 'eu sou profissional porque eu vivo disto' mas, eu não sou profissional na minha escolha. O teatro não é uma escolha profissional. Eu não escolhi ao teatro como carreira. Escolhi como forma de expressão. Não escolhi como maneira de ganhar dinheiro, qual é o melhor emprego, o que é que está dando mais. Não escolhi para ser artista de televisão. Não escolhi para vencer na vida. Quando eu escolhi o teatro, eu escolhi porque era a minha forma de expressão. Eu não estava pensando em ganhar dinheiro com aquilo. Depois você vai indo... 'ah, você agora é profissional vai ganhar dinheiro'. E aquilo vai ficando dentro de você. Mas, na verdade, o chamado não é nesta direção. O chamado é para uma atividade pública, para uma arte pública.
Lá no Escambo, as pessoas estão reunidas para fazer teatro, para servir às comunidades onde elas vivem. Para fazer teatro nas praças dos lugares onde elas vivem. Para sair daquela cidade e ir para outra cidade sem ganhar um tostão! E tem que cozinhar a própria comida. Estão fazendo isto por quê? Vão para as cidades, pegam as histórias.. Eu fui assistir a um espetáculo e um cara apareceu lá prá contar a história de um ladrão, que tinha roubado uma pessoa daquela cidade. A história era da cidade, o grupo era da cidade, falando para a cidade aquilo e em nenhum momento ele estava pensando em fazer uma carreira, em ir prá Globo. Ele estava fazendo teatro. Um chamado que ele não tem como evitar. O teatro é um chamado público, Não é um chamado para a profissão. Não é a mesma coisa você querer fazer teatro - que é uma arte pública - e querer fazer engenharia, medicina - que são carreiras que você pode fazer com procedimentos mais certos.
Isto é uma coisa que tem ocupado todas as minhas reflexões nestes últimos tempos da minha vida. Que o teatro... o que eu faço... é arte pública! Na verdade é uma arte, porque todas as artes são públicas. A possibilidade de se expressar livremente é inerente a qualquer ser humano, ao cidadão. E é uma necessidade do ser humano. E quando nós queremos trabalhar com as nossas forças mais criativas - porque faz parte da nossa natureza - nós estamos querendo oferecer alguma coisa a alguém. É um chamado muito grande para você trabalhar com estas forças. Não é um chamado qualquer de uma carreira profissional. Você tem isto. O artista tem necessidade de se expressar. O cidadão tem necessidade de se expressar. Ele (quando está) se expressando, ele não está ali para ganhar dinheiro, pode até eventualmente, ganhar dinheiro – às vezes precisa ganhar dinheiro. Mas a arte como produto, que você coloca ali na prateleira do supermercado e vende, isto é uma coisa muito recente. Antes, os artistas eram protegidos dos reis... eram protegidos dos papas... eram protegidos dos mecenas... para fazer as coisas que eles faziam... Eles faziam as coisas deles. Eles pintavam santos... a cara dos mecenas deles... faziam as coisas deles... mas ninguém botava a obra no mercado. Faziam as grandes igrejas, os templos, tudo para consumo público! Pintavam o teto das igrejas, pintavam estátuas... Os gregos faziam coisas maravilhosas. O Pathernon era um templo, não era um museu. As obras de arte que estavam lá, não tinham o nome de obra de arte! Era o ser humano mostrando que ele era capaz de produzir beleza... e organizando esta beleza no espaço, numa arquitetura para produzir o crescimento do cidadão que freqüentava aquilo ali. Não era para ser vendido! Nós não podemos vender aquilo que a gente tem de melhor, (é) para dar. Eu não posso esquartejar o meu afeto, para vender ele - de uma maneira ou de outra - para alguém que quiser comprar. O que é pior ainda. Para quem tiver dinheiro para comprar. Para você, eu não vendo, porque não paga. Para você, eu vendo porque você paga. Então, eu pego a minha alma, faço uma graça prá ele, porque ele, paga e esse, não. É a minha alma. É tudo de melhor que tem dentro de mim. É o melhor que todos os seres humanos tem dentro de si. Como é que eu posso pegar isto, que é a melhor qualidade humana, que é a criação e a fertilidade, e transformar isto num produto que eu ponho à venda? É possível! A sociedade burguesa faz isto. Nós vivemos neste mundo mercantilizado. Isto é vendido em todos os lugares. É tão forte que nós não temos nem mesmo um conceito de arte pública. Eu falo isto porque aqui é um encontro de teatro de rua, trabalhamos com esta doação.
Todos nós (artistas) quando saímos para os espaços abertos pensamos em oferecer o melhor de nós mesmos para a população, sem distinção de classe. A gente não separa o público que vem ver a gente na rua. Quem chegar para ver, vai ver e ser visto. Como é que eu sobrevivo desta atividade? Como é que eu posso viver a partir das artes públicas? Como é que vai um ator, um artista de teatro, vai exercer a sua generosidade e sobreviver num mundo como este? São questões que ficam na minha cabeça. Agora , quando eu estou livre nas ruas, eu dou o melhor de mim mesmo. E olha, quanto mais fudido, melhor eu estou para dar. Porque, às vezes, eu vou com equipamentos que eu tenho, com apoio e o espetáculo não é tão bom do que quando eu vou com a minha pobreza, com o mínimo que eu tenho. Aí, é só eu e a minha doação definitiva que está sendo feita ali. Então, eu acho que nós não temos desenvolvido, ainda, um conceito de Artes Públicas que consiga englobar todas as atividades de todos nós, que fazemos escambos no Brasil inteiro, que temos trocas de grupos no Brasil inteiro, que temos grupos se mexendo no Brasil inteiro... este movimento não tem nome, não tem definição. Não se enquadra na visão de arte que a burguesia mercantilista desenvolveu e absorveu. Não se enquadra no mercado. Não é para ser vendida da mesma maneira que é vendido os outros produtos culturais. Que nome nós vamos dar as artes públicas? E que políticas públicas a gente pode estabelecer no momento em que tudo é no sentido de afunilar na privatização? A gente está aqui no sentido da arte pública.
Tudo caminha para a privatização, tudo caminha para um certo tipo de controle. Tudo caminha para um certo tipo de apoio. Tudo caminha para um certo tipo de edital. As políticas públicas todas são feitas para as Artes Privadas. E nós não temos políticas públicas para as Artes Públicas! Nós não temos sequer um conceito de Arte Pública pensado ou desenvolvido.
Nossa atividade é de arte pública. Nós vamos para as praças, nós vamos para as ruas, nós oferecemos o nosso trabalho. Nós achamos que existe uma quantidade grande de doação que é possível ser feita em contato direto com a população. Nenhum grupo de teatro de rua tem esta idéia de se trancar e vender ingresso. A gente vai para a rua e muitas vezes acha que tem dinheiro, acha que quer, acha que merece - e merece! Mas não ter (dinheiro) não impede a gente de fazer, de ir para a rua e fazer. É um chamado muito grande... Tem a coisa, que é a idéia dominante no momento, mas tem o fluxo que foi falado aqui, que é o popular, que você não vê, que você se utiliza dele e não se dá conta. Que ele é eterno e em perpétuo movimento e traz a ancestralidade. Ao mesmo tempo, que o mundo na sua superfície, caminha para um fascismo violento, para uma segregação violenta, para uma privatização violenta, cada vez mais os mercados sendo restritos, os povos se defendendo, as etnias brigando... O monoteísmo é foda! Dá muita guerra o monoteísmo. Porque cada Deus é o melhor Deus e, aí, em nome dele se faz tudo! Quando o mundo caminha para uma segregação grande, para um saneamento violento, um fascismo que cresce dentro de cada uma das pessoas. Os governos falam 'não sou fascista', mas cada uma das pessoas, pelo medo, pela ameaça, pela falta de perspectivas... viram fascistas! Viram nazistas e querem eliminar o inimigo, eliminar a diferença. Só querem conviver com aquilo que é igual a eles mesmos. Então neste momento que o mundo vai mal, também tem um movimento novo, de coisas novas que vão acontecendo. E eu acho que o Movimento de Teatro de Rua, faz parte desta novidade. Da possibilidade de um aceno para um futuro diferente que este presente quer nos oferecer. Este presente nos propõe um futuro de cartas marcadas. Mas se nós estamos trabalhando na rua, certamente estamos sonhando um outro futuro. Um futuro onde esta possibilidade pública, generosa, realmente democrática, possa existir e onde a produção cultural - que é o melhor que o ser humano pode fazer - não seja transformado em um produto de mercado. Que eu não precise estraçalhar a minha alma para vender um pedaço dela aqui, outro ali. Eu acho que o teatro de rua tem esta característica pública e é um anúncio, de possibilidade de modificação no mundo. O fascismo vai avançar, o Sarcosi (Nicolai) vai avançar. O Obama (Barak) vai ser cada vez mais obrigado a fazer o que ele não quer fazer para ver se consegue se reeleger. Espanha, Portugal, Grécia, Irlanda sendo devoradas pelos banqueiros. É a pior coisa do mundo! Estes países à beira da falência porque não tem dinheiro para pagar os juros dos banqueiros. E todo mundo falando: 'Corta do povo!', 'Corta do salário do trabalhador!' 'Corta na vida das pessoas!'. Para quê? Para pagar os juros dos banqueiros - os bancos! Estes países estão à beira da falência porque não tem dinheiro para pagar os bancos e estão ali numa situação destas. Que mundo é este? Nós (teatro de rua) podemos ser uma possibilidade para um mundo melhor! Para uma redenção. Eu acredito no teatro de rua como esta possibilidade! Porque é uma arte que se faz publicamente, desinteressadamente, por necessidade absoluta de cada um de nós. Não acredito que tenha um grupo de teatro de rua - por pior que seja - que não tenha uma utopia na cabeça. Mesmo aquele que não está seguro do que está fazendo, mesmo aquele que não pensa nisto, ao fazer teatro de rua e ir para a rua, tem uma utopia na cabeça. Sair dos espaços fechados e se exercitar no espaço público, isto já significa um compromisso com a utopia. Todos nós temos isto e todos nós queremos oferecer o melhor de nós mesmos para melhor do mundo onde a gente vive. Para isto, é preciso desenvolver políticas públicas para as artes públicas.
É uma coisa que nem passa pela cabeça dos governantes de ter políticas públicas para as Artes Públicas. A gente mesmo, fica exercendo isto e trabalhando, como se a gente fosse privatizado. Nossa alma privatizada, nossos afetos privatizados, nossa atividade privatizada, competindo com o mercado e sempre recebendo a pior (parte) porque seremos sempre menos, porque não somos o que somos. Nós somos uma coisa que parece que é o pior porque somos comparados com o que eles acham que é o melhor. Mas isto não é verdade porque nós trazemos uma possibilidade nova. Nós trazemos o que o TNR faz sempre. Trabalhamos no presente para um outro futuro. Pensamos que: as coisas estão deste jeito... mas, poderão ser de outro. Se cada um de nós, comprasse esta idéia de arte pública e, em vez de pedir dinheiro pro governo, pedir políticas públicas para as artes públicas... Pensem nos grupos que trabalham nas praças públicas, nas ruas, que se oferecem para a cidade, que vão ao encontro da população, que não discriminam o seu público, que procuram modificar a cidade de uma maneira em geral. Pensar em políticas públicas de ocupação dos espaços públicos, de abertura e limpeza das praças, ver gente nas ruas. Pensar políticas públicas para as Artes Públicas, significa pensar o mundo de uma outra maneira, no momento em que se pensa o mundo com a idéia de limpar ao máximo a cidade, não deixar ninguém ir para as praças e atrapalhar... e botar polícia. A praça é da polícia.
Mas, se a gente tem um conceito de Arte Pública, uma idéia de como estimular as políticas públicas para as Artes Públicas, provavelmente seremos obrigados a pensar a cidade como ela é! No movimento de teatro de rua já se faz muito isto. As cidades começam agora a se dar conta que elas precisam se humanizar. Uma cidade como São Paulo faz muito bem em fazer o Viradão Cultural, fazer eventos esportivos enormes, porque viver numa cidade deste tamanho, se você não tiver estas coisas, fica muito difícil viver. E estas são maneiras de acalmar o cidadão... Mas pode ter uma outra maneira que é a de provocar o crescimento do cidadão.
No momento a coisa que é essencial na minha cabeça agora é essa: políticas públicas para as Artes públicas! Como é que a gente pode fazer isto? Como é que a gente reivindica isto? Eu não quero dinheiro prá nada. Eu detesto quando me dão dinheiro - apesar de precisar de dinheiro para viver - porque cada vez que me dão dinheiro, ele vem com tanta complicação, tanto tolhimento, que eu gostaria de não precisar deste dinheiro. Gostaria que todos os meus atores fossem milionários de forma que não precisassem de mais nada na vida e pagassem o meu salário.
A Lei de Fomento de São Paulo é um avanço grande nesta direção porque os grupos, que são contemplados, se oferecem para a cidade. Eles não vão atrás de bilheteria, não estão buscando isto e precisam deste apoio para exercer a sua função. Não é mais a mesma coisa de dar o dinheiro para uma companhia teatral... está dando o dinheiro de uma forma muito melhor... Mas ainda não tem o conceito de artes públicas funcionando.
Acho, que a gente deveria trabalhar por um conceito de artes públicas, dar este nome a nossa atividade. É bom porque pode conseguir políticas interessantes e a gente não (precisaria) vir sempre à reboque do pensamento da cultura oficial. Nós somos de outro setor, outro departamento e estamos andando para outra direção completamente diferente da que avança aquela. Se a gente consegue fazer passar uma idéia desta, avança muito.
E, também, no sentido de que cada um de nós faça uma reflexão sobre a nossa prática. Se nós nos encararmos também como executores de uma arte pública, nós vamos ter uma visão melhor da gente mesmo. Ficaremos menos prisioneiros da coisa do artista que não sabe direito o que está fazendo, que não se define na sua prática. E nós vamos sempre estar nos sentindo, por causa deles, piores em relação aos outros artistas. Porque todo mundo sabe que você faz. Se perguntam você é ator? Sou! O que é que você faz? Teatro de rua! Nêgo já vira a cara prá você!
Para mim é o que há de mais moderno, mais avançado, mais instaurador de uma possibilidade de futuro prá gente.
A arte já foi pública, se privatizou e ela deverá novamente se tornar pública. De que maneira, não dá para a gente dizer agora. Mas eu tenho certeza que este movimento de gente, que todos os dias faz novos grupos querendo fazer teatro de rua, aumentando ... Eu lembro quando era somente eu, o Junio santos e mais umas poucas pessoas... E agora, já é uma quantidade enorme. Isto significa uma coisa nova. Significa uma possibilidade de enfrentar o latifúndio cultural, a tsunami cultural que passa por cima da gente, devastando tudo. Então vamos fazer a nossa onda.
Há um mês atrás, eu não teria coragem de falar isto, tal era a minha angústia e o meu sufoco no Rio de Janeiro. Porque eu me via tolhido, impossibilitado de ir para as praças. Estas coisas todas. Isto demorou muito. Eu tive uma briga com a secretária de cultura, isto é público, todos vocês sabem. Xinguei o prefeito. Eu estava muito amarrado agora trocou o secretário de cultura. É o Emílio Calmom, paulista. Ele me encontrou, me cumprimentou e disse: 'não lembra de mim?' Eu disse: 'estou lembrando...' Ele disse: Adoro o seu trabalho!' E eu falei: 'não acredito!' Foi numa festa. Três semanas depois, ele me telefonou dizendo que iria reinaugurar a praça Tiradentes e queria que eu fizesse a festa de reinauguração. É para mim, um reconhecimento enorme. Eu sempre quis tomar conta de todas as praças do Rio de Janeiro. Queria administrar aqueles espaços culturais...
Lancei a idéia de sedes públicas para os grupos, onde cada um assumiria uma praça. Ele toma conta daquela praça, a prefeitura ajuda a ele. Sempre imaginei esta coisa... Mas é difícil de andar. Aí, o cara chega e me chama para fazer este evento, esta festa. Estou falando isto, porque eu estou fazendo legal. Porque o TNR faz desde uma rodinha com três atores e um tambor, até uma festa, como as de Mossoró, que trabalhei com cinco mil, seis mil pessoas. A gente não ficou no aperto, eu fui avançando, avançando, ocupando espaços, mobilizando tudo, até chegar a uma idéia de uma cidade luminosa, uma cidade feliz, que se manifesta através das artes. Este é um sonho que eu acho que um dia pode acontecer. Uma cidade etérea, uma cidade iluminada. Por isto fui trabalhando assim. E agora veio esta chance e o meu roteiro da festa é muito bom! A festa que eu escrevi. Eu fiz a dramaturgia do evento inteiro. É um espetáculo! Um espetáculo que dura 12 horas. Começa às 10h da manhã e termina 10 da noite. É um espetáculo formado de muitos espetáculos. Convidamos várias coisas que achamos interessantes, justapusemos elas, fizemos um roteiro, uma dramaturgia, Pura dramaturgia! Tem uma dramaturgia enorme em torno do evento e além de tudo, teremos os atores treinados pelo TNR, que já passaram por nós, cerca de 60 atores, que irão conduzir a festa o tempo todo. Desde a hora que ela começa até a hora que ela termina.
Se isto der certo, eu já posso falar de arte pública, em cobrar do prefeito, lançar esta idéia. Falar que o Brasil tinha que sair na frente - nós temos que sair na frente mesmo. Não temos que ir à reboque de nada. Que nós podemos propor políticas públicas para as artes públicas. Isto é muito bom. O Brasil vai fazer a Copa do Mundo. O Brasil vai fazer as olimpíadas. É hora de se pensar nas artes públicas! Porque, senão, o que é que nós vamos oferecer para as pessoas? Ivete Sangalo, Ivete Sangalo, Ivete Sangalo, Luan Santana, Ivete Sangalo, Ivete Sangalo, Ivete Sangalo, Luan Santana, Ivete Sangalo... o tempo todo!
Quantas Ivetes Sangalos você pode oferecer como show? No rio de janeiro é esta a variedade de artista... Pensar em artes públicas para os novos tempos que o Brasil vai enfrentar.
Eu já pensei coisas que até Deus duvida e agora eu não tenho o menor medo de pensar isto e lutar por esta idéia de arte pública.
Eu acho que políticas públicas para as Artes Públicas é uma coisa que ninguém pediu!
A gente pede dinheiro! Tem que pedir política sem se submeter ao que eles falam!
Tentar mudar este pensamento, também. Será que este ministério é capaz de ouvir uma demanda desta natureza?
Acho que a gente tem que começar a pensar nisto, talvez juntar mais gente e discutir. Colocar o conceito de arte pública.
Melhorar a nossa prática teatral, melhorar a generosidade que está por trás e por baixo de toda a nossa prática e avançar!
Adorei ficar aqui estes três dias entre os meus pares. É ruim ficar sozinho, isolado. Aqui a gente vai conversando... prá tentar vencer esta solidão. E nos organizarmos em movimento pelas artes públicas num país que já é muito privilegiado por políticas públicas para as Artes Privadas!
Obrigado.
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